O ambiente está carregado de emoção. As risadas, os gritos e os gestos desbordantes impregnam cada canto do estúdio. Minhas amigas falam todas ao mesmo tempo, cada uma contando alguma lembrança ou anedota que revive o vínculo que uma vez compartilhamos, como se nunca tivéssemos nos separado. — Não posso acreditar, Isis. Como você terminou aqui? —pergunta Evelyn, que parece não parar de acariciar minhas mãos, como se temesse que eu me desvanecesse a qualquer momento. — Eu também não entendo! —respondo, rindo e tentando conter as lágrimas que ameaçam escapar de novo—. É uma longa história, uma que talvez não faça sentido… Mas aqui estou. — Certamente é obra do destino —comenta outra, com os olhos brilhando de alegria. No meio da algazarra, olho de relance para Jacking. Ele ficou junto à porta, de braços cruzados, observando com uma mistura de espanto e diversão. Embora tente se manter neutro, posso sentir aquele halo protetor que o rodeia, sempre atento a qualquer coisa, como um

Netfis põe uma mão no braço de Antoni, tentando acalmá-la antes que ela comece a gritar. Mas até ela parece surpresa, com os lábios formando uma pequena linha de desaprovação.  — Não posso acreditar... —murmura Julieta, levando uma mão à boca—. Jacking sempre foi reservado, mas nunca pensei que ele pudesse ser tão... cruel.  Merytnert, no entanto, permanece em silêncio. Seus olhos dourados estão fixos em mim, mais intensos do que nunca, como se tentasse arrancar a verdadeira história diretamente da minha mente. Depois de um instante que parece durar uma eternidade, finalmente fala.  — É verdade que meu irmão te fez isso, Isis? —pergunta com incredulidade.  — Sim, eu passei muito mal —confesso, sentindo como meus olhos se enchem de lágrimas—. Foi uma época muito d

Olho para Isis, a Lua do meu irmão. Sempre fui uma mulher reservada, mas quando se trata do meu irmão, não consigo esconder minha admiração. —É que não poderia ser menos sendo meu irmão —digo, brincando com uma expressão de autossuficiência que provoca risadas entre todas. —Isis, você quer dizer que todas as lobas andam atrás do seu garoto? —Não, Meryt! —ela me interrompe. —Jacking é apenas o humano do meu Alfa. Faço uma pausa; meu tom muda ligeiramente ao ouvi-la, olhando para as outras de maneira significativa. Coloco calor em minhas palavras, que raramente mostro com tanta clareza, quando volto a falar. —Meninas, acho que deveríamos nos reunir com nossos garotos. Eles estão nos esperando no escritório —sugiro com um sorriso. Faço sinal para as outras deixarem Isis tranquila. Já havia notado o quanto sua amiga estava afetada. Elas deveriam trabalhar juntas, pouco a pouco, para que ela se recuperasse. Saímos felizes, rindo das ocorrências de Antoni, que parecia uma borbolet

Olho ao meu redor, vendo todas as minhas amigas que nos acompanham. Seus olhares refletem preocupação ao ouvir o que Amanda diz sobre nossa amiga. Todas sabemos que a conexão entre Isis e Jacking precisa ser fortalecida, não apenas pelo bem deles, mas pelo futuro de seus filhotes e da matilha. —Não, você não vai fazer isso! —disse Amanda, que parecia ter todas as respostas. Bem, ela era a reencarnação da Deusa Amonet—. Faremos tudo isso para que ela reivindique e aceite o humano do seu Alfa. Essa é a maneira! —Muito bem, farei! Se for pelos meus filhotes, farei tudo que você pedir! —disse meu irmão, de repente decidido. —É difícil, eu sei —continuou Amanda, rompendo o silêncio que nos dominava—. Mas você deve encontrar uma maneira de reconquistar Isis fora do contexto do Alfa Supremo. Às vezes, o verdadeiro poder reside em se mostrar vulnerável, em mostrar seus verdadeiros sentimentos. Meninas, e vocês, não se esqueçam de sempre elogiar Jacking e Mat na frente dela e tentar deix

Ast bufou com fúria no fundo da mente de Isis, sua energia vibrante preenchendo cada canto da alma compartilhada. Era como se a loba tentasse morder algo que não podia alcançar, um instinto irreprimível que pulsava com força.  —Se você não vai me dar o controle, pelo menos me deixe ir com você —insistiu Ast, desafiando Isis.  Isis ignorou o alvoroço de sua loba. Concentrava-se em se vestir com calma, escolhendo uma roupa simples, mas perfeita para uma caminhada pelas cavernas e florestas. Ela não ia ceder às demandas de Ast, mas isso não significava que seu coração estivesse tranquilo. No fundo, suas dúvidas cresciam como um rio transbordando.  —Não sei por que você não confia em mim, Ast. Isso é ridículo —disse, fechando o último botão de sua jaqueta, tentando se convencer mais