Após um grande trauma de infância e o desaparecimento do irmão mais velho, Camile Adams vive uma vida tranquila e pacata junto a mãe em uma pequena cidadezinha de Minas gerais, mas tudo muda quando Alex Sartori, um mafioso Italiano vem a sua procura na pequena pousada da família. O homem que revelou ser amigo de seu irmão mais velho, agora lhe dá apenas uma opção, casar-se com ele para proteger ela e seus amigos dos até então desconhecidos inimigos de sua organização e de seu irmão. Sem outra saída Camile aceita a contragosto mais esse suplicio que a vida lhe trouxe. O que não esperava era que este homem despertaria nela desejos jamais antes vividos e sentimentos que julgava proscrito em seu coração. *AVISO! Livro não recomendo para menores de 18 anos, por conter gatilhos emocionais, violência, linguajar inapropriado, e cenas de sexo explícito.
Leer másCom 5 anos...
Eu não conseguia enxergar direito. Meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas que não paravam de correr, mais não precisava enxergar, sentia seu toque.
Era suave e delicado, sua voz era melodiosa, Porém ainda assim por algum motivo me apavorava.
—Ei! Não, chore criança, você vai gostar! vou cuidar bem de você- declarou, enquanto tocava em minha intimidade, por cima da calcinha. Me fazendo estremecer de medo. A sensação era agoniante.
Não entendia nada. Só queria que ele parasse com aquilo.
Meu irmão se encontrava sentado encostado na geladeira azul. Que era no mesmo tom da mesa. Ele abraçava as pernas deixando somente os olhos a vista, entretanto eu o via travar os olhos de vez enquanto. Como se tentasse apagar aquela cena ou como se quisesse acordar de um pesadelo.
Pietro era cinco anos mais velho, ele era quem cuidava de mim quando mamãe e papai nós deixava em casa para trabalhar.
Vovó costumava tomar conta de nós enquanto os dois saiam para trabalhar, Porém andava doente e ainda não havia se recuperado.
Carlos era nosso vizinho. Tinha por volta de uns 35 anos, era alto, moreno escuro, e olhos negros.
Morávamos em um bairro tranquilo em uma cidadezinha pequena de Delfinópolis em Minas Gerais. Uma casa pequena em um terreno extenso. O que pra nós era maravilhoso. Não precisávamos ser ricos para ser felizes, tínhamos tudo que precisávamos, bem ali.
Carlos era gentil. Sempre que nos visitar levava pequenos mimos, pirulitos, balas, chocolates. Costumava me chamar de estrelinha.
Um dia enquanto mamãe estava ocupada com seus afazeres ele apareceu.
A casa ficava aos fundos do grande terreno. Eu brincava com panelinhas e xícaras em baixo de uma árvore, próximo ou portão. Há uns vinte metros de distância da casa.
—Tomando chá da tarde? — Carlos perguntou.
Havia um sorriso malicioso em seus lábios, que não soube decifrar.
—Sim! quer um xícara? —perguntei
—Adoraria!
Fingi encher uma pequena xícara rosa com uma flor desenhada. Entreguei para ele, que pegando se sentou no chão, enquanto permaneci de pé.
—Mas você vai ficar em pé? —Perguntou, me fitando com um brilho estranho no olhar.
—Sente-se aqui, assim poderá tomar seu chá mais confortável. — Ofereceu indicando seu próprio colo.
Não vi maldade naquele ato. Portanto fiz exatamente o que ele havia indicado. Sentei em uma de suas pernas meio de lado.
Usava um vestidinho, um dos meus preferidos, era de malha fina de alça grossa lilás florido.
Suas mãos entraram entre minhas pernas fingindo me ajeitar um seu colo, Porém ele não tirou a mão. Começando a passar o dedo em minha intimidade, por cima da calcinha.
—Camile! — Escutei Pietro chamar próximo a nós. Ele chamou tão alto que dei um pulo.
—Entre agora mesmo! — Pietro ordenou. Tão ríspido e frio que eu gelei. Até pensei em rebater pois não sabia o que eu tinha feito de errado, Porém não iria desobedecer, não com ele tão irritado.
Nós brigávamos o tempo todo. Afinal éramos irmãos. Não tínhamos nada em comum. Na verdade éramos o oposto um do outro.
