Foi bem nessa época que Cão voltou a aparecer.
Ele estacionava na pista bem em frente ao banco em que ela estava sentada. Ficava ali vigiando. Ela o olhava, se levantava e saía caminhando rumo ao Minhocão.
Ele a acompanhava dirigindo devagarinho na contra mão e na calçada, um louco, e isso a ajudava a enfrentar aquela merda de pânico e chegar em casa são e salva. Nem se despedia! Só entrava e ia. Essa atitude de Cão mostrava o quanto ele a amava e salvava sua vida!
E isso se deu por muitas e muitas manhãs de sexta!
E o mundo a sua volta mudava a cada noite.
E ela precisava se preparar para os novos tempos.
Disso sabia.
Mas como mudar o seu rumo?
Disso não sabia.
Não tinha como pedir ajuda a ninguém sem se detonar! A presença de Cão, mesmo