Rosa…Já se passaram três semanas desde que meus amigos vieram nos visitar. Mamãe terminou o primeiro apartamento com a ajuda do meu pai, e Ashton ficou satisfeito ao ver o que ela fez no lugar. Ele imediatamente a contratou para cuidar do restante dos apartamentos. Inclusive ofereceu contratar pessoas qualificadas para ajudá-la, já que há muitos apartamentos a serem reformados. A maioria dos funcionários começa daqui a um mês.Brigitta e Adam também conseguiram um lugar. Quando Ashton enviou fotos do apartamento feito pela minha mãe, Adam e Brigitta decidiram contratá-la também. Eu disse que ela devia abrir um negócio, mas ela respondeu que, para isso, precisava de dinheiro — o que ela não tinha. Ashley sugeriu que as duas abrissem o negócio juntas. Mamãe vai ensinar a ela como fazer certas coisas, e Ashley será a responsável pelo financiamento.Ashton e eu estamos preparando o escritório para a chegada dos funcionários. O escritório dele fica no último andar, como sempre, e o meu fic

Rosa...Um mês e meio depois, finalmente chegou o nosso dia de julgamento. Ainda não consigo acreditar que tudo acabou.A jornada de Serenity e Armando havia chegado ao fim. Eles foram julgados ontem. Não precisávamos estar presentes. Nosso depoimento foi gravado e usado como prova no tribunal. Sim, fizemos uma gravação para o juiz, por sugestão da Barbara. Ela ligou para Ashton uma semana atrás e disse que estava a caminho da Itália para se encontrar conosco. Ela nos orientou a gravar nossos depoimentos sobre meu sequestro, os abusos e as ameaças que recebi de Serenity e Armando. Barbara nos disse que tínhamos um caso sólido contra eles.A polícia ainda não localizou Willow e Kylie; por esse motivo, não pudemos comparecer pessoalmente ao tribunal, já que não sabemos onde elas estão. Ashton temia que, se voltássemos para Nova York, Willow e Kylie planejassem algo contra nós.Os homens contratados por Serenity, junto com Willow e Kylie, fizeram um acordo judicial em troca de testemunhar

Rosa…Finalmente nos mudamos para a nossa casa. Ashton me ajudou com os móveis. Eu amei como a casa ficou no final. Estava feliz por finalmente ter um lugar para chamar de meu, depois desses dois meses que passamos aqui na Itália — ou teria sido mais tempo? O tempo passou voando, isso com certeza. Fizemos um open house uma semana depois da mudança. Mantive tudo pequeno e acolhedor.Celebramos o Natal em família há um mês. Todo mundo veio para nossa casa, e foi o melhor Natal de todos. Ashton e eu finalmente escolhemos a data do casamento. No final de junho, eu seria a Sra. Black. Mal podia esperar para me casar. Estava me encontrando com uma organizadora de casamentos e arrastei Ashton comigo em todas as reuniões. Disse a ele que não era apenas o meu casamento, mas o nosso casamento.Decidimos por um tema rústico. Ashton e eu concordamos em fazer a cerimônia na praia, que será realizada em nossa casa. Não queremos um casamento grande, apenas com a família e os amigos. Até fui escolher

Rosa…Minha cabeça estava pesada. Tudo à minha volta estava escuro. Onde estou? O que aconteceu?Fechei os olhos, pois a dor de cabeça estava insuportável. Tentei me lembrar do que tinha acontecido. Quis limpar o suor da testa, mas não consegui mover as mãos. Algo as mantinha presas com força.Abri os olhos novamente, mas ainda estava tudo escuro. Que inferno aconteceu? Eu estava no nosso quarto. Queria guardar as roupas.Então me lembrei. Ele me acertou na cabeça com alguma coisa, e tudo escureceu.O medo tomou conta do meu coração ao lembrar de quem eu vi parado atrás de mim.Ele não deveria estar preso?Por que ele estava aqui? Como me encontrou?Baixei a cabeça, tentando me soltar dessas amarras. Eu estava presa a uma cadeira, tinha certeza disso.Sabia que precisava sair dali antes que ele voltasse. Precisava pensar. Precisava soltar as mãos e os pés.— Não adianta tentar fugir, amor. — Ouvi a voz dele, e quando levantei o olhar, vi Armando parado na porta. Ele acendeu a luz e sor

