Marina,Desperto com a minha cabeça doendo, olho ao redor e todos estão em cima de mim. Me sento com a ajuda do Ethan e olho para ele e começo a chorar.— Me desculpa, por favor, me desculpem... — Coloco a mão no rosto e sinto os braços do Ethan me envolver. — Você leu o relatório, não foi? — Concordo com a cabeça e sinto ele me abraçando mais forte. — Vamos conversar o quarto. — Ele me pega no colo e me leva em seus braços até o quarto dele. Me senta na cama e volta para fechar a porta.— Ethan, por favor, não me julgue pelo que a minha mãe fez, eu não tive culpa, eu nem era nascida...— O que tinha naquele relatório? Eu não sei de nada, só sabia que era uma coisa ruim, porque o meu tio falou. Sei que tem a ver com o meu pai, mas eu não sei o que é.— Seu pai... Ele vai me odiar. — Abaixo a minha cabeça, minhas lágrimas descem sem freio, e mesmo que eu tente, não consigo controlá-las. — Me conta? — Procuro pelo meu celular e não o encontro. Ethan se levanta e sai do quarto, falando

Ethan,Algumas horas antes...Desço embusca do celular dela, e o encontro embaixo da mesa. Pego ele, logo e o desbloqueio. Já está exatamente na parte do relatório que a Juliana mandou para ela, me sento na cadeia, e começo a ler atentamente. Cada palavra me leva acreditar que isso é tudo um filme de assassinato. Bom, isso até eu ler a parte que a Juliana menciona os meus pais. Me levanto da cadeia atordoado, isso não pode ser verdade, a mãe dela era uma ex louca do meu pai?Saio da sala de jantar e vou até o seu escritório. Nem bato na porta, apenas entro. Está ele, o tio Edson e a minha mãe, parecem está trabalhando. Pego o celular da Marina, e mostro para o meu pai.— Aqui está relatando uma parte da sua vida, por isso sempre pegou no meu pé? — Ele pega o celular da Marina da minha mão e começa a ler. Tio Edson se aproxima de mim, e pergunta o que eu fiz.— Não fiz nada, eu disse que mesmo que o senhor não quisesse contar nada para ela, ela ia descobrir. E descobriu. Ela é filha d

Marina,— Eu vou lá. — Digo, mas ele me barra, mandando eu tomar meu banho, que ele cuida do Dante. Ele sai e eu fico sozinha embaixo do chuveiro.Ele está tão mudado, está ficando contra o pai dele para ficar ao meu lado. Os dois estava começando a se acertar, mas será que algum dia o James vai me perdoar? Será que ele e o filho em fim, terão um momento de paz? Meu Deus, que confusão.Alguns minutos depois saio do banheiro, e vejo o Ethan com o Dante no colo em nosso quarto. Ele tenta fazer o menino dormir balançando ele de um lado para o outro. Mas nunca fiz o Dante dormir dessa forma.— Deita ele na cama, assim ele não vai dormir.— Não? Agora entendi. Meus braços estão quase caindo e o menino não dorme. — Ele ri e deita o Dante na cama. — Ele deve está sentindo a tensão que estamos passando, não queria que ele ficasse assim.Me sento na cama e começo a acariciar seus cabelos, e aos pouco, ele vai fechando os olhos.— Eu tenho que ir no cemitério. — Falo e ele rolha para mim. — Eu

Ethan,No outro dia pela manhã, depois que tomamos o café, aviso para a Marina que o novo motorista dela virá hoje. Ela também me confirma que a babá do Dante virá para me conhecer. Ficamos esperando um dos dois chegar, e a babá vem primeiro.Marina me apresenta ela como Karen, ela parece uma boa pessoa, mas eu não esqueço que ela deixou a porta aberta, e deixou que o Dante fosse atropelado.— Mantenha a porta fechada, ele pode andar pela casa toda, mas não o deixar sair em hipótese nenhuma. Se acontecer algo com ele, não vou só te mandar embora, como te colocar na cadeia por maus tratos. — Ela arregala os olhos para mim e depois olha para a Marina.— Não liga não, Karen, ele só está protegendo o filho dele. — Suas palavras saem quase em sussurro, vai ser difícil trazer a minha Marina de volta.— Ele é o pai do Dante? — Marina concorda com a cabeça. — São muito parecidos mesmo. Pode deixar, senhor Fort, o que aconteceu na minha casa foi um descuido, mas eu aprendi a lição e não vou fa

Marina, — Seu pai te criou junto com a filha deles. Daí, fui até a casa do marido da sua mãe, e ele me falou que só pegou você da penitenciária, porque não queria levar a fama de corno. Tentou te criar, fez de tudo para gostar de você como se fosse a filha dele, mas não conseguiu. Quando você fez cinco anos, ele te levou até o orfanato, colocou um papel no seu bolso com o seu nome, sobrenome e a data de nascimento, e mandou você esperar ele ali que ele já voltava. Tocou a campainha e se escondeu. Só depois que você entrou que ele foi embora. Ele é um bom homem, só não conseguiu lidar com essa situação. Abaixo a minha cabeça, agora entendi como eu cheguei no orfanato. As lágrimas começar a rolar dos meus olhos, e o Ethan aperta a minha mão. — Estou sentindo você diferente hoje, na nossa outra conversa você não estava tão mal. Eu sei que essa história é pesada, mas se você estiver se sentindo culpada pelo que sua mãe fez na família do seu marido, tire isso da sua cabeça, pois você é i