Aos 17 anos, Samantha acaba de se mudar para Nova York com a mãe, deixando todos que ela conhece para trás.Assim que chega em sua nova casa, ela começa a observar seu mais novo, atraente e misterioso vizinho. Certa noite sem querer, pela janela do seu quarto ela o vê em um momento íntimo com uma garota e não consegue mais parar de pensar nele.Stan sabe o que dizer e fazer para deixar Sam de uma forma que ela nunca imaginou sentir por homem algum antes.Vai ser cada dia mais difícil resistir a ele.
Leer másEu paro de frente a minha casa e segurando minha caixa de livros ergo meus olhos mais uma vez para o sol de Fenix, como se estivesse me despedindo dele e realmente estou.
Minha mãe grita do carro:
__Vamos, querida!
Eu olho para ela ali no volante olhando de volta pra mim, enquanto o bate em seus cabelos fazendo os fios ficarem em seu rosto.
Até do vento daqui eu vou sentir falta.
Mas não é só por causa disso que eu não estou tão animada assim em ir embora daqui. Nós vamos pra cidade de Nova York, para o novo emprego da minha mãe.
Uma amiga ligou há algumas semanas perguntando se ela ainda estava interessada em concluir um sonho que elas tinham desde que eram adolescentes que era abrir seu próprio escritório de advocacia.
Minha mãe é defensora pública em Fenix, mas esse realmente nunca foi o grande sonho de sua vida, ela queria ter seu escritório e com ajuda de sua amiga Jenna, agora estamos indo rumo a Nova York e deixando tudo para trás.
Não que a gente tenha tantas coisas assim. Somos apenas eu e minha mãe, meu pai se divorciado dela quando eu tinha cinco anos, agora tenho dezessete e me lembro muito pouco sobre ele, exceto que ele sempre me dá presentes no meu aniversário e que sempre me liga em dados especiais.
Não vou culpá-lo e dizer que cresci uma menina sem amor e carinho, porque minha mãe soube suprir isso tudo muito bem, por isso somos inseparáveis e até vale a pena todo esse sacrifício de deixar todos que conheço desde pequeno, para mim mudar para uma escola nova e uma cidade onde não conheço absolutamente ninguém.
...
Jenna nos recebe assim que chegamos no aeroporto. Ela me olha, me abraça e diz:
__Samantha, você começou!
Eu gosto da Jenna, ela está sempre com um sorriso enorme no rosto como se estivesse pronta pra fazer qualquer coisa.
Totalmente o contrário de como eu sou.
Vamos em direção a casa que ela conseguiu para alugarmos, enquanto nos estabelecemos.
...Ela fica conversando com a minha mãe e ajudando com as malas, eu pego como minhas e sigo em direção como escadas, onde Jenna disse que ficam os quartos.
Ela avisa que o primeiro quarto depois das escadas é o meu, isso é tudo o que eu preciso ouvir.
A casa é toda mobilada e vejo pela janela do quarto que no quintal tem um jardim muito fofo, talvez eu goste daqui.
A primeira coisa que faço assim que coloco minhas malas sobre a cama é enviar uma mensagem pra Haylie:
"Não é tão ruim como eu pensava, mas sinto sua falta.
"Bjos."
Haylie é minha melhor amiga e choramos rios, quando nos despedimos, mas ficou a promessa de que ela virá nos visitar nas férias e isso me faz sentir melhor.
Ela rapidamente me responde:
"Também estou com saudades! Espero que se divirta, mesmo sem mim: (;)
"Bjos"
Eu acabo sorrindo ao ler, Haylie é tão boba.
Ainda estou relembrando momentos alegres da escola ao lado de Haylie e meus amigos quando ouço um carro se aproximar da casa vizinha e olho pela janela.
O carro entra na garagem e só consigo ver flashes do que parece ser um homem, não dá pra ver muita coisa, quando vou tentar me aproximar da janela pra poder ver melhor, minha mãe aparece na porta do meu quarto que está semi aberta e sorri dizendo:
__Quer comer alguma coisa, Sam?
Ela quer se certificar que realmente vou conseguir me adaptar aqui.
Então coloco um sorriso no rosto e acabo indo em sua direção e esquecendo de tudo aquilo.
...
Estamos sentadas na mesa da cozinha, enquanto Jenna e minha mãe fazem planos para segunda-feira.
Como estamos em época de férias, não vou ficar me preocupando com aulas por um tempo, mas Jenna já até conversou com a diretora de uma escola daqui, depois vamos lá para concluir minha matrícula.
A escola segundo Jenna, não fica muito longe do nosso bairro e eu posso ir de ônibus escolar se quiser, ou minha mãe pode me levar de carro quando for pro escritório, mas como eu disse não quero pensar nisso agora.
...
Jenna se despede e eu acabo indo pro meu quarto logo depois do jantar, nossa viagem foi cansativa e eu só quero dormir.
