CAPÍTULO 112 Valéria Muniz Fiquei com o coração apertado ao sentir a Joaninha com febre, simplesmente não consegui sair de perto dela, e até os meninos vieram conhecê-la. Abel cumprimentou e saiu atrás do Théo, já o Adan, ficou o tempo todo ali, sem dizer nada, não sei o que ele está pensando. O médico relatou que foi apenas uma febre, medicou, e depois chamou o dono do orfanato lá fora, e Théo foi junto. — Você vai ficar boa, querida... — falei enquanto acariciava seu cabelo. — Você também! — estranhei a frase dela, iria perguntar, mas então percebi que todos entraram. — Amor, vamos pra casa? — Théo falou e eu fiquei em dúvida se falava comigo ou se convidava a Joaninha, porquê a única vez que me chamou assim, foi quando Ezequiel estava perto. — A Joaninha precisa descansar, vão cuidar bem, dela aqui. Podemos voltar um dia da semana para vê-la. — senti que a criança segurou mais forte na minha mão, e também entendo que realmente era comigo.

CAPÍTULO 114 Valéria Muniz Hoje o dia foi maravilhoso. Fiquei o tempo todo lembrando das coisas que ouvi do Théo, e as tantas vezes que ele disse que me ama. Não consegui ouvir o barulho do carro, esse é bem silencioso, e só descobri que Théo chegou, porque Edineia comentou: — Seu marido chegou, os meninos correram para o portão! — Ele está demorando pra entrar, né? — Parecia no celular, mas já está vindo. — ouvi seus passos, senti seu cheiro. — Oi, amor! Oi Edineia! — me deu um beijo enquanto ela respondia. — Oi! — Você já pode ir, bom descanso! — falou pra ela. — Tá bom! — Edineia se despediu, mas percebi que a voz dele estava diferente do habitual. — O que foi, Théo? — Val, você tem algum compromisso? — Agora? — franzi o cenho. — Sim. — Não tenho, porquê? — Rogério me ligou... — O que aconteceu com a Joaninha? — perguntei apavorada, pela sua voz e comportamento, eu já sabia que coisa boa não era. —

CAPÍTULO 116 Theodoro Almeida / Vinícius Cardoso Me aproximei da Valéria novamente e os meninos estavam lá em pé sem sair de perto dela, enquanto a pequena Joaninha dormia. Fiquei horrorizado quando Valéria me contou todas as coisas que Joaninha havia dito a ela, e acabei decidindo passar a noite lá com os meninos e ela, já que o Rogério foi diretamente para a delegacia com todas as provas para incriminar a Carla. Quando o Rogério chegou pela manhã, ele contou que realmente havia algo por trás de tudo isso, pois o histórico da Carla estava apagado, até mesmo nos computadores auxiliares da delegacia, e só apareceu no arquivo oficial de acesso do Delegado. Ele avisou que ela ficou presa por vários delitos, e o coronel já estaria sendo avisado sobre a conduta de Tenente Soares, provavelmente ele será preso dentro do quartel imediatamente. Levei a minha família para a casa, Joaninha já estava sem febre, então acalmei a Val, e os deixei seguros. A caminho do quartel, liguei par

CAPÍTULO 118 Theodoro Almeida / Vinícius Cardoso Mais tarde, estava no jardim da nova casa, quando Edineia ligou. Dei folga a ela hoje, já que Vicente contratou uma equipe grande e eu também estava em casa. — Theodoro, a cirurgia da Val é mesmo amanhã? Acabei esquecendo que a minha mãe tem exames, mas é bem cedinho. — ela perguntou. — Sim, Edineia! Pode ficar tranquila, que está tudo certo, a cirurgia da Val será mesmo amanhã, aqui no hospital do Centro, ela já autorizou o médico especialista. — Ah, que bom! Se quiser posso ir posar aí para ficar com os meninos e o meu marido leva a minha mãe. — insistiu. — Não precisa, eles adoram passear, principalmente de carro novo, então você pode buscá-los no hospital quando chegar do laboratório com a sua mãe. Está marcado para as dez horas, mas iremos um pouco mais cedo. — Ah, se Deus quiser vai dar tudo certo! — Vai sim, Edineia! — respondi e ouvi um barulho perto do portão, mas não vi ninguém. Terminei de falar com Edine

CAPÍTULO 120 Valéria Muniz Acordei apenas ouvindo o barulho dos aparelhos do quarto, e um dos olhos tapado. Senti aquela mão grande que conheço bem, sobre a minha, e agora era a mão dele que me esquentava. — Está acordado? Não foi pra casa descansar, meu tenente? — Claro que não, minha menina! Eu jamais te deixaria aqui. Como se sente? — Bem! E ansiosa para saber se tivemos algum resultado. Ezequiel disse algo? — Ele disse que foi um sucesso, e já deixou pré agendado para o próximo mês a cirurgia do outro olho. Embora eu ainda me lembro que precisa continuar indo na terapeuta, porque pode ter algo emocional. — Tudo bem, sem pressa, não é? — Sem pressa. Theodoro me contou muitas coisas, inclusive que Raquel apareceu e Ezequiel a levou de volta. Comecei o tratamento com antibiótico e analgésicos, mas só poderia tirar a faixa e abrir os olhos, em duas semanas. Quando recebi alta, a minha sogra insistiu para que o Théo e eu ficássemo