(Blanka Bianchi)
A voz rouca e dominadora daquele homem sacudiu todo o meu corpo.
Senti ele se aproximar por trás e deslizar os seus lábios suavemente pelo meu pescoço.
Um arrepio percorreu por toda a minha pele.
-- Passarei a noite toda aqui. Não podemos levantar suspeita de que não tenha acontecido nada, entre a gente.
-- Por que não me toma logo de uma vez e acaba logo com isso?
-- Já disse, eu não quero que seja aqui. Quero que seja na minha casa, no meu território. Eu não tenho presa, Blanka.
E assim, ele ajeitou na cama com o seu corpo grande e atlético para juntos passarmos aquela noite, mas sem sexo!
Sem sexo! O meu medo era esse! Eu não devia mais nada para madame Carrero, mas devia para aquele homem esplendidamente gostoso e dominador ali naquela cama.
Ele cobraria! E o pior, ele poderia marcar território de posse, assim que me fizesse mulher!
Ele estava sendo bonzinho demais, compreensível demais naquela noite. E mesmo conhecendo-o há poucas horas, eu sabia que aquele não e