...
Assim que entro em meu quarto, percebo que de frente a minha janela tem uma luz acesa na casa vizinha. Deve ser do quarto de alguém.
Quando volto do banheiro após escovar os dentes, percebo que tem alguém saindo pela porta dos fundos fundos casa.
É um homem, com certeza aquele que vi hoje mais cedo chegando de carro. Ele sai ficando de costas e vejo que ele está falando ao telefone.
Mesmo de costas, ele parece gato.
Me posiciono estrategicamente para não ser pega olhando e então ele se vira ficando de frente pra onde estou.
E meu Deus! ele é realmente muito gato.
Acabo sorrindo pra mim mesma, pelo menos vou ter uma visão privilegiada.
Minutos depois quando ele já entrou de volta pra casa e estou me preparando para fechar a janela e ir pra cama, vejo que ele está saindo de carro.
O carro para um instante e eu instintivamente me apoio na janela.
Mas o carro segue adiante, eu volto a me concentrar no meu cansaço e fecho como janelas para cair na cama o mais rápido possível.
...
É sábado de manhã, acordo e tomo café da manhã com a minha mãe. Jenna novamente vem pra nossa casa e elas duas vão para um escritório que fica perto da sala, resolver alguns assuntos sobre o trabalho.
Eu prefiro ir pro quintal e ficar tomando banho de sol na piscina. Não que o sol daqui seja forte, mas é melhor que ficar dentro de casa o dia todo.
...
Eu preparo uma macarronada com molho para o nosso almoço, que Jenna elogia, me deixando feliz.
Elas voltam mais uma vez pro escritório da casa e depois decidem ir conhecer o local onde será o escritório onde vão trabalhar, minha mãe pergunta se quero ir, mas ainda me sinto cansada.
Então ela pede para que eu fique em casa e tranque todas as portas, porque elas vão ficar a tarde toda fora.
Jenna disse que o bairro é tranquilo e ela mesma mora há bilhar daqui, mas minha mãe quer que eu fique bem de qualquer forma. Digo a ela para não se preocupar e passo o resto da tarde vendo séries na TV da sala.
...
Ela chega no fim da tarde toda empolgada com o local onde ela irá trabalhar, eu fico feliz que ela esteja gostando, eu por outro lado estou tão entediada com isso aqui.
Logo depois do jantar eu vou pro meu quarto. Coloco meu pijama e ligo na TV, não estou prestando muita atenção ao filme que está passando, porque tenho um celular em mãos enquanto isso.
Acordo e olho no relógio do celular, são duas da madrugada.Decido abrir uma janela, porque tá meio quente aqui dentro, ou seja só o fato de que ainda acho que estou no Arizona.
Depois de um tempo desço para pegar um pouco de água na cozinha.
Quando volto, vejo que há uma luz no quarto da casa ao lado. As cortinas brancas estão afastadas e a janela de vidro está semi aberta.
Assim que vou fechar a minha janela eu vejo ...
Aquele cara de pé agarrado a uma garota e eles estão se beijando ...
Sem roupa?
É isso mesmo?
Não!
Eles não estão apenas sem roupas, eles estão ...
Transando?
Ao que parece a mulher está sentada sobre algum móvel perto da janela e sei que ela está com as pernas entrelaçadas na cintura dele.
Eu fico paralisada na janela, porque mesmo que ele está olhando para baixo e beijando o pescoço dela eu fico corada na hora e não sei o que fazer. Então apenas observo aqueles repetidos movimentos lentos de vai e vem.
De repente ele ergue seus olhos na minha direção e eu quase tenho um ataque cardíaco. Eu me abaixo rapidamente e fecho a janela.
Eu tô ferrada!
