Augusto Campos Abriu os olhos e nem se mexeu, pois não queria assustar a esposa que estava dormindo tranquilamente com a cabeça encostada em seu peito, o mesmo observou os cabelos loiros macios espalhados pelo seu peito e bem lentamente acariciou os fios que tanto amava. E tinha certeza absoluta de que se Letícia acordasse iria se afastar dele, pois a mesma ainda estava chateada e com bastante razão. Augusto inalou o perfume que vinha dela e bem devagar saiu da cama e foi até o banheiro, onde fez suas higiene pessoais, vestiu suas roupas pretas e foi para o seu escritório. Viu o teste de DNA em cima da mesa e decidiu que o melhor era guardar aquele papel em outro lugar. Afinal não queria que Matheus visse, também viu a foto do ultrassom em um porta retrato em cima da mesa, e provavelmente Letícia que tinha colocado ali e se sentiu ainda mais culpado. Nem Letícia e Matheus mereciam que ele fosse um maldito ogro, tinha que pedir perdão para os dois e começaria pelo filho. Saiu d

Letícia Silva Letícia olhava para a entrada da mansão pela milésima vez, olhava pela janela do quarto de Matheus, onde Augusto havia saído pela manhã e até o momento não tinha voltado. — Tia você está esperando pelo meu papai? Letícia desviou o olhar da janela e olhou para o garotinho que já estava usando seu pijama e se deitou na cama. Leticia suspirou e se afastou da janela se sentando na cama ao lado do garotinho e o abraçou. — Não meu amor, o seu papai está na empresa e vai chegar tarde hoje. Letícia falou aquilo mesmo incerta sobre o assunto, não tinha notícias de Augusto desde que o homem havia saído do quarto na parte da manhã. Estava magoada com o marido mas não conseguia se impedir de ficar preocupada com ele, só pensava se ele estava bem e seguro. — Vamos meu bem. — Letícia beija a testa do menino e inala o cheirinho de bebê que vinha dele se sentindo mais calma. — Eu irei contar uma história pra você. Letícia então pegou um livro de fábulas que tinha ali e com

Augusto Campos Quando passava das cinco da tarde, Augusto decidiu ir para casa, junto com David tentaram encontrar uma solução para aquele problema com Lily e Ricardo, mas não conseguiram chegar a nenhuma. E se eles pedissem o teste de DNA e ficasse comprovado que Augusto não era o pai de Matheus, mas sim Ricardo eles o levariam e era bem provável que ele nunca fosse ver o filho. Estava entrando no carro quando o celular tocou, olhou para o retrovisor e era um número desconhecido. — Alô? — atendeu. — Augusto, querido. Era Lily, fechou os olhos tentando conter a raiva que estava sentindo sempre que ouvia aquela voz. — O que você quer Lily? Você não acha o bastante o que eu fiz com o seu amante? — A Augusto coitado do Ricardo, ele ainda está acamado tentando se recuperar da surra que levou. — ouviu ela rir. — Você me surpreende, mas querido você achou mesmo que isso ia nos parar? — O que você quer Lily? E pode ouvir a mulher dar aquela risada que fez com que o sangue de

Augusto Campos dirigia o carro em alta velocidade, sem nem olhar para o que estava a sua frente, observava Letícia e Matheus pelo retrovisor, e a esposa parecia desesperada, abraçou o garotinho que não reagia de nenhuma forma. Estacionou o carro de qualquer maneira no hospital, desceu do carro e pegou Matheus nos braços e entrou correndo e gritando por socorro. Logo duas enfermeiras trouxeram uma maca e o pequeno foi levado para a emergência. Augusto olhou para a esposa e viu a mesma chorando, o rosto dela estava bem pálido. — Você também precisa ser examinada. — Augusto falou enquanto a abraçava. — Não, eu estou bem. — Letícia tentou se desvencilhar dele. — O Matheus, apenas quero saber dele. — Letícia, tenha calma. — Segurou ela pelos ombros e tentava impedir a mesma de entrar na sala de emergência, para onde o garotinho havia sido levado. — Você tem que se acalmar pelo nosso bebê. Letícia o abraçou pela cintura e descansou a cabeça dela no peito do marido e chorou de

Augusto Campos Havia se levantado cedo e nem poderia falar que havia dormido pois não chegou a dormir, durante toda aquela noite havia se aconchegado na esposa que estava em seus braços e inalava o cheiro que vinha dos cabelos dela enquanto o rezava. E talvez aquela fosse a primeira vez em toda a sua vida que implorava para que tudo desse certo no dia seguinte. Quando saiu do quarto na manhã seguinte deixou a esposa dormindo e foi procurar o médico, queria que o homem lhe passasse alguma garantia que Letícia e Matheus iriam ficar bem, precisava disso. Encontrou o médico na recepção preenchendo alguns papéis. — Doutor? — Olá senhor Campos, aconteceu alguma coisa? — Eu preciso saber se eles irão ficar bem doutor? — falou desesperado. O médico observou Augusto e o levou para a sua sala, na sala explicou sobre todo o procedimento que eles fariam, e garantiu que mesmo com os riscos iria dar o seu melhor para que Letícia e o bebê ficassem bem, que aquela era a única chance de