Andriel percebeu que Taylor havia saído, mas precisava resolver aquele assunto primeiro, então poderia conversar melhor com seu companheiro. Ele voltou sua atenção a grávida, querendo que ela continuasse o relato.— Então eu violentei você? Isso que está dizendo? — indagou Andriel, ainda desacreditado.— Não posso dizer que você foi muito gentil, mas a culpa foi minha e eu quis isso. — Gemeu em seguida — Nunca te culpei pelo que aconteceu, mas sua mãe acreditava que eu pudesse usar isso contra você.— Espera, minha mãe sabia o que aconteceu entre nós? — Sua voz demonstrava toda surpresa que sentia naquele momento.— Você perdeu a consciência depois do que aconteceu e ela nos encontrou no meu quarto e deduziu tudo que havia acontecido — afirmou respirando rapidamente, demonstrando claramente a dor que estava sentindo.— Por que não ficamos sabendo de nada disso? — Brian perguntou, já em sua forma humana.— Nem você, nem o Hugo estavam em casa. Ela mandou que eu me vestisse e chamou alg

Andriel foi ao encontro de seus homens, mas seu coração ainda estava apertado. Hugo também estava presente, com uma expressão estranha no rosto, o que deixou Andriel intrigado.— Qual é a situação? — perguntou Andriel, ansioso para esclarecer os acontecimentos.— Senhor, seguimos Ian como ordenado — começou um dos Lycans. — Ele foi morto na estrada, atropelado por um carro e um caminhão.Andriel suspirou ao ouvir o relato. Mesmo que não tenha sido pelas suas próprias mãos, sentiu-se satisfeito ao saber da morte de Ian.— O carro que o atropelou saiu da estrada, pegou fogo e explodiu. Antes da explosão, o carro me pareceu familiar — relatou o Lycan, com uma certa apreensão na voz.— Familiar? Como assim? — indagou Andriel, a confusão clara em seu tom.— Parece um dos nossos carros, senhor.A expressão de Andriel refletia a preocupação e a confusão que dominavam sua mente naquele momento. De repente, o telefone de Hugo tocou, interrompendo os pensamentos de Andriel. Pela expressão no ro

Taylor hesitou por um momento, respirou fundo e finalmente respondeu à pergunta de Philip.— Sim, pensei nisso no começo. Mas depois de saber o que poderia acontecer com ele, acabei mudando de ideia. A verdade é que ambos estávamos com medo de nos render ao vínculo.— Vocês se renderam ao vínculo? — perguntou Philip, sua curiosidade evidente.— Sim, e não foi tão ruim quanto eu imaginava. Nem estranho.— Então, qual foi o verdadeiro motivo para ter considerado rejeitá-lo? — indagou Philip, querendo entender melhor a situação.— Primeiro, pensei que não conseguiria ter um relacionamento com um homem. Mas, depois, foi por causa da mãe dele, do conselho, e de toda a história de legado que ele carrega nas costas. Philip, desde que cheguei naquele lugar, fui menosprezado, humilhado, e tentaram me matar. Foi bem diferente de como sou tratado aqui. Agora, descobri que há uma mulher dando à luz ao filho do Andriel, que provavelmente já nasceu, e não tenho ideia de como as coisas serão daqui e

Andriel notou a hesitação de Taylor em responder e decidiu argumentar, esperando dissipar qualquer dúvida que ainda pudesse estar pairando sobre ele.— Taylor, por um tempo eu também questionei os caminhos da deusa, duvidei de como ela faz as coisas — começou Andriel, sua voz suave, mas firme. — Mas, após muita reflexão, eu entendi que tudo acontece como deve acontecer. Nunca escondi de você o desejo de ser pai, e ambos sabemos que não poderíamos conceber por meios naturais. Ainda assim, a deusa me presenteou com um filho, um filho para ser cuidado por nós dois. Eu queria viver essa experiência ao seu lado, e agora temos essa chance.— Então você acredita que esse era o destino que a deusa traçou para ela? — Taylor ainda parecia lutar para aceitar as palavras de Andriel, sua voz carregada de incerteza. — Gerar seu filho e depois morrer, nos dando a oportunidade de cuidar dele, juntos?— Ninguém cruza nosso caminho sem um motivo, Taylor. — Andriel disse, com a voz firme, mas cheia de s

Os dois entraram no escritório de Philip. Andriel optou por se sentar na beira da mesa, cruzando os braços enquanto encarava o Lycan à sua frente, que parecia nervoso, como se temesse a reação do rei.— Senhor, naquele momento o senhor não me permitiu explicar o que aconteceu, então espero que agora, mais calmo, me deixe falar — disse Lawrence, hesitante.A expressão de Andriel permaneceu inalterada. Ele apenas fez um gesto com a mão, sinalizando para que Lawrence continuasse. Embora Taylor já tivesse explicado a situação, Andriel queria ouvir diretamente de Lawrence.— Creio que a maioria de nós já sabe que Taylor é seu companheiro, e agora entendo o motivo do ciúme e da possessividade que sente por ele. Mas quero assegurar que esse não é o tipo de relação que tenho com ele — começou Lawrence, tentando encontrar as palavras certas.— Não? E qual seria a relação entre vocês? — perguntou Andriel, em um tom neutro, como se não soubesse de nada.— Apenas amizade. Contei a ele sobre a com