O tom de Scarlett estava carregado de sarcasmo. Amelia rangeu os dentes de ódio. Ela jurou que, no dia em que tomasse posse de tudo o que a família Miller tinha, faria Scarlett desejar a morte, mas sem poder alcançá-la. Alexander, sem paciência, deu um tapa na cabeça de Amelia: — Está olhando o quê? Peça desculpas agora! Amelia segurou a dor e finalmente falou: — Letty, tudo o que aconteceu naquela época foi culpa minha. Eu fui a errada, disse coisas que não devia e fiz com que Alexander guardasse rancor de você por todos esses anos. Scarlett ouviu aquelas palavras e, por um momento, sentiu vontade de rir. Alexander então se virou para ela, com a voz um pouco áspera: — Você ouviu. Naquela época, eu só fiz o que fiz porque fui enganado por ela. Foi tudo um mal-entendido. — Ah. — Scarlett respondeu, com indiferença. — Terminou? Se terminou, vou embora. Ela se virou para sair, mas a voz de Alexander a interrompeu: — Scarlett, eu já disse que foi um mal-entendido. Não
Scarlett encontrou apenas algumas fotos íntimas de Amelia com Finnian no álbum criptografado do celular, mas nada além disso. Ela pensou por um momento e decidiu implantar um vírus no celular de Amelia para monitorar quem ela entraria em contato. Depois de desligar o computador, Scarlett concluiu que o pai de Amelia realmente era muito cauteloso, o que significava que lidar com ele seria uma tarefa difícil. Mas algo não fazia sentido. O pai de Amelia não era apenas um motorista vindo do interior? Como ele podia saber lidar com tecnologia tão avançada? Quanto mais Scarlett pensava, mais estranha a situação parecia. No entanto, sem nenhuma pista concreta, ela só podia esperar. Ela não acreditava que Amelia conseguiria suportar por muito tempo sem agir. Scarlett respirou fundo e, para desviar a atenção, decidiu ir ao jardim dos fundos observar as formigas carregando folhas. Depois de um tempo, uma mulher elegante passou por perto. Ela usava chapéu e máscara, como se estivesse
Scarlett não conseguia se acalmar sempre que pensava naquela foto. O pai de Amelia ainda estava vivo! O acidente de carro de anos atrás, com certeza, não era tão simples quanto parecia. Aiden, desconfiado, perguntou: — Scarlett, o que você quer dizer com isso? O pai da Amy, é claro, está morto. Naquela época, ele te salvou do carro e, quando voltou para tentar salvar nossos pais, o veículo explodiu e ele morreu junto com eles. — Se houve uma explosão, seria difícil reconhecer o rosto da pessoa. Você tem certeza de que quem morreu foi mesmo o pai de Amelia? — Claro que sim! Isso é inquestionável. Eu vi com meus próprios olhos o pai da Amelia dirigindo o carro naquele dia. Não pode estar errado. Scarlett franziu as sobrancelhas. Não podia estar errado? Mas o homem de meia-idade que ela viu na foto era, de fato, o pai de Amelia. Então, onde estava o erro? Scarlett falou com frieza: — E se o pai da Amelia não tiver morrido? — Isso é impossível, Scarlett. Você está inven
— Sim, eu vou subir daqui a pouco. Mas me diga, menina, como você se machucou? Isso não parece uma queda, parece mais que alguém te bateu. Amanda analisou Scarlett por um momento e percebeu que os machucados dela eram claramente resultado de agressão. Scarlett desviou o olhar, tentando disfarçar: — Não foi nada. — Você está sofrendo violência doméstica, não está? Pode me contar, viu? Você me ajudou agora há pouco, e eu vou te ajudar a resolver isso de uma vez por todas. Amanda, ao ver a expressão de Scarlett, concluiu automaticamente que ela era vítima de violência doméstica. — Olha, deixa eu te dizer uma coisa: homem nenhum pode ser mimado. Se ele ousar levantar a mão pra você, tem que revidar, entendeu? Não deixe barato. Scarlett não sabia se ria ou suspirava diante da situação: — Não é violência de namorado, mas é quase isso. Foi o meu irmão que fez isso. Amanda ficou indignada: — Seu irmão? Que tipo de homem faz uma coisa dessas? Se eu tivesse uma filha e meu fi
