POV: DAIMONPuxei o ar, deixando o silêncio se comprimir entre nós antes de continuar, mais cortante:— Possuo minhas próprias convicções. Seu corpo tremeu, os dedos se cravaram involuntariamente no tecido da minha camisa, puxando e soltando num gesto tão sutil quanto desesperado. Afastei-me com lentidão, mantendo os olhos fixos nela, como quem arranca a alma de dentro do corpo só com o olhar. Airys mordeu o lábio inferior, apertando-o até quase machucar, desviando o olhar, inquieta, como se precisasse fugir, mas sem conseguir dar um único passo para longe. — Podemos estar errados... — murmurou, a voz baixa, quase um sopro. Sorri de canto, um rosnado seco vibrando na minha garganta enquanto ergui a mão e, com um toque suave, cutuquei a ponta do seu nariz, forç
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