Eu já não sabia o que era delírio e o que era realidade,as dores no meu corpo já não existiam. Eu estava tão absorvido por miragens da mente que meus neurônios pararam de capitar o estimulo da dor.

Eu não sentia minhas pernas e muito menos meus braços,não sentia meu cheiro. Eu via o sorriso de Tory pedindo que eu ficasse bem,que eu aguentasse mais um pouco porque tudo isso não passaria de um sonho ruim. Eu via meu filho me chamando de papai,eu via Rafael pedindo que eu suportasse mais um pouco,eu via Emilly me chamando de idiota.

Ontem foi a canalização da minha dominância,mas ele não contava que junto dela iriam também os meus demônios, ninguém imaginava que eu passasse por toda aquela aflição,meu lobo sempre a margem e sem domínio da forma que tomaria,ouvir não só a minha alcatéia mas todos os Alfas do mundo em minha cabeça e ainda sim conseguir organizar meus pensamentos. Sentir o peso da responsabilidade a cada inspiração de seus pulmões