>ELIZABETH<
Patrício se levantou e pegou meu vestido, ajudando-me a vesti-lo. Seus gestos eram cuidadosos, e a preocupação em seus olhos fez meu coração apertar.Quando finalmente estávamos prontos, ele segurou minha mão.— Vamos para casa.Assenti, permitindo que ele me guiasse para fora daquele pesadelo.Mas uma coisa era certa: Estela precisava pagar por isso. E pagar caro.O caminho de volta para casa foi um turbilhão de emoções sufocantes. O carro estava silencioso, quebrado apenas pela minha respiração entrecortada e pelos soluços que, por mais que eu tentasse conter, escapavam da minha garganta.As lágrimas escorriam pelo meu rosto sem controle, quentes, incessantes, lavando a dor, mas sem levá-la embora.Eu queria dizer algo. Queria confortá-lo, dizer que estava tudo bem, que agora estava a salvo. Mas eu mesma não sabia se era verdade.O que havia acontecido comigo enquanto eu estava desacordada?A ideia me fazia estremecer, e