Valdir
- Meu Deus! meu filho, estamos em uma baita enrascada! - dona Nelza comenta no banco do passageiro depois de ter ouvido a minha versão de todo o acontecido entre o Quinei, a Felicia e eu.
Sim, ela está certa, estamos em uma baita enrascada, eu e ela. Não temos mais um emprego, e certamente tem bastante de pessoas atrás de nós.
- Se for preciso eu mato alguém, que se dane tudo - resmungo aumentando a velocidade, pisando fundo no acelerador.
- Eu espero que esse alguém não seja eu, - dona Nelza se segura com medo.
Diminuo a velocidade aos poucos, não posso perder o controle, preciso manter o foco.
- Eu te levarei para a minha casa, ninguém sabe o endereço, estará segura lá - aviso para que se tranquilize.
- E quanto a você?
- Eu preciso fazer alguma coisa, não sei - sou interrompido pelo barulho da sirene de uma viatura de polícia que está na m