AMET:Entreparo os olhos para distinguir melhor e percebo que ela esconde algo de mim. Antoni olha as flores; estão perfeitamente alinhadas, mas parece que todas olham para um ponto em particular.  —É que estou muito feliz —me responde, mas as lágrimas continuam rolando por seu belo rosto. Eu as limpo com cuidado—. Você não sabe o grande esforço que faço para não brilhar.  Os moinhos antigos se erguem ao longe, suas lâminas girando lentamente com a brisa, e sinto como a paz começa a me envolver. O jardim realmente tem o poder de apagar as incertezas.  —De verdade, linda? Você quer que a gente vá embora já? Venha aqui, quero te mostrar algo —digo enquanto uso uma das minhas mãos para apontar para o horizonte.  —Podemos ir a um lugar dentro do jardim onde não haja tanta gente? —me pede, aperta

ALEXIS:Estou prestes a me levantar e interromper essa conversa insensata quando ouço:— Ssssh —Net manda que os outros se calem, e isso me faz ficar sentado.— Depois conversamos —sussurra Horacio baixinho no ouvido de Juli—. Não se afaste de mim hoje de jeito nenhum.Meu coração bate acelerado enquanto observo minhas três irmãs do meu lugar. Isso não é normal, e eu sei. Sinto isso. Por mais que tentem esconder, minhas irmãs não estão bem, embora eu não consiga decifrar o motivo.A aula continua como todos os dias. As avaliações já terminaram. Esta será a última semana de aulas. O professor quer organizar a festa de formatura.— Isis, Isis —o professor a chama até ela reagir.— Diga, professor? —pergunta ela, levantando-se.— Nos anos anteriores, você f

ISIS:Ele me leva a um clareira na floresta, cercada por árvores que parecem sussurrar umas para as outras. O ar está frio e tem cheiro de terra úmida. Minha cabeça gira, mas a raiva continua latente, pulsando em meu peito. Levanto-me lentamente, ainda sentindo o rastro da energia que corria como um rio imparável pelo meu corpo momentos antes. Alexis está em pé diante de mim, com os braços cruzados e a expressão franzida. — Em que diabo você estava pensando, Isis? — pergunta seriamente, mas há uma preocupação genuína em seus olhos. Nunca o vi tão furioso, e isso me desconcerta —. Você ficou louca? Como teve a audácia de mostrar seus poderes na frente delas? Não podia me chamar? Alexis, no meio da floresta, grita comigo sem parar. Meu irmão, ainda cercado de luz branca, deixa claro o quão furioso está. Meu coração se aperta ao vê-lo assim. Claro que sei o que isso significa. Sei que não devia ter feito isso; não deveria ter mostrado meus poderes, mas a ausência de Ja

ISIS:Olho para Alexis, que se envolve em um círculo de energia branca, prevendo que nossa irmã vá explodir, como já estamos acostumados. Mas, ao ver isso, Antonieta fecha os olhos e se controla. Por isso, decido contar tudo.  — Então, Jacking ficou pálido e tinha um olhar triste ou, melhor dizendo, estava apavorado, agora que penso nisso. Ele gritou: “Proíbo você de não me amar, loba, proíbo!”. E sabe como fico quando me proíbem algo? —disse, tentando fazer alguém entender—. Comecei a gritar também!  — Agora que você conta assim, irmã —intervém Alexis—, tenho certeza de que esse garoto é sua metade. É por isso que ele te proibiu, e ele ficou assustado até desaparecer.  — Alex! —grito, sem conseguir me conter, aterrorizada—. Você quer que eu so

HORÁCIO:Julieta me olha, mais ferida do que convencida. Posso sentir sua confusão, seu medo e essa luta interna entre o que acredita e o que está sentindo. Sua respiração continua agitada, mas as lágrimas começam a cessar, deixando seu rosto vermelho e seus olhos inchados.  — Você promete? Promete não se separar de mim, nem para ir ao banheiro? —pergunta, tremendo, abraçada a mim.  — Eu prometo. Venha, deixe-me te abraçar. Tudo vai ficar bem, linda. Eu te amo, minha vida. Venha, durma, eu cuidarei de você a vida toda. Durma, querida —sussurro enquanto a abraço em meu peito, desprendendo feromônios.  — Você jura? —pergunta finalmente, com um sussurro que mal se ouve. Sua voz está quebrada, como se a esperança pendesse de um fio.  — Eu juro, amor, por você, por mim e pelo q