2. O tabuleiro

Eram 5:10 da manhã quando meu despertador toca, avisando que eu tinha que me arrumar para a escola...

Eu me levanto e separo uma roupa simples (uma calça jeans preta, minha blusa do Legião Urbana na qual sou mega fã e para completar uso um tênis simples) após separar minha roupa vou tomar banho.

Eu saio do banho, me troco e desço para comer algo no meu café da manhã.

Mãe: Bom dia Dand!

Anderson: Bom dia lampião...

Mãe: seria bom se as vezes você me chamasse de mãe!

Anderson: não começa... quero ter um Bom dia!

Mãe: eu só estou te pedindo uma coisa... eu já fiz tanto por você!

Anderson: o que você fez foi destruir a minha vida e do meu pai! Eu me levanto da mesa e saio de casa sem dizer mais nada.

Acho que está meio obvio que não me dou bem com minha mãe, mas eu tenho meus motivos... não é algo que quero comentar no momento mais lá pra frente vocês entenderão.

Eu cheguei na escola um pouco atrasado (como sempre), levei uma advertência e depois fui para a minha sala.

Chegando lá vejo a Karen, minha única amiga de confiança, tínhamos aula de biologia então formamos uma dupla.

Karen: Anderson... você parece abatido... o que houve?

Anderson: o de sempre...

Karen sabia que eu tinha problemas com minha mãe, então entendeu exatamente o que eu quis dizer...

A aula acabou e fomos para o intervalo, eu não gostava de ficar no meio das pessoas... então eu sempre ficava na biblioteca lendo algo de meu interesse, eu era o louco e fanático por filmes de terror e pra completar amava sempre ler sobre lendas urbanas... mesmo com tanto medo que eu possuía... eram meus melhores momentos de passar o tempo... amava ficar lendo aquilo por horas, mesmo que a minha imaginação fosse mais que além do que eu poderia pensar... pelo simples fato do medo consumir meu corpo e imaginar coisas onde não existia.

Karen: você gosta mesmo de ficar aqui sozinho né?!

Anderson: sou muito estranho se eu disse que sim?

Karen: era minha melhor amiga, nos conhecíamos desde a primeira série... a mãe dele é a amiga da minha e eles nos visitavam na minha antiga cidade, estudamos juntas por muito tempo.

Claro que não!!! Ela rir e se senta ao meu lado, mas uma vez com essas histórias??

Anderson: o que eu posso fazer se elas me agradam tanto?

Karen: retiro o que eu disse... você é estranho sim! Nós rimos e eu me encostei em seu ombro.

Anderson: queria que a vida fosse como nos livros!

Karen: kkkk.... mas você só lê essas histórias de pessoas doentes.

Karen: são as melhores uéh!! Dou um sorriso irônico. O sinal tocou e voltamos para a nossa sala de aula...

Anderson: Ka... vamos na minha casa hoje... eu, você e a Rosy?

Karen: sim!!

Rosy: vamos uéh!!

Os nossos dois últimos horários de aula foram de cálculo e história, logo depois o sinal tocou e fomos para a minha casa.

Minha mãe não estava em casa, ela tinha ido para o trabalho e só voltava por volta das 4 da manhã.

Fomos para meu quarto, tomei um banho e voltei para ficar com as meninas.

Rosy: olha o que eu tenho... ela tira da mochila um tabuleiro ouija... Significado do tabuleiro ouija para alguns que não sabem muito o seu significado:TABULEIRO (USADO PARA A COMUNICAÇÃO COM ESPIRITOS).

Karen: tá brincando comigo né?! Como conseguiu isso??

Rosy: comprei pela internet... vem vamos jogar... vem Ander!

Anderson: não valeu... tô fazendo algo melhor que isso... estou lendo!

Rosy: afff, você tá sempre com a cara nesses livros...

Karen: verdade... o que está lendo? Ela toma o livro de minhas mãos...

Anderson: heyyyy!!!!

Karen: Angel the killer... isso não existe, não sei nem porque gosta disso!

Anderson: me dá isso aqui... isso não é da sua conta! Pego o livro de suas mãos.

Rosy: nossa que revoltada... beleza, nós vamos para casa, já está tarde, até amanhã...

Anderson: até... ei ei ei... elas estavam deixando o tabuleiro, essa coisa não vai ficar aqui não!

Karen: ele vai sim! Elas saem do meu quarto e vão para casa, deixando o tabuleiro em minha casa, só porque sabem que eu só gosto disso em FILMES, na vida real mesmo... tenho um pouco de medo.

Merda, não vou nem mexer nesse troço... deixo onde estava e volto para a minha cama e continuo a ler meu livro...

Meus pensamentos começam a fluir... “O Angel está morto... então ele é um espirito... eu acho né!

E se eu a chamar?! Será que ela me responde?”

Eu fui até o tabuleiro de vagar.

Me sentei no chão e coloquei dois dedos no indicador... então comecei...

Anderson: Angel, se estiver me ouvindo, por favor me responda!

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo