Peguei um ônibus, as lágrimas rolaram no meu rosto, tentei reprimi-las com vergonha, mas não conseguia. Os passageiros, motorista ficaram olhando-me com se fosse um pobre coitado.
Uma senhora idosa sentou-se ao meu lado e perguntou:
— Você foi assalto, filho?
— Não, eu fui agredido pelo meu sogro.
— Deves amar muito essa garota, né?
— Sim, eu a amo mais-que-tudo nessa vida.
— Então lute por esse amor, no final vai valer apena— deu um sorriso carinhoso e desceu próximo à praça.
Ao retornar do hospital com o rosto todo machucado, minha mãe ficou desesperada:
— O que aconteceu, meu filho?
Relatei todo ocorrido na clínica, ela ficou muito assustada. Foi em direção ao armário, pegou a caixa de primeiros socorros e cuidou dos meus ferimentos.
— Mãe, a família dela me odeia porque sou pobre!
— Tenta conversar com eles filho! Quando te conhecerem melhor, vão mudar de ideia.
— Não posso