Ficamos em silêncio por um tempo, só observando o movimento do aeroporto, até que pergunto:
— O que sua mãe mais gostava de fazer?
Ele não responde de imediato. Fecha os olhos e, quando os abre novamente, estão marejados.
— Eu não falo dela...
— Eu sei — respondo.
— Ela tinha um costume de comprar tudo novo no Natal. Eu ganhava roupas novas, mas só no Natal. Ela nos fazia assistir ao filme do Expresso Polar. Ela... — ele ri, passando o dedo na testa. — Ela amava o Natal.
— Qual a melhor história sobre ela? — pergunto, beijando levemente seus lábios.
— Humm, ela era uma sonhadora. Comprou a casa sozinha, sem ajuda do meu pai. Era a casa dos sonhos dela. Acho que ela sonhou tanto com a casa até se tornar realidade. Assim como sonhei com você. — Enrolo seu cabelo em meus dedos. E ele beija a