Henry não precisava nem olhar para o celular para saber quem estava ligando. Os dois se encararam por um instante e falaram ao mesmo tempo: — Atende você primeiro. Henry pegou o celular e se afastou para atender a chamada, enquanto Scarlett voltou para o quarto e ligou o computador. Ela rapidamente invadiu o celular de Amelia, mas percebeu que o software espião que havia instalado tinha sido removido. O que estava acontecendo? Será que Amelia tinha descoberto? Quando Scarlett tentou reinstalar o programa, foi surpreendida por um ataque da firewall. O celular de Amelia agora estava equipado com um antivírus avançado contra invasões. Scarlett imediatamente recuou. Será que tinha alertado Amelia com suas ações? Como Amelia descobriu tão rápido? E agora, o que fazer? Scarlett sabia que, dali em diante, Amelia seria muito mais cuidadosa, dificultando ainda mais qualquer tentativa de encontrar novas pistas. Olhando para a tela do computador, Scarlett concluiu que o pai de A
Amanda ficou tão irritada que suas pálpebras tremiam. Daniel era o seu maior tormento, parecia ter nascido só para deixá-la furiosa. Daniel, percebendo o clima, se afastou: — Eu não falei nada de errado. Desde quando noivado não precisa da aprovação dos envolvidos? — Cala a boca! — Amanda exclamou, massageando as têmporas. Ela lançou um olhar para Henry e, sem dizer mais nada, virou-se e saiu pisando firme. Amanda sabia que precisava pensar com calma sobre aquela situação. Henry olhou para Daniel e perguntou: — O que você veio fazer no hospital? — Eu... Eu vim para uma consulta, claro. Mas ouvi dizer que a Scarlett foi agredida, então vim aqui para ver como ela estava. — Ela está bem, não precisa de você. Tenho outras coisas para você resolver. Henry acompanhou o sumiço de Amanda pelo corredor. Se até ela conseguiu encontrar Scarlett no hospital, a família Thompson com certeza também poderia. Ele sabia que precisava resolver os rumores antes que Scarlett recebesse a
Scarlett ficou levemente surpresa ao ver Amelia ajoelhada diante dela. Afinal, Amelia sempre havia se colocado acima dela, agindo com superioridade. Pedir desculpas daquela forma, ajoelhada publicamente, provavelmente era mais doloroso para Amelia do que a própria morte. Pelo jeito, Alexander realmente tinha sido duro com ela. Caso contrário, Amelia jamais teria vindo para a escola e se ajoelhado na frente de todos. Os colegas que estavam por perto ficaram chocados com a cena. Amelia chorava como uma criança: — Scarlett, foi tudo culpa minha. Eu criei o mal-entendido entre você e Alexander. Por favor, não briguem por minha causa. Eu faço qualquer coisa, contanto que você não fique mais irritada com ele. Scarlett olhava para Amelia, ajoelhada à sua frente, e propositalmente deixou seus braços, ainda marcados pelos hematomas, à mostra. Lara, que estava por perto, veio imediatamente e empurrou Amelia: — Você não viu que a Scarlett ainda está machucada? Para com esse teatri
Depois das aulas da manhã, Scarlett foi ao centro de treinamento do time naquela tarde. Ela queria conferir o progresso do time nos últimos treinos. No entanto, assim que chegou à entrada, foi cercada por fãs de Alexander. — Scarlett, por que você está difamando o Alexander, dizendo que ele te bateu? — Scarlett, você já destruiu o Joseph, e agora quer acabar com o Alexander também? — Você sabe o quanto o Alexander trabalhou duro para chegar onde está? Arruinar a carreira dele é como matá-lo! Scarlett não esperava que os fãs fanáticos de Alexander aparecessem de repente, muito menos em uma quantidade tão grande. — Pessoal, por favor, mantenham a calma. Não vamos atacar a irmã do nosso astro. — O agente de Alexander surgiu do meio da multidão e, dirigindo-se aos fãs, continuou. — Alexander disse que tudo isso não passa de um mal-entendido. Ele não culpa a Scarlett, afinal, eles são da mesma família, sangue do mesmo sangue. Espero que ninguém atrapalhe a vida dela. Ao ouvir