“ O que é, Canibal?!” – Ele atendeu com rispidez a ligação que não parava de chegar e mesmo em meio ao torpor de dor, Cloe ouviu a voz de Canibal, um dos rapazes da gangue que muitas vezes a tinha buscado na faculdade a mando de Túlio.
“ Chefe, desculpe ligar, é que está tendo um B,Ó lá no Jericó e…”
“ Vão sem mim, estamos com uma situação aqui e não posso ser incomodado.”
“ Mas, chefe…”
Túlio desligou o celular e se agachou novamente de frente à ela na cadeira, a avó dele envolvia a mão de Cloe e usava palavras carinhosas com a garota.
— Túlio, já está tudo bem, amor, pode ir e não se preocupe – ela falou com um sorriso para ele. O olhar angustiado dele para as mãos dela a deixava triste por ele. – Foi só uma queimadura.
— Não vou deixá-la sozinha, amor – ele acarinhava os ombros dela como se fosse ali o ferimento, precisava acarinhá-la.
— Não estou sozinha, Layla está comigo e você não pode fazer nada. É só esperar melhorar.
— Não vou deixá-la, Cloe – ele a beijou e deu por encerra