— Então é aqui que você se esconde? — Virei-me num rompante, quando a voz profunda do meu irmão Alexandre me atingiu, o semblante austero dando a premissa daquele encontro.
— Bom, como você me encontrou, acho que não estou escondida — O tom jocoso tentava abrandar a fera que se postou na minha frente. — Você não quer se sentar? — Ofereci um espaço no banco.
— Você vem sempre aqui? — Ignorou meu convite e ficou na minha frente, tampando a visão mais bonita e preferida do dia, o pôr-do-sol.
— Sim, quase todos os sábados. Como me achou?
— A mamãe me contou. Por acaso está esperando alguém? Estou atrapalhando algum encontro? — Seu deboche não combinava com as mãos cerradas ao lado do corpo.
— Não estou entendendo, Alexandre. Eu venho aqui para pensar