Rosa...Ashley e sua mãe me arrastaram para dentro, esquecendo completamente de Ashton, mesmo depois de terem dito a ele que cuidariam de mim. Ashley me apresentou à sua mãe, Isabella, que era uma senhora adorável. Seus cabelos eram grisalhos, mas pareciam mais prateados do que cinzas. Ela ainda era uma mulher muito bonita.— Ashton, deixa eu te apresentar a namorada do Ashton. Essa é a Rosa, nossa linda futura neta. — Disse Isabella, piscando para o marido, e eu não consegui evitar o rubor que surgiu no meu rosto ao ouvir aquelas palavras.Ashley riu e me abraçou de lado.— Parece que meus pais já te consideram parte da família. — Sussurrou no meu ouvido, com um grande sorriso no rosto.— Ouvi muito falar de você, Rosa. Seja bem-vinda à família. — Disse o senhor mais velho, me recebendo com um abraço.— Obrigada por me receberem aqui, é um prazer conhecê-lo, senhor Marino. — Sorri, me afastando. A família do Ashton era muito gentil; eu realmente me sentia parte dela.— Ah, que bobagem

Rosa…Acordei com Ashton deitado ao meu lado, me abraçando apertado contra ele. Não consegui evitar — me virei devagar para não acordá-lo e fiquei observando ele dormir tranquilamente. Passei o dedo pelo osso da sua bochecha e beijei seu nariz. A barba que começava a crescer só o deixava ainda mais bonito.Ontem, ele me levou para passear pela cidade, mostrando todos os lugares onde ele e a irmã costumavam ir até entrarem na adolescência, quando ele começou a namorar. Fiquei com pena da irmã dele quando ele contou que ela não podia namorar.Ele saía em encontros, enquanto Bella e Brigitta ficavam do outro lado da rua, em algum restaurante, esperando caso Ashton mandasse mensagem dizendo que o encontro estava sendo um desastre ou que não tinha gostado da garota. Brigitta então invadia o lugar acusando Ashton de estar traindo alguém ou se aproximava dizendo que estava grávida dele. Quase morri de rir quando ele me contou tudo isso — tudo pra garantir que nenhuma garota voltasse a ligar p

Rosa…Depois do café da manhã, Ashton e eu ajudamos a lavar a louça.— O que vocês estão planejando para hoje? — Perguntou a mãe dele enquanto guardava o último copo no armário.Ashton olhou para mim e depois voltou o olhar para a mãe:— Acho que vou levar a Rosa ao orfanato e mostrar pra ela o que eu faço lá.Espera aí... ele disse orfanato? O que ele fazia lá? Sem querer ofender, mas eu não conseguia imaginar o Ashton nesse tipo de lugar, já que ele sempre leva uma vida tão ocupada.— Parece uma boa ideia.Ashton virou-se para mim:— Quer ir comigo?— Orfanato? — Perguntei, confusa.— Sim. Eu adoro ir ao orfanato e ajudar no que for preciso, tipo consertar os móveis, e os que não têm conserto eu substituo. Gosto de passar um tempo lá sempre que venho para Roma. Você sabe que eles têm um orçamento apertado e não conseguem comprar coisas novas para todas as crianças.— Eu adoraria conhecê-los. Claro que vou com você. Você tem um bom coração. — Digo, segurando a mão dele.— Obrigado. Vo

Ashton…Quando o tio Thomas me contou o que encontraram no apartamento da Rosa, senti meu sangue gelar. Alguém estava monitorando cada movimento dela, sabia de tudo o que ela fazia enquanto morava ali. O tio Thomas vai me manter atualizado sobre a investigação. Eles precisam rastrear o comprador, e isso vai levar um tempo.Peguei meu celular e liguei para meu pai.— Pai, tenho mantimentos que precisam ser levados ao orfanato, mas surgiu um imprevisto. Preciso falar com você, isso pode afetar todos nós.Eu sabia que, quem quer que tivesse grampeado o apartamento dela, logo descobriria onde estávamos, principalmente se também tivessem grampeado o meu.— Filho, está tudo bem? Você parece nervoso.Ele me conhecia bem.— Eu explico quando chegarmos em casa. Acha que o tio Sam pode levar os mantimentos ao orfanato?Eu não queria correr riscos. Precisávamos lidar com essa situação o mais rápido possível. Queria estar dois passos à frente das pessoas que tentavam machucar a Rosa.— Tenho certe

Ashton…Eu estava exausto quando finalmente fui para a cama. Depois da nossa conversa com meu pai à tarde, mandei Rosa descansar. Ela precisava, dava pra ver que estava prestes a desmaiar a qualquer momento. Assim que ela foi dormir, eu desci para o escritório do meu avô junto com meu pai e o nonno. Liguei para o Tio Thomas para pensarmos juntos em todas as pessoas que poderiam estar por trás do que aconteceu com a Rosa.Flashback...— Eu não acho que tenha sido a Serenity; deve ter sido outra pessoa atrás da Rosa. — Disse o Nonno pela primeira vez. Olhei para ele como se tivesse perdido a razão. Ele sabia o que a Serenity era. Como diabos ele podia defendê-la agora?Ele deve ter percebido meu olhar quando balançou a cabeça.— Filho, escuta o que eu vou te dizer. Eu sei que não pode ter sido ela porque ela não tem capacidade pra planejar isso. Também não acho que ela esteja por trás dos abusos contra a Rosa. Tem outra pessoa querendo machucar ela. Eu sei que você não vai querer ouvir,