Rosa...Aviso: este capítulo contém abuso! Não recomendado para pessoas sensíveis!— Quer saber? Enquanto eu te fodo, quero que seu noivo ouça. Quero que ele saiba a quem você pertence agora! — Armando sorriu de forma cruel e tirou o celular do bolso.— Armando, por favor. — Implorei. Meu corpo inteiro doía enquanto eu tentava me mexer, mas ele pressionou com ainda mais força.— Fica quieta! — Ele me deu outro tapa no rosto.Ouvi um telefone tocar e depois a voz dele:— Ashton, olá.Armando colocou o celular acima da minha cabeça e sorriu maliciosamente:— Vamos dar um show pra ele, que tal?Ele desabotoou o cinto, abaixou as calças e voltou a sentar no meu rosto.— Coloca na boca, amor! Chupa como você fez com aquele babaca! — Gritou Armando.Balancei a cabeça, desesperada.— Não, por favor!Isso o deixou furioso. Ele pressionou o dedo dentro do ferimento de faca e soltei um grito de dor que logo foi abafado quando ele enfiou o pênis na minha boca. Tentei morder, mas não consegui. Ele

Ashton…Tio Michael e seus homens cercaram o prédio abandonado onde aquele desgraçado manteve Rosa por quase oito horas. Saí do carro apesar dos pedidos do meu pai. Segui o tio Michael para dentro do prédio, de onde ouvi alguém gritar.Tio Michael fez um sinal para seus homens e, no minuto seguinte, arrombou a porta com um chute. Corremos para dentro e o que vi fez meu sangue gelar. Rosa estava deitada no chão, nua. Parecia que tentava se arrastar para longe do desgraçado, mas ele mantinha o pé sobre a cabeça dela e apontava uma arma para sua têmpora. Ele nos olhou, surpreso ao me ver ali.Ele logo se recompôs e deu um sorriso cínico:— Ah, chegou bem na hora de ver sua vagabunda morrer. — Ele riu.Eu quis avançar contra ele, mas o tio Michael me impediu:— Afaste-se dela, ou não vou hesitar em te matar. — Ordenou o tio Michael.— Quem é você? Polícia? Eu não volto pra cadeia. Vocês vão ter que me matar antes de eu voltar praquele inferno. — Disse Armando, olhando ao redor enquanto mai

Rosa…Tento abrir os olhos; exige muito esforço. Consigo ouvir o som de uma respiração perto da minha cabeça e sentir dedos se entrelaçando aos meus — dedos quentes. Ouço também o som de um bip constante. Tento abrir os olhos de novo; estou lutando. Fico frustrada. Por que meus olhos não se abrem? Tento mais uma vez e sou recebida pela visão de um teto branco acima de mim. Havia algo sobre meu rosto, dificultando minha visão ao redor. Viro a cabeça para a direita e então o vejo.Ele dormia em silêncio, com a cabeça apoiada sobre minha mão. Seus cabelos caíam sobre o rosto. A visão dele me deu a coragem que faltava.— Ash… — Tento falar, mas minha boca está seca e meu corpo dói um pouco quando tento me mover. Olho para baixo e vejo que estou vestida com um avental hospitalar e conectada a máquinas.— Ashton.Ele levanta a cabeça de repente e, quando seus olhos encontram os meus, ele solta um suspiro; seus olhos se arregalam.— Rosa. — Exclama Ashton. — Você acordou?O alívio lavou seu r

— O que está acontecendo? — Perguntei a ele, minha voz abafada devido à máscara de oxigênio.— Não tem nada de errado. Vamos conversar sobre tudo depois, Amore. — Ele sussurrou e me deu mais um beijo na testa.A enfermeira olhou entre nós e limpou a garganta.— Eu preciso dar a medicação para a dor. — Ela disse, parecendo com medo de olhar para Ashton.Eu assenti e senti a agulha quando ela me injetou. Segurei a mão de Ashton enquanto sentia a medicação fazendo efeito. Antes de fechar os olhos, dei-lhe um pequeno sorriso.Levou uma semana para o meu corpo começar a se mover novamente e para eu conseguir respirar sem a máscara. As máquinas conectadas ao meu corpo diminuíram dia após dia.Ashton ficou ao meu lado o tempo todo, enquanto meus pais e os dele vinham me visitar todos os dias. Todos estavam felizes em me ver acordada, mas eu podia perceber que algo estava sendo escondido de mim, especialmente quando perguntei para Ashley como estavam os bebês. Eles me olhavam com um olhar tris