Cleide Muniz Fiquei tão aflita e preocupada em como o Henrique reagiria à presença do Augusto em casa, sempre foi apenas nos dois desde a minha separação e tinha muito medo de me envolver com outro homem por tudo o que passei nas mãos do James. Aquele monstro chegou ao ponto de me deixar quase morta em casa sozinha com o Henrique. Ele era somente um menininho, mas graças a Deus, aquela grande tribulação acabou e vivemos anos felizes, somente eu e ele.E com a ajuda da Mel e da Bianca, criei um bom menino.Henrique como todo adolescente, tem seus momentos de rebeldia, mas ele sempre vem e me pede desculpa pelas suas atitudes. E quando ele viu o Augusto bêbedo e o ajudou vi que ele gostou dele de cara, e quando percebemos, o Augusto já estava praticamente morando com a gente e sabia que eles estavam indo muito bem com essa nossa nova rotina aqui em casa.Henrique tem finalmente um bom amigo, mas tenho até medo quando esse rapaz precisar voltar para a cidade deles e precisarem se afasta

Cleide MunizEstou tão feliz que, em poucos dias, estaremos morando mais perto do meu menino. Augusto também parece bem empolgado com a nossa mudança. Percebi o quanto ele sentiu a distância, ficando longe do Henrique. Ele também se acostumou com a presença dele aqui, e ver meu filho o considerando como um pai me deixou imensamente feliz. Sei que criei um menino de ouro.Mas também entendo que ele ainda precisa de nós ao lado dele. Por isso, não pensei duas vezes em me mudar para Miami. Aceitei que o Henrique já conseguia viver sozinho, porque confiei que a Solange iria ficar de olho nele e me avisaria caso houvesse qualquer problema. Até agora, ele está se saindo muito bem, principalmente com o bullying que vinha sofrendo.Estou tentando fechar a nossa última mala para podermos ir ao aeroporto com tranquilidade. Ontem, a Bia já foi embora com a família. Compramos uma casa no mesmo residencial que ela. Conversamos e achamos que seria melhor assim, porque eu poderia ajudá-la com o Adam

Henrique CarterEntrar no carro onde meu pai estava me deixou com uma aflição no peito, mas eu precisava cooperar. Caso contrário, ele poderia fazer algum mal à minha família. A partir de agora, sabia que teria que fazer tudo ao meu alcance para manter meus pais a salvo desse louco.Chegamos a uma mansão um pouco mais afastada da cidade, cercada por muros altos e muitos seguranças. No veículo, além de mim, estavam somente James e o motorista. Ele parecia nervoso ao telefone, mas preferi me manter calado. Já tinha uma boa ideia do que estava acontecendo.Quando o veículo parou em frente às grandes portas, desci e fiquei esperando pela ordem do que deveria fazer. Pelo visto, eu não passava de uma mera peça nesse jogo. Era nítido que ele não gostava de mim, assim como também não gostava das filhas que havia mencionado.Em pouco tempo, Peter se aproximou e me mostrou o caminho que deveria seguir.— Peter, apresente a casa ao Henrique. — A ordem saiu da boca dele sem emoção alguma. Somente

Henrique CarterOs dias passam lentamente aqui.Sou obrigado, diariamente, depois da aula, a me exercitar com o Peter na academia da mansão. Não entendo por que não posso voltar para a escola. Tenho medo de que minha mãe resolva aparecer e, sinceramente, não faço ideia do que dizer a ela.Como vou explicar que o James está vivo e, pior, que ele está me mantendo aqui?Hoje, a professora particular não ficou muito tempo. Charles quer me ensinar algumas coisas, e vamos viajar para Nashville. Iremos somente nós três e não entendo o porquê da viagem. Sei que o Peter está empolgado com a viagem. Estamos indo para a cidade natal dele.Estamos sentados nos bancos do jardim, de frente para a academia. Peter fala algo sobre a matéria que precisamos estudar para a próxima semana, mas minha atenção está completamente voltada para a Dakota, que treina com um dos homens que trabalham para o Sullivan.Durante os dias em que estou aqui, descobri algumas coisas sobre ela: que gosta de caramelo no café