Ashton…Eu ficava cada vez mais nervoso conforme se aproximava das seis. Meus pais me avisaram à tarde que os pais da Rosa tinham concordado em vir com eles. Eu estava um caco de nervos, enquanto Rosa estava radiante. Ela sentia saudades dos pais e mal podia esperar para vê-los novamente. Não a culpo; já fazia quase um ano desde a última vez que os viu.Ela havia pedido à minha Nonna se poderia preparar o jantar e estava ocupada na cozinha, cozinhando como se não houvesse amanhã. Dançava e cantava. Se eu soubesse que ela ficaria tão feliz assim, teria trazido os pais dela no mesmo instante em que decidi vir para Roma.Eu andava de um lado para o outro, me perguntando o que os pais dela pensariam de mim quando me vissem. Quero dizer, eu sou o motivo de toda essa confusão. Não os culparia se me odiassem.Não sei quanto tempo fiquei andando de um lado pro outro, mas a próxima coisa que percebi foi Rosa gritando de empolgação:— Meus pais chegaram!Meus olhos se arregalaram ao registrar o

Ashton...Na manhã seguinte...Mattia e eu fomos sentar no jardim. Ele queria me conhecer um pouco melhor, já que os outros ainda estavam dormindo. Decidi deixar Rosa descansar, já que fomos dormir tarde ontem. Quando entrei na cozinha, Mattia já estava lá, preparando um café. Ele me ofereceu uma xícara e perguntou se podíamos conversar enquanto o resto da casa ainda dormia.— Vejo que você também é um madrugador? — Perguntou Mattia, acendendo um cigarro.Assenti com a cabeça.— Sim, não consigo dormir até tarde, a não ser quando a Rosa me obriga nos fins de semana. — Falei com uma risada leve.— Isso é a cara da Rosa. Ela sempre se preocupa com o sono, igualzinha à mãe dela. Ela nos contou bastante sobre você, o que nunca aconteceu enquanto ainda namorava o Armando.Fiquei sem saber o que dizer. Não fazia ideia de que Rosa tinha falado de mim para os pais.— Não fique surpreso. Desde o dia em que começou a trabalhar na sua empresa, ela ligava para a irmã ou para a mãe. Dava para ouvir

Thomas…Eu estava lendo o dossiê que meus homens haviam me trazido e fiquei chocado ao encarar as provas nas minhas mãos. Eu não podia acreditar no que estava lendo. Ou talvez eu só estivesse chocado demais para aceitar que eles fossem capazes de fazer algo assim. Minha mente logo foi até Adrian e seu filho.A mesma pergunta surgiu na minha cabeça enquanto eu relia o dossiê que o agente infiltrado me entregou: Qual será a reação deles?Raiva? Fúria cega? Vingança?Como Rosa e Ashley reagiriam? Será que Rosa entenderia? Ela deixaria Ashton por causa disso?— Você tem cem por cento de certeza disso? — Perguntei, encarando os dois agentes infiltrados que contratamos para investigar Serenity e Armando.— Sim, senhor. Encontramos as provas no laptop do Armando, e ouvimos a conversa de Serenity e Armando com aquela pessoa. O pai dela confirmou tudo quando nos pegou no escritório outro dia. — Confirmou um deles.Fico pensando há quanto tempo o Sr. Clark sabia dos planos doentios da filha. Ser

Rosa...Já se passaram quatro dias desde que meus pais chegaram, e as coisas não poderiam estar melhores. Meus pais e irmãos adoraram o Ashton e a família dele. Meu pai ficou furioso quando soube do Armando e do que ele e a Serenity fizeram. Por sorte, o Ashton o tranquilizou, dizendo que estava cuidando do caso com a ajuda de um velho amigo da família que é policial.Ashton e meu pai parecem bem próximos; é algo que eu vinha pedindo a Deus, já que meu pai sempre foi difícil de lidar. Acho que o Ashton tem esse efeito nas pessoas. A irmã dele, Bella, e eu estamos nos conhecendo melhor e eu a adorei. Ela é pé no chão e me contou o que queria fazer. Fiquei chocada no começo ao saber que o tio dela fazia parte da máfia, mas ela me garantiu que eu estava segura. Conversei com o Ashton sobre isso e sobre minhas preocupações com o estilo de vida que a irmã dele queria seguir, e ele me disse que ela sabia se cuidar, já que sempre teve esse tipo de perfil. Ainda não sei exatamente como me sint

Ashton...Fizemos as compras em silêncio. Eu ainda não conseguia aceitar o fato de que aqueles dois estavam envolvidos em tudo o que estava acontecendo. A única coisa que me impede de matar todos eles é a Rosa. Quero pedi-la em casamento, mas não sei se esse é o momento certo. Por outro lado, é a única coisa que me mantém são, evitando que eu enlouqueça. Quero torná-la minha esposa. Quero ela ao meu lado pelo resto da minha vida.Paramos em frente à casa e, ao descer do carro, meu pai estava na porta com a Hazel na frente dele. Ela me lançou um olhar fulminante.— Parece que você arrumou uma inimiga. — Meu pai riu quando Hazel veio correndo até mim com as mãos na cintura.— Você foi sem mim. — Ela resmungou, olhando para as sacolas que Rosa e eu tiramos do carro.— Me desculpa, meu anjo, mas eu queria passar um tempo com a Rosa. — Pedi pro pai distrair ela enquanto a gente dava uma escapada. Queria um momento a sós com a minha garota, mas não saiu como eu planejei.— Você trouxe alguma