Aquele momento, naquele momento fui pega totalmente de surpresa, ele havia me beijado, ou melhor, ele estava me beijando, demorei alguns segundos para entender, mas ele realmente estava, senti seu braço se enrolar em minha cintura, e sua mão acariciar o comprimento dos meus cabelos, seu perfume naquele dia estava, mas forte, pude sentir seus músculos de uma forma que nunca havia realmente nem mesmo imaginado, mesmo que já tivesse estado em seus braços várias vezes, mas ali era diferente, deslizei minha mão direita e a pousei em seu peito e a minha mão esquerda caminhou até sua nuca, fechei meus olhos sentindo todo aquele momento mágico, era uma sensação melhor do que quando havia feito em meu momento de fuga daquele mundo ilusório, o sabor dos seus lábios era como beber chá de hortelã, era tão fresco, como brisa de verão, como o vento que sopra gelado em um dia particularmente quente, era incrivelmente, talvez não ouvisse palavras para descrever aquele momento, principalmente porque n

Foi difícil para Ethan me deixar em casa sozinha, na verdade, eu também não queria ficar, mas não tinha escolha, não podia atrapalhar mais o homem, não seria justo mesmo que ele insistisse que não era verdade, ainda parecia errado, quando o mesmo saiu levando Akira não esperei muito e inconscientemente coloquei uma das banquetas encostada na porta já que elas tinham encosto poderia ficar bem firme ali, fechei todas as minhas cortinas pelo menos as janelas que tenham as mesmas, poderia ser paranoia minha? Sim, com certeza, mas estava fazendo aquilo apenas para me preparar para algo que não aconteceria, afinal Ethan estava em casa e ele poderia me defender.Caminhei para o corredor e fiz o mesmo com a porta do meu estúdio a tranquei bem firme já que não queria nenhum risco desnecessário, pelo menos até me sentir segura de novo, por fim caminhei para o meu quarto assim que entrei fechei a porta andei até o, guarda-roupas e peguei um conjunto de pijamas, tinha quase certeza que estava che

Abri a porta do ateliê e entrei, o lugar continuava o mesmo, mas claro como mudaria algo que havia passado apenas um dia que não estive presente, olhei em volta procurando por alguém, mas a entrada estava realmente vazia, provavelmente estariam dentro do estúdio, respirei profundamente me sentindo aliviada por aquilo, talvez não conseguiria lidar com a pressão de tantas perguntas no primeiro momento que cheguei ali, era estranho, na verdade, parecia que estava com algum tipo de dívida com alguém, quando estava em direção ao estúdio levei um susto quando Draven apareceu na porta.– Oh, você veio hoje! Tentei ligar para você várias vezes, porém parece que seu celular estava desligado. – Draven começou a falar sem parar me deixando um pouco desnorteada, dei alguns passos para trás quando o mesmo começou a avançar.– Ah, certo, meu celular estava desligado, não estava muito bem para conversar. – Expliquei enquanto sorria envergonhada.– Entendo, eu realmente compreendo, mas estava tão pre

Ainda não podia acreditar no que havia acabado de acontecer, só de lembrar um sorriso bobo já se formava em meus lábios, era inconsciente, não podia conter aquele sorriso de aparecer e nem mesmo queria que isso acontecesse, era surreal demais acreditar, quando a vi entrar em seu quarto pensei que deveria estar perto caso a mesma precisasse e quando ouvi seu choro baixo logo entrei no quarto com medo do que pudesse acontecer, ela estava em pé chorando enquanto olhava para frente completamente imoveu, parei em sua frente, mas a mesma não tinha nenhuma reação, era como se revivesse aquelas cenas repetidas e não conseguisse sair da mesma, seu olhar era como de alguém preso injustamente, pensei em tocá-la queria muito fazê-la acordar daquele pesadelo, mas quando Ayanne abriu um sorriso, não soube, mas o que fazer, não estava entendendo o que estava acontecendo com a mesma, ela chorava muito, mas ainda, assim, sorria docemente.“– Ethan?… – Ela tinha um sorriso tão largo que passou pela min

Enquanto me mantinha concentrada em meu trabalho não senti o tempo passar e nem mesmo havia prestado atenção nisso, cada pincelada que dava na tela era um sentimento que entrava junto, tudo se fundia ali entre tintas e pincéis, a sensação era boa, realmente me fazia sentir que estava me libertando de toda a dor que havia passado todo o sofrimento estava ali e eu não precisava, mas guardar aquela dor apenas para mim, eu podia mostrar podia finalmente mostrar o que sentia sem ter olhares de pena sob mim, ao contrário eles não saberiam que havia pintado aquilo com a minha alma, que ao invés de tinta havia usado lágrimas e sangue, podia esvaziar minha alma sem me preocupar com nada, era realmente reconfortante aquilo, e gostaria que Ethan tivesse essa mesma sensação.E falando nele, estava sentindo tanta sua falta, queria muito saber como ele estava, falar com ele, ouvir sua voz, talvez estivesse desesperada de, mas com aquele novo sentimento, não sabia se era normal ficar daquele jeito,