CAPÍTULO 49

ANTÔNIA

— Não subestime a minha inteligência. Eu vou facilitar as coisas para você, já que você não tem nada para me dizer além do clichê “eu posso explicar”, eu vou dormir aqui hoje e é só o tempo de terminar de arrumar as coisas de Kaled, amanhã eu volto para o Brasil, como você mesmo diz, simples assim.

Hafiq anda de um lado para o outro, passando as mãos pelo cabelo.

— Eu posso te explicar, você promete me ouvir?

— Você pode explicar é o cacete, você é um mentiroso, é isso que você é.

Ele me puxa pelos ombros, levantando-me da cama e tenta me beijar, eu viro o rosto pra me desvencilhar e sem que eu possa me conter mais, dou um tapa no rosto dele que faz doer a minha mão.

Ele vira o rosto vermelho, os olhos cheios de raiva, me agarra pela cintura e me segura pela nuca para que eu possa encará-lo.

— Pode me bater, pode desabafar a sua raiva, você pode fazer o diabo, mas você não vai embora, não vai me deixar, v
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