No dia 2 de novembro, Tia Rosário vestiu as crianças com roupas de luto. Nunca havia pretendido deixar Alice sozinha em casa durante aquele dia.
Quando saíram viram que a rua estava em festa, e não de luto como suas roupas sugeriam. Dona Ana passou e acenou com uma caveira detalhadamente desenhada no rosto.
— Por que não estamos coloridos também?
— Cada um celebra da maneira que achar melhor. Eu, particularmente, me sinto mais triste do que feliz no dia de hoje. Mas não desrespeito a tradição de ninguém.
— Eu preferia uma roupa colorida — disse Maurício, que foi aprovado por Amélia.