Depois de três semanas em coma, Mía acordou. A uma semana não estava mais entubada, mostrando melhoras significativas todos os dias, até que numa terça-feira abriu os olhos.Ela não conseguia conversar, nem se mover, apenas piscava e chorava, mas, para Tadew, foi o melhor presente que poderia ter ganhado. Dois dias depois recebeu alta da UTI, e foi para um quarto que parecia mais uma suíte de hotel de luxo. Tadew pensou em cada detalhe, tudo pago com o dinheiro de Franklin, é claro.Duas enfermeiras ficavam vinte e quatro horas por dia com ela, e três seguranças ficavam na porta do quarto, além de um na entrada da ala onde ela estava. Ninguém entrava sem ser revistado, nem mesmo os médicos. É claro que Tadew mandou evacuar toda a ala, para que estranhos não andassem pelos corredores. Franklin Carther estava expressamente proibido de vê-la._Sou eu que estou pagando essa porra toda!_Gritou ele em um acesso de raiva na entrada do hospital, cercado por muitos seguranças.Para a sorte d

Depois de mais uma semana, Mía havia tido uma grande melhora física, mas psicologicamente estava arrasada. Em todo o tempo as imagens dos dias de tortura apareciam em sua mente, seu sono era povoado de pesadelos com os três monstros que a atacaram. Ela só pensava em vingança. Franklin era seu principal alvo. Mas não queria que ninguém soubesse, para que não estragassem seus planos. A única coisa que a mantinha lúcida era a sede de vingança. Precisava falar com Franklin, para que ele pensasse que ela ainda estava apaixonada por ele.Mas a superproteção de todos estava atrapalhando seus planos. Tentou pedir seu celular aos médicos sem sucesso. Sabia que já estava bem, mas Tadew a estava mantendo no hospital sem necessidade, só para não deixar que ela procurasse Franklin. Teria que achar uma forma de sair dali. Tentou argumentar com Tadew que ele estava tendo gastos à toa, mas parecia que ele não se importava com a fortuna que devia estar pagando por tudo aquilo.Sua mãe também não qui

Depois que Mía ficou sozinha em casa com a sua mãe, começou a pensar em uma forma de fugir dos seguranças, Jheny também estava o tempo todo ao seu redor, muito preocupada. Mía sabia que não podia pular uma janela, pois estava muito debilitada, quase não conseguia caminhar ainda. Depois de pensar muito, resolveu que chamaria os colegas da faculdade para pegar os conteúdos perdidos. Tadew não se opôs e deu ordem aos seguranças que deixassem seus colegas passarem. Depois de algum tempo, os colegas saíram e tudo continuou normal na casa. Até a Sra Martínez começar a gritar, porque a filha tinha sumido. Entre os garotos que saíram, Mía saiu junto, camuflada com um boné e vestida como um menino. Os seguranças não perceberam, pois não haviam contado quantas pessoas entraram na casa.Longe dali, Mía já havia ligado para Franklin e o esperava em frente a uma cafeteria. Em instantes, o Bentley preto parou, ela respirou fundo e entrou. Em sua bolsa, carregava a arma de seu pai.Quando ela entr

Mía acordou no hospital novamente.O teto branco e as luzes frias a cegaram por um instante, fazendo-a franzir o cenho. O cheiro característico de antisséptico a fez perceber onde estava, antes mesmo de abrir totalmente os olhos. Seu corpo doía em cada músculo, e a cabeça parecia pesada demais para se sustentar sozinha.“De novo…”, pensou, com um misto de frustração e resignação. Não sabia exatamente como tinha ido parar lá, mas já desconfiava de quem havia se arriscado para salvá-la.Tadew.A lembrança de seu rosto preocupado, sempre presente nos momentos mais difíceis, fez um nó se formar em sua garganta. Ele parecia uma sombra protetora, aparecendo sempre que ela mais precisava, mesmo quando ela nem merecia.Horas depois, quando ele finalmente entrou no quarto, o coração de Mía bateu mais rápido. Ele parecia exausto. As olheiras denunciavam noites mal dormidas, mas havia alívio em seus olhos ao vê-la acordada._Você não sabe como é bom te ver com os olhos abertos, Emília!_Ele disse

Os dias estavam mais leves, e Mía começava a se acostumar com aquela nova rotina. Já conseguia caminhar sozinha pelo jardim, se exercitar um pouco e adorava ajudar Tadew com o trabalho que ele levava do escritório para casa. Aos poucos, sentia que recuperava o controle da própria vida.Naquela manhã de sábado, o sol estava quente, mas o vento leve tornava o clima agradável. Mía decidiu que queria sair um pouco, ver o movimento, comprar algumas coisas para cozinhar no jantar._Tem certeza de que quer ir?_Tadew perguntou, com um olhar preocupado, ao vê-la pegar a bolsa._Tenho,sim!_Ela disse, com um sorriso. _É só uma volta rápida. Preciso me sentir útil, não quero ficar presa aqui para sempre.Ele hesitou. Desde que viram aquele carro rondando a rua, a tensão dele só aumentara. Mas, vendo o brilho de determinação nos olhos dela, acabou cedendo._Tudo bem…_Suspirou._Mas eu vou com você.Mía revirou os olhos, mas não discutiu. Sabia que seria inútil.Foram juntos ao mercado do bairro, um