Albeth Eu estava em uma reunião importante com os vendedores de gado e sócios de Patricio, um deles tem um número considerável de cabeças de gado e vende bezerras. Também estavam presentes outros dois homens com grandes propriedades em Rivas. Durante a reunião, discutimos sobre os números e a situação dos negócios. A conversa foi interessante, mas breve, e logo a reunião chegou ao fim.Patricio sugeriu que ficássemos para tomar uns drinques, mas tive que recusar o convite. —Desculpe, Patricio, tenho que ir — pedi licença a ele. Nos despedimos e meu motorista me levou de volta para a vila. Ao chegar, notei que minha esposa e minha tia não estavam presentes, o que me pareceu estranho. Aproximei-me de Karelia para perguntar.— Onde estão minha tia e minha esposa?—Ao lago?— E quem foi com elas? — perguntei.— Elas foram sozinhas — respondeu.—Ah, tudo bem, vou vê-las —disse eu.—Tudo bem e a senhora Katrina?—Minha mãe foi comprar feijão branco, parece que a esposa dele não gosta de

Albeth Olhei para todos os lados procurando Valeria, mas não a encontrei. Karelia se aproximou de mim e começou a conversar. Perguntei se ela havia atendido todos os convidados como deveria, e ela disse que sim.—Você está muito bonita, gosto do seu vestido —disse ela sorrindo, mas não sei por que me sentia tão preocupado.— Bom, Karelia, conversamos depois, está bem?— A propósito, não vejo sua esposa.—Sim, estou procurando, mas não consigo encontrá-la.— Sério? Bem, talvez ela tenha ido se deitar. Parece que ela não gosta de ficar entre as pessoas. —Minha esposa é assim, e ninguém vai mudá-la. Vá ver o que tem para fazer.—Tudo bem, chefe.—Você viu Valeria? — perguntei a um dos guardas.—Sim, ela foi para o jardim.—Para o jardim?— Sim, senhor, e o senhor Patricio passou por lá há pouco.—Patricio — mencionei, hesitante.Quando fui ao jardim, ouvi um grito. Rapidamente procurei Valeria.— Valeria! Valeria! — gritei enquanto olhava em todas as direções procurando.— Alberth, me

AlberthVários dias se passaram desde aquele terrível acontecimento que afetou minha esposa. Graças a Deus, consegui ganhar o caso e aquele homem maldito vai apodrecer na prisão por tudo o que fez. Cancelei os papéis do contrato de aluguel dos bezerros que assinei com ele. Ao que parece, além de tudo, ele estava envolvido em um mau investimento, o que resultou em mais anos de prisão. Meu testemunho foi fundamental para isso. Fiquei sabendo que os outros presos o espancaram por “violador” e, embora ainda não tenha detalhes sobre seu estado, não me interessa. A única coisa que desejo é que ele pague pelo que fez com Valeria.Deixei tudo o que estava fazendo e me levantei para ir ao hospital. Queria que Valeria fizesse alguns exames para verificar os ferimentos que ela ficou e também que falasse com um profissional para tratar as sequelas emocionais. Duvidava que ela aceitasse um psicólogo, mas achei que talvez uma psicóloga pudesse ajudá-la. Ao chegar à clínica, entrei no meu consultóri

Alberth.Valeria e eu ficamos pensativos ao ouvir o vídeo póstumo que Edward deixou. Além do bebê, tínhamos que ir à mansão procurar aquele porão, encontrar provas e descobrir como chegar ao culpado e às pessoas que estavam atrás de Valeria. Sabíamos que aqueles que mataram Edward eram os mesmos que acabaram com Jovanny.—Isso é demais, como é possível? Tendo provas, não encontramos os culpados.— Fique tranquila, querida, sei que é difícil, talvez seu pai temesse que algo acontecesse com você.Minha esposa concordou, estava triste por tudo o que tinha acontecido e, pior ainda, por não conseguirmos capturar o assassino. Eu a abracei e dei um beijo, e ficamos assim, abraçados, ambos refletindo sobre o que tínhamos visto no vídeo. Não tínhamos ideia de como proceder.No dia seguinte, acordei cedo para ir ver a mansão de Valeria, tomei banho, me vesti e liguei para os investigadores junto com meu guarda, para realizar este trabalho. Decidimos ir cedo, mas Valeria me pediu para levá-la, o

Valeria.Fiquei paralisada ao ver Jocelyn naquele lugar. Seu rosto, coberto de hematomas, me encheu de uma mistura de surpresa e medo. Naquele exato momento, apareceu o homem com quem eu pretendia me associar, mas algo em sua atitude me deixou alerta. Ele estava visivelmente alterado e, para meu horror, puxou brutalmente o cabelo de Jocelyn. Quando ele me viu em pé, seu corpo ficou tenso e ele parou bruscamente.— Boa tarde — disse ele, tentando parecer calmo — O que você está fazendo aqui?Jocelyn, envergonhada, aproximou-se e cobriu o rosto. Ela me olhou com os olhos cheios de desespero.— O que você está fazendo aqui? — ela me perguntou com voz trêmula.Senti um nó na garganta. Tudo dentro de mim dizia que eu deveria ir embora, eu nem queria responder.— Acho que me enganei... vou embora — murmurei, dando um passo para trás.— Não, espere, senhorita, não vá embora — insistiu ele, moreno e maltratado, com uma mistura de súplica e ordem — Você veio me procurar?—Sim, mas acho que ser