Mal se pôs de pé, Frederico disparou em direção ao quarto, sentindo as pernas prestes a desabar a cada passo. No meio da pressa, seus pés vacilaram e, num descuido, ele perdeu o equilíbrio, um estrondo ecoou na escada enquanto seu corpo despencava degrau por degrau, incapaz de se segurar.A dor aguda foi como um balde de água fria que o fez recuperar um pouco do controle. Cerrando os dentes, ele se agarrou ao corrimão e se reergueu, ainda cambaleando, determinado a subir de novo.Dessa vez, talvez por avançar devagar, conseguiu chegar ao quarto. Mas, assim que abriu a porta, o vazio saltou aos olhos. Só restavam as coisas dele. Tudo que um dia pertenceu à Vanessa havia evaporado.Até as fotos dos dois, que decoravam as mesinhas de cabeceira, sumiram das molduras, só restaram os porta-retratos vazios, mudos, como se nunca tivessem abrigado memórias.Um pressentimento sombrio fez Frederico despertar de vez. Correu até o armário, abriu gavetas às pressas, e em cada compartimento que vascu
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