Ashton…Enquanto eu descia as escadas, pai e tio Harry adentravam a casa rindo. Contudo, assim que me avistaram, os sorrisos esvaíram-se de seus rostos.— Ashton, o que houve? — Perguntou pai, franzindo a testa.— Oi, pai, oi tio Harry. — Cumprimentei-os. Relatei detalhadamente o ocorrido, e eles reagiram com fúria incontrolável.— Essa vadia. Como ela se atreveu a se rebaixar a esse nível? Vou encontrar o seu pai. — Declarou pai, furioso.Balancei a cabeça em silêncio.— Não, pai. Já estou cuidando de conseguir justiça. — Informei-os, explicando que estava levando Rosa para minha casa, enquanto pai e tio Harry concordavam em ajudar a transportar os pertences dela.Finalizamos de empacotar o apartamento dela em menos de duas horas, durante as quais desabafava toda a minha frustração diante de Serenity e de seus comportamentos insanos. Pai e tio Harry apenas me escutavam, imersos na própria preocupação.Quando concluímos a tarefa, pai aproximou-se e repousou a mão em meu ombro.— Filho,
Ashton…— Tudo certo, parece que já cubri tudo. — Levantei-me, fechei o laptop e olhei para Adam.— Se você precisar de algo, não hesite em me contatar. Ainda poderei trabalhar de Roma. Você pode me chamar pelo Skype ou mandar um e-mail se houver algo urgente que exija minha atenção.Adam balançou a cabeça.— Ashton, não se preocupe com nada. Vá aproveitar suas férias com Rosa. Já contratei mais segurança e providenciei as novas medidas de segurança de que conversamos ontem. Tudo o que você precisa fazer é cuidar de Rosa e garantir que ela relaxe. Eu cuidarei da empresa e de tudo o que dela depende. Thomas está encarregado de encontrar aqueles homens e seu pai garantiu que ninguém saiba para onde você está indo. Só ligarei se, e quando, me deparar com problemas, mas, até lá, quero que você aproveite seu tempo com Rosa.Sorri e acenei para meu melhor amigo, certo de que ele estava absolutamente correto, pois aquilo era exatamente o que Rosa necessitava para se afastar de tudo o que acon
Ashton…Quando chegamos à casa dos meus avós, mãe e avó levaram Rosa, assegurando que ela estaria segura com elas antes de partirem. Bella aproximou-se de mim com um sorriso.— Ei, irmão. Há quanto tempo. — Ela sorriu e me deu um grande abraço.Rapidamente, afastei o abraço e perguntei:— Oi, Bella. Como você está?— Estou bem. Só senti falta de todos vocês e estou contente que tenham decidido nos visitar.Percebi que algo estava errado, mas não quis pressioná-la. Eu sabia que ela me contaria quando chegasse a hora certa.— Quer dar uma volta enquanto mãe e avó ficam com sua namorada? — Indagou Bella.Acenei com a cabeça e sorri.— Claro, eu sei que ela estará segura aqui.— Temos muito o que conversar, Ash. — Enquanto caminhávamos pela mansão, Bella comentou.— Eu sei e lamento por não ter entrado em contato com você ultimamente. Você sempre esteve ao meu lado, mesmo quando ignorei suas ligações e mensagens. — Suspirei e confessei, sentindo-me um irmão tão descuidado. Ela sempre me ap
Rosa...Ashley e sua mãe me arrastaram para dentro, esquecendo completamente de Ashton, mesmo depois de terem dito a ele que cuidariam de mim. Ashley me apresentou à sua mãe, Isabella, que era uma senhora adorável. Seus cabelos eram grisalhos, mas pareciam mais prateados do que cinzas. Ela ainda era uma mulher muito bonita.— Ashton, deixa eu te apresentar a namorada do Ashton. Essa é a Rosa, nossa linda futura neta. — Disse Isabella, piscando para o marido, e eu não consegui evitar o rubor que surgiu no meu rosto ao ouvir aquelas palavras.Ashley riu e me abraçou de lado.— Parece que meus pais já te consideram parte da família. — Sussurrou no meu ouvido, com um grande sorriso no rosto.— Ouvi muito falar de você, Rosa. Seja bem-vinda à família. — Disse o senhor mais velho, me recebendo com um abraço.— Obrigada por me receberem aqui, é um prazer conhecê-lo, senhor Marino. — Sorri, me afastando. A família do Ashton era muito gentil; eu realmente me sentia parte dela.— Ah, que bobagem
