cOs dias se arrastam lentamente, desde que acordei se passaram três semanas, ainda estou no hospital, pois depois da notícia de que meu marido não foi encontrado, sinto-me a beira do precipício preste a pular, meus filhos já estão de alta, mas eu... não tenho vontade de nada, vivo para chorar, não tenho fome, apenas sono, minha é vontade de dormir e não acordar mais.- Menina? - Maria chama-me, ela sabe que estou acordada - oh, minha menina você precisa comer alguma coisa, vamos - pede carinhosamente - você precisa mostrar melhora ou não quer sair daqui e voltar pra casa - inquiri.Devagar viro-me para ela.- Está vendo aquelas crianças ali? - aponto para os berços ao meu lado - elas só tem à você - diz em tom determinado - se você desistir agora, o que será delas? - franzo o cenho só de pensar nos meus filhos longe de mim, Maria está certa, não posso desistir facilmente, seu sorriso se alarga quando levanto-me - quer tomar um banho antes de comer? - pergunta ansiosa.- Sim Maria - dig

TRÊS SEMANAS APÓS O ANÚNCIO...Frustrada jogo um vaso contra a parede.- Já fazem três semanas, TRÊS semenas - rosno para Xavier que nem se abala com minha fúria - impossível essa mulher tão ter deixado uma pista sequer em Dubai - praticamente grito, Xavier respira fundo antes de responder.- Já prevíamos que seria assim, Louise não é burra a ponto de dar as caras fácil assim - diz pensativo - já era previsto.- Então? - digo cruzando os braços - temos que sentar e esperar? - rosno - enquanto isso, meu marido está nas mãos daquela maluca, não sabemos o que aconteceu, se ele está ferido - meus olhos enchem de lágrima, nunca me sentir tão inútil como agora - do que adianta ter tanto dinheiro se nada posso fazer - lamento.- Calma Valentina, precisamos ser pacientes, a isca foi lançada, os investigadores estão em Dubai, logo teremos notícias, você vai ver - Xavier diz confiante, já eu? não me sinto tão confiante assim.O jeito é esperar.Passam dias, semanas, meses e nada de notícia de J

Fiz meu nome no Oriente médio, em menos de dois anos, sai de um zé ninguém para um dos homens mais influentes em Dubai, ainda não me lembro de nada do meu passado, mas do que isso importa? se não minha memória não voltou, significa que não há nada a lembrar.- Noahhh - Louise, agora minha esposa chama-me.- Fala - digo irritado, ultimamente Louise está insuportável.- Por que temos que ir a esse evento, me diz? - indaga com raiva.Não sei qual é problema dessa mulher, desde que voltamos a Nova York ela está estranha, mudou até o visual, seus cabelos antes encaracolados e compridos deram espaço para um liso e corte chanel, logo ela que sempre se orgulhou dos cabelos.- Por que sim - digo friamente.- Não queria ter voltado - diz emburrada.- Existem voos, é só comprar uma passagem - digo e ela revira os olhos.Nunca tivemos uma boa relação, desde que acordei no hospital sem memória, apesar de Louise se esforçar ao máximo, não sinto nada por ela, e fato dela ter me enganado para casar p

Não consigo esquecer o olhar daquela mulher, não sei bem distinguir o que vi, espanto, surpresa, choque, foi um misto de emoções todos ao mesmo tempo. Valentina Collins! onde já ouvir esse nome? onde já vi aquele olhar? pergunto-me.Ouço alguém se aproximar e nem preciso virar-me para saber quem é.- Noah - Louise fala ao se aproximar - precisamos conversar.Ela tenta se sentar em meu colo, porém ao se deparar com meu olhar frio, sentar-se à minha frente.- Diga, sobre o que quer conversar Louise - digo ao que ela apenas me olha.- Você não pode aceitar esse trabalho - ergo uma sobrancelha.- E por que? - a instigo a falar.- Há empresas melhores no mercado - diz olhando para as unhas - se você insistir em trabalhar lá vou voltar para Dubai - diz convencida de que isso me abala, sorrio e tomo um gole do uísque.- Então já pode fazer as malas, começo na segunda - digo ao me levantar.Há um misto de surpresa em seu olhar que logo se transforma em fúria.- Então é isso Noah? não signific

Fecho os olhos e a primeira coisa que vejo é aquele olhar.- No que está pensando? - ouço a voz melosa de Louise bem próxima ao meu ouvido.Levanto-me do sofá sem responder.- Vai me ignorar até quando? - a raiva em sua voz é claramente evidente.- Você não iria voltar para Dubai? - pergunto irônico.- Acha mesmo que vou lhe dar esse gostinho querido marido - o veneno chega a escorrer de seus lábios.- Nada que venha de você me surpreende - digo e cruzo os braços.Louise estreita os olhos, e estufa o peito.- Olha que você ainda pode se surpreender - diz e sai.Entendi isso como uma ameaça velada, não é de hoje que percebo algo sombrio em Louise, em seu comportamento, a forma como tenta manipular tudo ao seu redor, preciso ter cuidado com ela. O restante do fim de semana não a vi mais, pelo o que soube ela não estava em casa.Segunda chega depressa, por algum motivo me sinto ansioso, sei que esse é apenas mais um trabalho, no entanto por algum motivo desconhecido sinto que pertenço a