Capítulo 31 Violet Jones Deixei a música me levar, amolecendo cada vez mais a cintura. Deixei que meu corpo respondesse ao ritmo com uma precisão quase impossível. Como uma dançarina treinada não para agradar — mas para conquistar. Para desarmar. Treinava isso sempre no internato durante as noites de insônia. Ninguém jamais descobriu. Me aproximei. Dois passos à frente, um recuo. Mason não tirava os olhos de mim, e eu sentia. Não apenas via — sentia. Como se o olhar dele tocasse antes mesmo que ele ousasse mover um músculo. Passei a mão pelo próprio corpo, desenhando curvas que ele já conhecia de longe. Deixei o vestido escorregar até quase expor demais. Mostrei o bico de um dos seios. Eu sabia que ele gostava disso. Só pra, no último instante, segurar a alça de volta no lugar. O gesto foi rápido, mas intencional. O suficiente pra que ele visse o que não teria. Não hoje. Fiquei de costas, rebolei erguendo o vestido, deixando que visse o desenho da bunda, depois cob

Capítulo 33 Mason Hart (Contém gatilhos) A maldita sabe o que faz. Desde o primeiro olhar, desde o primeiro desafio… Violet me provoca como se quisesse ser punida. Como se soubesse o quanto isso me tira do controle. Violet me deixa louco. Me desafia com um olhar e me testa como se eu fosse só mais um peão. Como se pudesse me usar quando quiser e depois recuar com a mesma facilidade. Ela nunca obedece. Nunca abaixa a cabeça. Mas ali, naquela cama, com o corpo dela exposto pra mim, de quatro, rendida… parecia outra mulher. Ou talvez só estivesse me mostrando o que sempre foi — alguém que não teme o fogo. Bom, que se foda. É gostosa pra caralho. Me aproximei devagar, porque minha raiva ainda estava ali. Cada fibra do meu corpo tensionada, e mesmo assim, não consegui resistir. O jeito como ela se virou, se apoiou nos cotovelos e ergueu o quadril me destruiu. Uma visão gravada em carne viva na minha memória. — Você provocou. Agora vai lidar com as consequências. —

Capítulo 35 Mason Hart O cansaço pesava nos meus ombros. O corpo ainda fervia pelo que tinha acontecido antes, mas o sono começou a tomar conta devagar. Eu cochilava. Os pensamentos estavam confusos, até que ouvi um grito. — MASON! MASON! Me levantei de um salto.A mão foi direto pra arma. O coração disparou.Corri. — MASON! MASON, NÃO DEIXE ME LEVAREM! EU QUERO FICAR COM VOCÊ! Desci os degraus em dois pulos, o peito pronto pra explodir. A segurança do apartamento era alta, mas algo podia ter passado. Alguém poderia... E então parei. Ela estava ali no sofá. Nua. Deitada de lado, os cabelos bagunçados, os lábios entreabertos, as mãos se mexendo no ar como se quisesse agarrar algo invisível. Dormindo, gritando no meio de um pesadelo. Na televisão, um filme de ação rodava. Um daqueles violentos, com sequestros, tiros e correria. Dei um meio sorriso. — Garota tola… — murmurei, baixo. Mesmo dormindo, ela era linda. Me aproximei em si

Capítulo 37 Violet Jones Provei mais três roupas. Nenhuma ruim, claro. Mason tem um gosto sofisticado — quando não está ocupado sendo um cavalo alfa mandão. Estava de vestido novo quando a vendedora apareceu outra vez, se esgueirando pelo provador como uma cúmplice em missão secreta. Ela se aproximou com um sorriso nervoso, sussurrando com ares de quem estava prestes a contar um escândalo da realeza. — Você não é daqui, né? — cochichou. — Não. — franzi o cenho, desconfiada. — Por quê? Ela olhou pra fora pela fresta da porta do provador. Acompanhei o olhar dela. Mason estava ali, em pé, ao lado de uma mulher. Elegante, corpo escultural, roupa de couro preta grudada no corpo como a que vi no manequim, cabelo ruivo preso num rabo de cavalo alto. Um tipo perigoso. Um tipo que combina com ele. — É que… você está com o Hart. Não conhece a fama dele? Senti o estômago virar. — Que tipo de fama? — perguntei, tentando soar desinteressada. A moça hesitou. — Não me diga

Capítulo 39 Mason Hart Ela estava calada. Sentada ao meu lado como se não tivesse acabado de me desafiar em público. Como se não tivesse desfilado aquele maldito vestido vermelho no prédio onde todos sabiam quem eu era. Onde eu trabalho. Onde minha reputação sustenta alianças perigosas demais pra esse tipo de teatro. A marca de batom que a Vânia deixou foi só a cereja do bolo — e sim, eu deixei. Porque se Violet queria brincar com fogo, então queimaríamos juntos. Mas agora, no silêncio tenso do carro, minha paciência estava presa por um fio. E eu sabia que se não fizesse algo a respeito, ela ia continuar cruzando a linha. Ela quebrou a confiança. E pior ainda: me expôs como se eu tivesse uma fraqueza. Chegamos em casa. Joguei as chaves no balcão e a segurei pelo braço com firmeza. Ela tentou escapar. Reclamou. — Me solta! O que pensa que tá fazendo? Tá doido? Não respondi. Subi as escadas com ela praticamente sendo arrastada. O salto batendo contra os