Ava ficou de frente para ele e viu em seus olhos que estava sendo sincero.— E agora, vai me aceitar do jeito que eu sou ou quer me rejeitar e procurar outra? — perguntou.— Só existe você, Ava. Essa mulher vencedora, forte, linda e calorosa. Capaz de tudo para defender os necessitados. Vou ter que aprender a ter você ao meu lado e não atrás de mim e se você não me rejeitar, peço que aprenda a compartilhar suas coisas comigo e contar com minha presença para tudo. Vou respeitar suas escolhas e peço para conversarmos e resolvermos qualquer pendência que surgir. Você concorda? — perguntou como se estivessem assinando um contrato.— Então, estaremos lado a lado para resolvermos tudo e nunca fugirmos a uma DR? É! Está bom para mim. Concordo. — respondeu ela, sorrindo feliz.— Então podemos selar com um beijo, ou você acha cedo para um beijo? —Você já deu um beijinho, seu bobo. Mas você precisa saber que nunca namorei ninguém, isso é novo para mim.Ele puxou ela para seu colo e apoiando su

O filme terminou e Ava dormia. Zoren desligou tudo, levantou-se e a tomou no colo, levando-a escada acima e entrando no seu quarto, colocou-a na cama. Tirou-lhe as sapatilhas e a calça jeans, cobrindo-a com o edredom. Arrumou tudo, trocou as roupas por uma calça de moletom e por fim, deitou-se junto a ela, puxou-a para si e dormiu sentindo seu aroma gostoso.Beirando o amanhecer, sem que ninguém percebesse, nem os vigias da noite, um imenso urso se esgueirou em meio às árvores e seguindo até os geradores, rasgou as caixas de metal, arrancou os cabos e arrancou o motor propulsor do grande gerador de energia, que vazou seus líquidos pelo chão.Metade da vila ficou sem luz e o urso, dando meia volta, correu pela floresta e se alguém o visse, poderia jurar que estava rindo com a travessura que fez, sem imaginar a quantidade de vidas que colocou em risco.Ava acordou, sentindo que havia algo errado e constatou que era a temperatura do quarto. Viu que Zoren estava agarrado a ela, mas deu um

Quando os dois desceram, haviam pessoas na varanda, esperando. Zoren abriu a porta. Ele saiu e cumprimentou a todos. Haviam mais pessoas na calçada e quando Ava apareceu ao lado do Alfa, todos bateram palma e depois juraram fidelidade à nova Luna.— Mas eu nem a apresentei ainda, o que estão fazendo? — perguntou o Alfa, lento para aceitar as coisas.— Aceita, Alfa, é de coração. — falou um dos homens.Zoren riu e balançou a cabeça, abraçando de lado, sua fêmea. Um porta voz se aproximou e falou:— O gerador já foi colocado e está funcionando.— Percebi a água quente, obrigado — disse Zoren.— Mesmo assim, as casas estão abastecidas com reserva de lenha para lareiras e fogão. As peles, também, foram distribuídas para as crianças se aquecerem. Tudo conforme nossa Luna ordenou.— Ordenou, é? — perguntou Zoren, olhando para ela. — Sei.— E em gratidão por tudo que fizeram, as mulheres trouxeram a refeição para o dia dos Alfas — fez um gesto com a mão e várias cestas surgiram.Ava sentiu o

Foi cercando o local com cuidado, até que sentiu uma flecha passar por ele e fincar no tronco do pinheiro ao seu lado. Era um aviso de Ava. Olhou em volta e no chão, localizando a armadilha boca de lobo oculta pela neve, no lugar exato onde iria pisar. Contornou o local e prestou mais atenção por onde andava. Procurou Ava por entre as folhagens das árvores e foi difícil avistá-la, estava distante e só reconheceu a ponta da besta apontada para as cabanas.Ouviu novamente as flechas zunirem, próximas a ele e mais três gritos e só então ele correu em direção ao acampamento e viu o que não queria ter visto, shifter de lobos, feridos e ganindo em direção de onde vieram as flechas. Traidores de seu próprio povo.Olhou dentro das barracas, mais uma vez, e encontrou peças de roupas limpas, voltou à forma habitual e se vestiu.Quando saiu da barraca, Ava já estava lá, amordaçando os lobos e se preparando para amarrá-los. Foi até ela, e puxou-a pelo braço, agarrando-a num abraço apertado e col