Ele era mais parecido com papai, alto, branco, cabelos e olhos claros, meu irmão era lindo. Entretanto era sério, mesmo para uma criança de dez anos, mostrava uma frieza assustadora até para certos adultos, mais não a mim.
Lembrava-me da vez que havia quebrado uma perna, ele sequer chorou. Eu o admirava e amava, confiava nele em tudo. Pietro sempre foi meu protetor. Estava sempre ao meu lado. Era meu protetor.
Porém ali parecia assustado. Não! acho que não! apesar da minha idade, podia enxergar o ódio em seus olhos. Direcionado a Carlos.
Via que a qualquer momento ele pularia em cima do homem, mas o que ele poderia fazer? Se tentasse algo Acreditava que seria ainda pior.
Provavelmente ele se machucaria.
Voltei minha atenção em Carlos. Que agora usava os dedos tentando abrindo espaço em minha intimidade. O que me fez tentar me desvencilhar de seu toque. Entretanto ele usou sua força pra me prender no lugar.
—Relaxa! tudo vai acabar logo. Você não quer que seu irmão se machuque não é mesmo?
Aquilo me apavorou. Prendi a respiração por um instante. Meus olhos foram para meu irmão voltando a chorar copiosamente.
Não posso deixar que ele machuque meu irmão, tenho que suportar— pensava.
Foi um grande alívio quando senti que ele se afastou. Entretanto meu alívio não durou. Ele me puxou para a beirada da mesa, rosando algo quente em minha entrada. Travei apavorada.
Olhei novamente para Pietro, que agora estava de pé. Seus olhos estavam arregalado, punhos serrados e dentes trincados.
—Pare! —Bradou Pietro -desgraçado, vai matá-la se fizer isso- me assustei com suas palavras
Eu iria morrer? Porque? O que ele pretendia fazer comigo? me debati mais, não tinha força nenhuma contra aquele homem. Ele parou e me olhou, parecendo pensar no que Pietro avisa acabado de dizer.
—Bom! talvez você tenha razão —disse por fim —que tal você tomar o lugar dela? —indagou para meu irmão que agora parecia chocado. Parecia não acreditar no que acabara de ouvir.
— Você quem sabe? você ou ela! —disse dando de ombros, como se não tivesse dito nada demais.
— Eu vou...—falou Pietro, em um tom baixo.
Pietro tinha o temperamento forte, nunca via ele aceitar nada do que não queria, foram poucas as vezes que o vi se render a algo, ali não parecia ele, era como se tivesse perdido sua alma ao dizer aquelas palavras.
Carlos me pôs sentada na mesa, ajeitando meu vestido no lugar, com tranquilidade.
—Fique aqui estrelinha, não saia daí e tudo ficará bem.
—O que v- vai f- fazer? —gaguejei, em um fio de voz.
—Eu e Pietro vamos brincar um pouco, Mas seu irmão é egoísta e não quer que você participe — ele disse com um sorriso irônico.
Ele foi em direção ao quarto onde eu e meu irmão dormíamos. Entrou encostando a porta, Porém não fechou totalmente.
Me sentia aflita, agoniada de esperar.
Desci da mesa com cuidado para não fazer barulho ou me machucar no processo. Caminhei até chegar próximo a porta, pela brecha consegui ver Pietro.
O que vi jamais esqueceria. A dor o sofrimento em seus olhos a tristeza cravada em seu rosto. Quando eu vi sabia que aquilo nunca mais sairia.
Quando Carlos saiu, passou por mim.
—Brincaremos outro dia estrelinha. — parecia uma Promessa. Uma que eu não gostaria que cumprisse.
Como Pietro não saiu eu entrei no quarto. Ele estava sentado no chão com uma expressão vazia, não avia sobrado nada dele ali naquele momento.
Ajudei ele a ir até o banheiro e tirar as roupas que notei ter vestígio de sangue. No entanto não comentei nada.
Apenas peguei e coloquei no tanque cheio de água para limpar.
