Hoje era o meu aniversário, um dos muitos que planejava celebrar ao lado de Rangel. Acordei coberta de beijos por ele, com seu braço sobre mim, apertando minha cintura e me beijando.
— Feliz aniversário — ele sussurrou no meu ouvido.
— Obrigada, meu amor!
— Pra você, o que a rainha deseja no café da manhã?
— Rangel — ri. — Você nem sabe fritar um ovo.
— Ah, vou comprar coisas, você vai ver — ele disse, levantando-se da cama.
Enquanto ele se arrumava, eu permaneci deitada, cansada de uma noite exaustiva. Rangel estava se arrumando e escovando os dentes. Ele vestiu uma camisa e estava prestes a sair do quarto.
— Para onde você vai? — perguntei.
— Na padaria, tchau.
Ele saiu, e eu fiquei deitada, reclamando em silêncio. Rangel podia ser bruto, mas, tirando isso, eu estava muito feliz. Afinal, estava completando dezoito anos.
Mais tarde, Rangel voltou com várias coisas e preparou o café da manhã. A felicidade se refletia nele quando ele era romântico, o que acontecia raramente.