DANI NARRANDO ~ Já tinha alguns dias que eu estava sentindo o meu corpo um pouco estranho, era um mal estar, um inchaço um pouco fora do normal, fora que alguns cheiros já me incomodavam. Eu já tinha idéia que a gente corria esse risco, porque quem tá na chuva é pra se molhar. E por mais que eu tomasse o remédio, ele poderia falhar, nenhuma método contraceptico é 100% eficaz. Quando eu paro para pensar nisso, até consigo concluir que tudo bem, e que o meu sonho sempre foi ser mãe e o Luciano é o pai perfeito. Isso é muito mais do que nítido, dá pra observar todo o cuidado que ele tem com a Melissa, e ela também, sem dúvida alguma, seria uma ótima irmã. O único problema é que eu tenho medo da reação dele, a partir do momento que descobrir eu tenho medo disso. Realmente tenho medo do que ele poderia pensar, de como ele iria reagir. Ele poderia até chegar a pensar que eu tivesse feito de propósito ou algo assim, mas eu espero que de coração, ele consiga enxergar que nós dois j

ENRICO NARRANDO O dia amanheceu e eu acordei primeiro que ela, me levantei, escovei os dentes e lavei o rosto com a água gelada da torneira da pia. Sabia que não ia ter café da manhã pronto porque eu tinha dispensado todo mundo, a opção seria, sair para buscar alguma coisa ou chamar ela para que a gente fosse comer em algum lugar. Eram por volta das 10h da manhã e eu decidi que iria fazer a primeira opção, que era buscar alguma coisa pra gente comer, eu acho que assim demonstra um pouco mais de carinho, de atenção e todo o cuidado que sem dúvida alguma, ela merece. Saí do banheiro e com cuidado fui abrindo a porta, até que fui interrompido por uma voz suave, rouca e cheia de preguiça que dizia: - ISADORA: Bom dia, posso saber onde está indo sem antes me dar um beijinho de bom dia? - Ela me perguntou toda manhosa. - ENRICO: Bom dia, amor! Eu estava tentando levantar de fininho para não te acordar. Está se sentimento melhor? Fui dormir bem preocupado contigo, fiquei acor

ENRICO NARRANDO - ENRICO : Você já imaginou como seria se a gente morasse juntos? Essa casa é imensa só pra mim, tem cômodos que eu nem vou todos os dias, e tem academia também. Dá pra ficar aqui por vários dias sem nem precisar sair de casa. - Eu disse e fiquei só observando ela me encarar. - ISADORA: Você tá meio doido né? A gente mal se conhece. - Ela disse e deu risada. - ENRICO: É sério Isa, a Grace ia te amar, tenho certeza. - Eu disse pra ela enquanto fazia carinho no rosto dela. - ISADORA: E quem é essa Grace? Você nunca me falou dela. - Ela me questionou enquanto sorria. - ENRICO: Ah é, verdade! Nunca falei dela pra ti. Grace é a minha cozinheira, uma das funcionárias que tem aqui em casa, ela faz comidas deliciosas, mas eu só como no final de semana, porque durante a semana eu tento seguir a dieta certinho. - Expliquei para ela. - ISADORA: Ah, sim. Entendi. Mas enfim, voltando ao papo de morar juntos, eu acho que ainda é cedo pra gente decidir algo assim.

ISADORA NARRANDO ~ - ENRICO: Eu vou cuidar de você, todos os dias, daqui pra frente. Você querendo ou não. E eu quero apostar contigo, que você vai se casar comigo. - Ele disse e me deu uma risada diferente, não era de alguém safado, ele realmente estava falando sério. - ISADORA: Eu nunca digo nunca, para nada na minha vida. Se está dizendo, quem sabe. Vamos deixar as coisas acontecerem, e quem sabe isso se torne possível. Depois do que eu disse ele ficou me olhando por um tempo, nós já estávamos prontos e finalmente saímos para tomar um café da manhã na hora do almoço praticamente. Peguei as minhas coisas que tinha comprado no shopping e coloquei no outro carro, porque sim, na garagem dele tinham vários, e segundo ele cada dia da semana usa um diferente. Ao mesmo tempo que eu acho isso muito louco, um cara milionário querendo que eu more junto com ele e que já me disse que vai casar comigo e cuidar de mim a qualquer custo. Eu achego a duvidar de que eu realmente mereço

ISADORA NARRANDO Tomei um banho, deitei e capotei, antes mesmo de jantar. Era uma mistura de cansaço com o fato de que eu ainda estava um pouco triste por conta das lembranças que eu estava tendo da minha mãe. Eu cheguei até a dormir com uma blusa dela, que ela tinha usado pela última vez e eu nem tinha lavado ainda, estava com o cheirinho dela, mesmo depois de donte, ela ainda tinha o cheirinho que era só dela. Essa dor é uma dor que eu sei que nunca vai passar, o que acontece mesmo é que conforme passa o tempo, a única coisa que acontece é que a gente aprende a lidar. Peguei no sono, um sono pesado, mas de coração apertado, eu não conseguia saber exatamente o que ia acontecer, mas os meus sentidos não costumam falhar. Eu realmente estava com muito medo. Era por volta de umas 2h da madrugada, a chuva estava cada vez mais forte, misturando com vento e tudo mais. Eu achei que tinha escutado algum barulho, pensei que poderia ser a chuva, e voltei a dormir. Só que depois de