Rosa…Acordei com Ashton deitado ao meu lado, me abraçando apertado contra ele. Não consegui evitar — me virei devagar para não acordá-lo e fiquei observando ele dormir tranquilamente. Passei o dedo pelo osso da sua bochecha e beijei seu nariz. A barba que começava a crescer só o deixava ainda mais bonito.Ontem, ele me levou para passear pela cidade, mostrando todos os lugares onde ele e a irmã costumavam ir até entrarem na adolescência, quando ele começou a namorar. Fiquei com pena da irmã dele quando ele contou que ela não podia namorar.Ele saía em encontros, enquanto Bella e Brigitta ficavam do outro lado da rua, em algum restaurante, esperando caso Ashton mandasse mensagem dizendo que o encontro estava sendo um desastre ou que não tinha gostado da garota. Brigitta então invadia o lugar acusando Ashton de estar traindo alguém ou se aproximava dizendo que estava grávida dele. Quase morri de rir quando ele me contou tudo isso — tudo pra garantir que nenhuma garota voltasse a ligar p
Rosa…Depois do café da manhã, Ashton e eu ajudamos a lavar a louça.— O que vocês estão planejando para hoje? — Perguntou a mãe dele enquanto guardava o último copo no armário.Ashton olhou para mim e depois voltou o olhar para a mãe:— Acho que vou levar a Rosa ao orfanato e mostrar pra ela o que eu faço lá.Espera aí... ele disse orfanato? O que ele fazia lá? Sem querer ofender, mas eu não conseguia imaginar o Ashton nesse tipo de lugar, já que ele sempre leva uma vida tão ocupada.— Parece uma boa ideia.Ashton virou-se para mim:— Quer ir comigo?— Orfanato? — Perguntei, confusa.— Sim. Eu adoro ir ao orfanato e ajudar no que for preciso, tipo consertar os móveis, e os que não têm conserto eu substituo. Gosto de passar um tempo lá sempre que venho para Roma. Você sabe que eles têm um orçamento apertado e não conseguem comprar coisas novas para todas as crianças.— Eu adoraria conhecê-los. Claro que vou com você. Você tem um bom coração. — Digo, segurando a mão dele.— Obrigado. Vo
Ashton…Quando o tio Thomas me contou o que encontraram no apartamento da Rosa, senti meu sangue gelar. Alguém estava monitorando cada movimento dela, sabia de tudo o que ela fazia enquanto morava ali. O tio Thomas vai me manter atualizado sobre a investigação. Eles precisam rastrear o comprador, e isso vai levar um tempo.Peguei meu celular e liguei para meu pai.— Pai, tenho mantimentos que precisam ser levados ao orfanato, mas surgiu um imprevisto. Preciso falar com você, isso pode afetar todos nós.Eu sabia que, quem quer que tivesse grampeado o apartamento dela, logo descobriria onde estávamos, principalmente se também tivessem grampeado o meu.— Filho, está tudo bem? Você parece nervoso.Ele me conhecia bem.— Eu explico quando chegarmos em casa. Acha que o tio Sam pode levar os mantimentos ao orfanato?Eu não queria correr riscos. Precisávamos lidar com essa situação o mais rápido possível. Queria estar dois passos à frente das pessoas que tentavam machucar a Rosa.— Tenho certe
Ashton…Eu estava exausto quando finalmente fui para a cama. Depois da nossa conversa com meu pai à tarde, mandei Rosa descansar. Ela precisava, dava pra ver que estava prestes a desmaiar a qualquer momento. Assim que ela foi dormir, eu desci para o escritório do meu avô junto com meu pai e o nonno. Liguei para o Tio Thomas para pensarmos juntos em todas as pessoas que poderiam estar por trás do que aconteceu com a Rosa.Flashback...— Eu não acho que tenha sido a Serenity; deve ter sido outra pessoa atrás da Rosa. — Disse o Nonno pela primeira vez. Olhei para ele como se tivesse perdido a razão. Ele sabia o que a Serenity era. Como diabos ele podia defendê-la agora?Ele deve ter percebido meu olhar quando balançou a cabeça.— Filho, escuta o que eu vou te dizer. Eu sei que não pode ter sido ela porque ela não tem capacidade pra planejar isso. Também não acho que ela esteja por trás dos abusos contra a Rosa. Tem outra pessoa querendo machucar ela. Eu sei que você não vai querer ouvir,