Estamos à mesa depois de terminar de preparar o jantar. Eu queria não ter esse sorriso bobo no rosto, mas não dá para evitar. Terminamos o jantar e ficamos um tempo vendo TV sentados no sofá. Eu gosto de poder ficar perto dele assim, sem ninguém que possa chegar para nos atrapalhar ou dizer que é errado. Isso me lembra de que temos que contar para a minha mãe e isso me deixa apreensiva, mas eu não quero pensar nisso agora, só quero aproveitar para sentir o cheiro dele aqui tão pertinho de mim. ... Eu acordo no meio da noite e olho para o lado para ter certeza de que ele realmente está aqui e eu não estou sonhando. Então fico olhando ele dormir e me aproximo ainda mais dele. ... É domingo de manhã, eu acordo e não vejo Stan ao meu lado. Olho em volta do meu quarto, me levanto e vou ao banheiro, onde ele também não está. Escovo meus dentes e saio do meu quarto na esperança de que ele esteja na sala, mas não, eu chamo: __S
Eu demoro no banho por razões óbvias e eu também quero que ele sofra um pouquinho por estar me deixando tão necessitada por ele desde que resolveu aparecer novamente em minha vida. Apesar de que eu acho que já venho necessitando dele desde a última vez que nos vimos. Assim que termino meu banho, me sinto de certa forma mais aliviada mesmo. Mas quando abro a porta e dou de cara com Stan ainda sentado em minha cama me olhando com aqueles olhos suplicantes eu descubro que só há um jeito de eu me sentir realmente satisfeita. Pena que eu não vá conseguir isso agora percebo isso na forma meio irritada com que ele me olha. Ele então se levanta e se aproxima, fica bem perto de mim e vê meu corpo reagir ao seu no mesmo instante, ele parece satisfeito com isso e diz: __Você jamais facilita pra mim. Eu tento não sorrir. Mas ele continua: __Então já resolveu o seu problema? Apenas olho dentro dos seus olhos e digo:
Então eu sinto seus lábios nos meus e finalmente eu descubro que não haveria como eu encontrar uma outra boca que me beijasse dessa forma,por mais que eu tenha procurado. Ninguém nunca vai conseguir superar o beijo do Stan, o jeito que suas mãos passeiam em meu corpo, enquanto sua língua faz o mesmo em minha boca. E eu quero apagar de minha memória cada segundo que fiquei sem ele,porque eu não entendo como eu consegui sobreviver sem isso. Cada parte do meu corpo grita para tê-lo ainda mais perto como se, se eu me afastasse dele um centímetro que for ele vai escapar de minhas mãos outra vez e eu não suportaria isso,agora eu tenho certeza que não. Mas ele está se afastando,meio que a meu contragosto e ele ainda me olha nos meus olhos suplicantes para ele não fazer isso e eu digo: __Me desculpe. Ele apenas responde: __Nunca por isso. Então ele fica ao meu lado. Ele não está olhando para mim,ele está olhando par
O problema é que esqueci a porta aberta e Stan chega logo em seguida. Eu me viro rapidamente para ele e digo: __Por favor, não fique aqui. Mas quando eu me viro novamente para o vaso em minha frente, percebo que ele não saiu e digo novamente: __Por favor Stan,você é a última pessoa no mundo que eu quero que me veja assim. Mas ele se aproxima sob meus protestos,segura meu cabelo,em seguida me ajuda a ficar de pé e eu vou até a pia lavar meu rosto. ... Estou deitada no sofá agora e ele volta do meu quarto com um cobertor e cobre minhas pernas. Ele se senta no sofá e fica me olhando enquanto eu me sinto a pessoa mais constrangida do mundo. Meu estômago dói menos agora,deve ser porque boa parte do que estava aqui não está mais. Eu questiono: __Por que veio até aqui a essas horas? Ele diz: __Você me ligou. Estou envergonhada agora e nego: __Eu não. Mas ele replica:
Eu nunca achei que a primeira vez que eu voltasse a vê-lo de novo eu iria reagir da forma como fiz. Eu treinei tanto isso mentalmente diversas vezes,principalmente nas aulas chatas da professora Robinson. Eu tinha tudo em mente,mostrar para ele que eu havia superado,que ele fez em bem em seguir adiante e que eu também havia feito o mesmo. Eu até aceitei a ter uma amizade colorida com o Kyle que no começo era apenas meu amigo. Eu achava que tudo estava bem,mesmo que as vezes eu ainda deixava meus pensamentos viajarem para quando ainda estávamos juntos. Mas minha reação ao vê-lo saiu totalmente do meu controle,ele era a última pessoa que eu esperava encontrar aqui um dia e eu deixei tudo sair ainda mais dos meus planejamentos, quando deixei ele me ver com os olhos inchados de tanto chorar e ele sabe que o motivo era ele. Agora estou aqui sentada em minha cama segurando o cartão de visitas que ele me deu sem saber o que eu faço. Eu me sinto a velha Sam o
Eu queria não sentir tudo isso que está tomando conta de mim agora, mas fica cada vez mais difícil, principalmente quando ele diz alguma coisa e todos riem, inclusive ele. Então ele olha na minha direção e os olhos dele determinados os meus. Ele parece meio atordoado agora, não o culpo eu devo ter a mesma reação estampada em minha cara também. Ele fica me olhando por uns segundos e então começa a falar novamente para o restante da plateia. Quando finalmente passa a surpresa de encontrá-lo aqui eu tento me controlar para não querer dar o fora daqui o mais rápido que eu conseguir, porque é o que eu mais quero fazer agora. Enquanto ele responde uma questão que um garoto com traços asiáticos acabou de fazer, eu fico observando ele falar e meus pensamentos ficam me levando mesmo que eu não queira para cada vez que já nos encontramos, cada sorriso, cada beijo e eu quero muito chorar agora , mas eu não posso fazer isso, não aqui. Por que ele ti
Último capítulo