Remanso, Bahia, 1972.
17 dias.
Como se saísse de dentro das profundezas de um estado de hibernação, desta vez Rita está acordada. Perdida totalmente em relação ao tempo e onde estava exatamente. São muitos dias dentro de um buraco escuro, isolado deste mundo, que não a permitia crescer como os outros, ser normal como todas as crianças.
— Mãe! — Grita a menina.
Seu medo de estar sozinha sempre estava presente, afinal até que tudo se ponha no lugar o que se apresenta a ela é aquele momento, o momento em que desperta.
— Meu Deus minha filha, você acordou finalmente.
A mãe correu já com lágrimas nos olhos e abra&