EpílogoCamile.5 anos depois...—Mamãe! — Pietro chamou entrando na cozinha segurando a mãozinha pequena de melissa que chorava desconsolada.Pietro nome dado em homenagem ao meu irmão, estava com 4 anos, meu lindo menino de cachinhos negros e olhos azuis, era a coisa mais linda, uma combinação incomum que eu nunca tinha visto.Enquanto melissa, nome dado em homenagem a irmã mais nova de Alex, nosso pequeno anjo de luz, acabava de completar um aninho.Seus cabelos castanhos claros, quase loiros caiam em cascatas pelos ombros e seus olhos cheios de lágrimas como uma represa Natural, e um biquinho lindo que me fazia querer morde-la.—O que foi meu amor? —perguntei pegando ela no colo.—Dói dói —disse apontando para um minúsculo ralado no joelho.—Ela caiu mamãe, eu a segurei, mas ainda assim ralou o joelho— Pietro disse
Capitulo 34Alex.Um mês depois...Nunca imaginei ter que esperar Camile no altar novamente, no entanto ali estava eu mais uma vez.Na primeira vez que nos casamos Camile estava triste, chateada por seus parentes e amigos não estarem ao seu lado e foi por esta razão que decidi que minha mulher merecia um casamento de verdade um do jeito dela, com todos que ela amava ao seu lado.Decidimos que faríamos na praia em Sicília, seria dois dias de festa só para os familiares e amigos, do jeito simples que Camile tanto gostava.Depois de descobrirmos quem era o responsável pelos traidores infiltrados, a organização estava quase limpa, Nero ainda estava foragido, no entanto era uma questão de tempo.Então tomei a decisão de que minha mulher não precisava viver mais escondida de seus amigos e familiares, com isso entramos em contato com todos.Cl
Capitulo 33 Camile O homem que desatou meus pés, voltou a me amordaçar me rendendo no canto, enquanto eu via os homens se posicionarem para emboscar Alex sem poder fazer nada.Ouvi uma pequena explosão que chamou a atenção de todos e tiros foram disparados, vi homens serem atingidos pelas contas, outros por cima, alguns gritavam outros corriam, homens eram mortos diante dos meus olhos em um filme aterrorizante.Assim que Alex e Victor invadiu, o irmão de Kleber me tirou dos braços do homem que me segurava e me puxou me arrastando por uma pota lateral, não tive tempo nem ver Alex direito.—Você vem comigo — falou me arrastou, me usando como escudo enquanto andava de constas.Ele apoiava o braço que segurava uma arma em meu ombro enquanto o outro percorria meu pescoço.
Capitulo 32Alex.Estávamos em uma reunião, Assis e Motta me passava o relatório dos avanços no bordel em Turim. Eles havia entrado no esquema dos leilões e agora era só esperar o dia do leilão, para fazermos a próxima jogada.Finalmente estávamos a um passo de encontrar o tal sombra ou pelo menos quem tivesse informações sobre ele.Meu telefone tocou, com uma ligação de Cristian.—Chefe temos um problema! — pelo seu tão de voz era muito mais que um problema.Eu tinha pedido pra ele acompanhar Camile em uma clínica médica, para uma consulta de rotina. Por ser um lugar sossegado sem muito movimento, achei que não seria necessário que a acompanhasse.—Aonde está Camile? — Perguntei impaciente.—Nós estávamos na clínica... ela foi usar o banheiro, mas começou a demorar... Fui verificar e ela não estava. — Cristian demonstrava medo em sua voz.
Capitulo 31 Camile. Estava no consultório médico. já havia algumas semanas que não andava muito bem, no início achei que fosse nervosismo pelos desintendimento com Alex, no entanto mesmo depois que me acertei com ele continue a passar mal cada dia mais. Quase nada parava em meu estômago, andava fraca, cansada e sempre sonolenta, deduzi que talvez fosse uma anemia, afinal só podia ser isso. Não poderia estar mais enganada.Pedi para Sienna que marcasse uma consulta para que eu passasse no médico, já que eu ainda não conhecia muita
Capitulo 30Camile.Pela janela vi o momento em que Alex saiu com seu carro.Meu Deus o que foi aquilo afinal? Seria ciúmes de Cristian? Ou seria só ego ferido?Estava totalmente confusa, não sabia mais o que pensar, minha cabeça doía com tanta informação e comfusão.Mandei mensagem pra minha amiga Jennifer, para saber se estava livre para me fazer companhia.Jennifer havia decidido que seguiria sua vida ali na Itália junto comigo, então ela alugou um apartamento na cidade, e arrumou um trabalho em um restaurante onde os donos eram Brasileiros, como ela não falava italiano ficava cuidando do financeiro.Também fez a transferência da sua faculdade para um curso online, pois seria complicado ela continuar o curso na Itália.Minha amiga estava totalmente mudada, e eu ficava super feliz por ela, havia deci
Último capítulo