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− Pode, porque eu sei que, quando eu partir, você vai ser a única pessoa que não vai ter o menor interesse em me achar. Mudei para Megan Luiza Carrilho. Não suportava mais essa coisa de “amor tem quatro letras”.

− E usou o sobrenome de solteiro da sua mãe, inteligente.

− É, logo que fizemos 18 anos. Consegui um advogado bobinho, estilo “porta de cadeia”. Ele não cobrou nada de dinheiro, se me entende, e me ajudou a fazer a mudança de nome, sem envolver meus pais. Eu estou vivendo no Rio Grande do Sul desde essa época.

− Foi tudo friamente calculado, não foi?

− O pior é que não. Sim, eu ia abandonar o bebê e fugir, mas as coisas mudaram de rumo. A pessoa que ia me dar uma carona após o parto resolveu ir embora antes, e eu consegui um e

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