Scarlett estava ficando cada vez mais irritada. Nesse momento, o celular dela apitou com uma notificação. Era uma mensagem de Liam: [Letty, estou na entrada da UFSA. Comprei algumas coisas para você, pode vir buscar?] Scarlett, já tomada pelo mau humor, nem quis saber de qualquer coisa vinda da família Miller. Com frieza, ela respondeu: [Não preciso. Entregue para a Amelia.] Liam estava encostado no carro quando recebeu a mensagem. Inicialmente, ele ficou animado ao ver que Scarlett havia respondido, mas, ao ler o conteúdo, um sorriso amargo surgiu em seu rosto. Ainda estava claro que Scarlett não tinha intenção de perdoá-lo. Amelia estava prestes a voltar para Cidade A para repetir o último ano, então Liam nem teria motivo para entregar nada a ela. Ele ficou parado na entrada da UFSA por um bom tempo, preso em um turbilhão de pensamentos. Liam sabia que Scarlett estava lá dentro, mas não tinha coragem de buscá-la pessoalmente. Temia que sua aparição só servisse para irritá-

Quando Scarlett entrou na sala para escolher um lugar, percebeu que, apesar de vários assentos estarem vagos, todos pareciam ocupados. — Desculpa, aqui já tem gente. Scarlett percebeu na hora que estava sendo isolada. Sem se importar, foi direto para o centro da primeira fila e se sentou. Afinal, ninguém queria sentar ali. A primeira fila era o pior lugar para quem queria mexer no celular ou se distrair, além de ser o mais visado pelos professores para perguntas. A aula passou rapidamente. Assim que a aula terminou, Scarlett saiu da sala sozinha. No caminho de volta para o dormitório, ela viu vários grupos estudantis promovendo suas atividades e recrutando novos membros. — Ei, colega, que tal entrar para o nosso clube de cosplay? Tem muitas garotas bonitas e caras estilosos! — Ei, colega, venha para o time de eSports da UFSA! Você ainda pode assistir às competições gratuitamente. Scarlett parou ao ver o estande do time de eSports da UFSA. Por um momento, sentiu-se tentada.

— Não precisa, eu não pretendo assinar com nenhum time. — Scarlett rejeitou diretamente. Enquanto olhava para o retrato na parede, perguntou: — A propósito, o King também fazia parte do time da UFSA? — Você foi para o time da UFSA, né? Sim, ele era estudante daqui, mas já se formou há muito tempo. — E ele ainda está nesse meio? — Pelo que eu sei, não. Com o histórico familiar dele, não tem como ele ficar nisso por muito tempo. Scarlett percebeu, pelas palavras, que King provavelmente tinha vindo de uma família abastada. Depois de encerrar a ligação, Scarlett se virou e viu Yago se aproximando. — Scarlett, seu talento é impressionante. No futuro, se continuar se dedicando, tem tudo para se tornar uma jogadora oficial. Estou apostando em você. — Obrigada. — Você entrou para o time por diversão ou tem algum objetivo maior? — Quero entrar para a seleção nacional. Esse era um dos sonhos de Scarlett. Por um breve instante, o olhar de Yago deixou escapar um traço de

Scarlett conseguiu se soltar com força e saiu correndo desesperada. Ela nem sabia para onde ia, mas, ao ver a porta do elevador abrir, entrou rapidamente. Scarlett se encostou na parede do elevador, respirando com dificuldade. Com as mãos trêmulas, pegou o celular, mas não conseguiu pensar em ninguém para ligar. Sem outra opção, decidiu ligar para a polícia enquanto continuava correndo. — Ela está ali! Não deixem ela escapar! Scarlett, já sem forças, foi encurralada no final do corredor. Ela se virou para encarar os dois seguranças que a perseguiam. — Eu já chamei a polícia. Eles vão chegar a qualquer momento. — Scarlett anunciou, tentando soar firme. — Nem Deus pode te salvar hoje. — Garotinha, você não devia estar aqui. É melhor vir conosco sem criar problemas. Scarlett viu os dois homens se aproximando. Ela estava quase desabando, encostada na parede para não cair. Foi então que uma porta ao lado dela se abriu. Sem pensar, Scarlett correu para dentro do camarote e, em

Mas, desta vez, a família Thompson mexeu com a pessoa errada. Isaac imediatamente ligou para Henry: — Descobri. Os seguranças são da Penélope. Eles tiveram um desentendimento com Scarlett e usaram aquele tipo de droga nela de propósito. — Entendido. Acabe com esses dois. Os seguranças sabiam quem ele era. Isso já era motivo suficiente para não deixá-los por perto. Henry desligou o celular e se virou para olhar a garota deitada na cama do hotel. Seu olhar estava sombrio, profundo como a noite. Scarlett segurava os lençóis com força, o rosto coberto de suor. Henry lançou um olhar frio ao médico que estava ao lado. — O que está acontecendo com ela? Você não vê que ela está sofrendo? — Sr. Henry, essa senhorita foi exposta a uma nova droga em spray usada no bar. Eu já apliquei o antídoto, mas não posso garantir que funcione completamente. O efeito do spray é muito rápido, e ela demorou muito tempo para receber o tratamento. Henry apertou os lábios, sua expressão era gél