Capítulo 161 - "O Laço Indestrutível"(Narrado por Thalrik) O som dos cascos ecoava na noite como um tamborilar sombrio, cada batida marcando o passar do tempo que parecia escorrer por entre nossos dedos. O silêncio entre nós era tão espesso quanto as sombras ao redor, cada um preso em seus próprios pensamentos. Elira estava à frente, o olhar fixo no caminho à frente, mas sua postura denunciava o cansaço que ela tentava esconder. Eu sentia tudo. A tensão no ar, a dor que começava a pulsar de forma persistente em meu peito, como um eco do vínculo que nos unia. Desde que saímos do Sanctum dos Véus, o laço parecia... diferente. Não fraco, mas mais pesado, como se o próprio universo estivesse testando sua força. Foi então que a figura encapuzada apareceu. — Vocês estão atrasados. O destino não espera. A voz era baixa, mas carregava um peso que fez o ar ao nosso redor vibrar. Puxei as rédeas de meu cavalo, meus instintos já preparando meu corpo para lutar, mas algo na presença daq

Capítulo 163 - "O Despertar de Um Novo Poder" (Narrado por Elira) Quando a figura no horizonte começou a se aproximar, a tensão ao nosso redor tornou-se quase palpável. Era como se o ar estivesse carregado com uma força invisível, comprimindo nossos corpos, testando nossos limites. O Tear dos Mundos, em minhas mãos, pulsava como um coração, emitindo um brilho fraco que parecia responder àquela presença sombria. Olhei para Draegon e Thalrik, sentindo a conexão entre nós vibrar de maneira irregular. Era como se o vínculo, normalmente estável, estivesse tentando se ajustar à energia caótica que agora nos cercava. — Fiquem juntos. — Minha voz saiu baixa, quase engolida pelo silêncio opressivo. Draegon colocou a mão no cabo de sua espada, seus olhos fixos na figura que se aproximava. Sua postura exalava determinação, mas eu sabia que ele sentia o mesmo desconforto que eu. — Quem ou o quê é isso? — Ele murmurou, quase para si mesmo. Thalrik respondeu, sua voz sombria e afiada c

Capítulo 165 - "Abismo dos Eternos"(Narrado por Elira) O ar era denso, quase sufocante, e cheirava a uma mistura de enxofre e flores em decomposição. Cada respiração parecia um esforço, como se o próprio espaço ao nosso redor estivesse vivo e ciente de nossa presença. Quando abri os olhos, o que vi me deixou sem palavras. Estáva em um lugar que desafiava toda lógica. Montanhas flutuavam como ilhas suspensas no céu, enquanto rios luminosos corriam para cima, como se desafiassem a gravidade. Árvores com folhas prateadas e troncos de obsidiana se erguiam ao meu redor, e no horizonte, formas nebulosas e indistintas vagavam, parecendo ao mesmo tempo próximas e distantes. Era impossível saber o que era real e o que era apenas uma miragem. Meus pés afundaram levemente no solo macio e pulsante. Não era terra, mas algo orgânico, quase vivo. Tentei ignorar a sensação desagradável enquanto olhava ao redor, procurando por Draegon e Thalrik. — Draegon? Thalrik? — Minha voz ecoou no vazio,

Capítulo 167 – “O Trono do Caos”(Narrado por Thalrik) A energia ao nosso redor era sufocante. O caminho à frente, forjado em obsidiana pulsante, parecia se estender infinitamente, mas cada passo me trazia mais perto de um poder que até mesmo as lendas haviam temido mencionar. Draegon caminhava ao meu lado, o brilho fraco da marca em seu peito iluminando fracamente nossos rostos. Ele não dizia nada, e eu também não tinha palavras. O silêncio era nosso único companheiro, mas dentro de mim, uma tempestade rugia. Onde estava Elira? Desde o momento em que o Abismo nos separou, senti a ausência dela como um vazio insuportável. Era uma dor que eu não podia nomear, uma mistura de medo e raiva. E agora, enquanto avançávamos em direção ao trono de Nyxara, eu sabia que cada passo nos levava a um confronto inevitável, não apenas com a deusa do caos, mas com tudo o que nos definia. O caminho terminou abruptamente diante de um arco monumental, esculpido em uma pedra que parecia viva, respir

Capítulo 169 - "O Peso da Escolha"(Narrado por Draegon) A primeira coisa que senti foi o peso. Ele não era apenas físico, mas também mental, como se minha própria alma estivesse sendo arrastada para um abismo. Meus membros estavam pesados, minha respiração, irregular. A escuridão ao meu redor parecia viva, apertando-se contra minha pele como um manto sufocante. Forçando-me a abrir os olhos, vi algo que me fez congelar. Elira estava a poucos passos de mim, mas algo estava terrivelmente errado. As marcas brilhantes em seu peito agora pulsavam com uma luz dourada misturada com traços de negro, e seus olhos... Não eram dela. Eles brilhavam como faróis vazios, sem emoção, sem reconhecimento. — Elira? — Minha voz saiu rouca, quase um sussurro. Ela não respondeu. Apenas se moveu, lentamente, como uma marionete manipulada por fios invisíveis. Quando seus olhos finalmente se fixaram em mim, senti o gelo da compreensão se espalhar por minhas veias. Ela estava sendo controlada.