Abelardo dormiu no chão até altas horas da noite, certificando-se de que sua esposa estava dormindo profundamente na cama. Então, ele se moveu silenciosamente e subiu na cama.Ursula se virou, sendo abraçada por ele, mas ainda meio adormecida. Abelardo pegou uma pequena caixa de veludo de lado, a abriu e retirou um anel de diamante. Com cuidado, ele pegou a mão dela e colocou o anel em seu dedo anelar.Ele inclinou-se e beijou sua testa suavemente, depois a cobriu com o cobertor.Na manhã seguinte, Ursula acordou e Abelardo ainda estava lá.Esfregando os olhos, ela olhou para o homem que a encarava intensamente e perguntou:- Por que você ainda não foi trabalhar? Que horas são?- Hoje eu quero tomar o café da manhã com você.Ursula concordou com a cabeça:- Bem, então, vamos nos levantar antes que seu pai comece a dizer que sou preguiçosa por ficar na cama.Ela se preparou para se levantar, mas Abelardo a puxou de volta:- Durma mais um pouco. Hoje não estamos com pressa.- Tudo bem.Q

Nos últimos dois meses, com a companhia de Lucas e Amanda, o estado emocional de Rita permaneceu muito estável. Ela não teve mais episódios de falsas dores como antes. Além disso, Lucas apoiou muito o seu passatempo. Durante esse período, Rita produziu muitos esboços de design, embora todos fossem apenas rascunhos iniciais.À noite, quando Lucas saiu do banho, ele a encontrou sentada na cama folheando esses rascunhos.- Lucas, venha me ajudar a dar uma olhada nesses esboços de design.Lucas foi até lá e, naturalmente, pegou seus tornozelos um pouco inchados devido à gravidez, colocando-os sobre suas coxas, enquanto examinava os esboços.Lucas perguntou curiosamente:- Por que todos eles são projetos de vestidos de noiva?Rita riu e disse:- Eles são bonitos, certo? Embora eu tenha estudado arte por muitos anos, minha especialização na universidade foi paisagismo e áreas afins. No entanto, meu verdadeiro interesse sempre foi o design de roupas, especialmente vestidos de noiva. Talvez se

Quando Fernanda foi mencionada pela Amanda, seu rosto corou ligeiramente. Antes que ela pudesse responder, Jerónimo sorriu levemente e com confiança respondeu:- Não é namorada, é noiva.- A noiva é o quê? - Amanda perguntou, curiosa, com os lábios franzidos.Jerónimo explicou de forma concisa:- É alguém com quem você vai se casar e ter bebês no futuro, assim como seus pais.Assim que ele disse isso, todos na sala olharam com olhares sugestivos para o rosto de Fernanda.Amanda levou a sério e concordou, balançando a cabeça:- Tio, eu entendi. Então, eu deveria chamar essa moça bonita de tia?Rita riu alto e comentou:- Amanda, você chama ela de “moça bonita” uma hora e depois de “tia” na outra. Qual é a decisão final?Essa garotinha tinha confundido completamente os títulos, mas crianças não entendiam muito sobre isso mesmo.Amanda olhou para Fernanda, piscou os olhos grandes duas vezes e, com seriedade, a chamou de “tia”.Fernanda estava ouvindo alguém chamá-la de "tia" pela primeira

Jerônimo dirigiu como um louco para levar Rita ao hospital. Eugênia e Fernanda seguraravam as mãos de Rita enquanto corriam atrás da maca. O rosto de Rita estava pálido e vermelho de dor, coberto de suor.- Dói tanto! Não quero mais ter este bebê!Eugênia olhava com o coração apertado, mas não havia volta, o bebê teria que nascer.- Aguente só mais um pouco! Vai passar rapidinho!Rita soltou um choro doloroso, as lágrimas se misturando ao suor que escorria pelo seu rosto.- Mãe, onde está o Lucas? Já falaram com ele? Dói muito! Não quero mais!Fernanda se apressou em responder:- Já ligamos, ele acabou de desembarcar e está a caminho do hospital. Rita, só mais um pouco, ele vai chegar logo!Uma dor intensa pulsava na barriga de Rita, que, com os dentes cerrados, declarou:- Se ele não chegar, eu não vou dar à luz!- Lucas está a caminho! Só aguenta um pouco mais! Vou ligar para ele de novo!Rita continuava a chorar e gritar, a intensa dor lhe tirando toda a razão:- Lucas maldito! Porq

Rita tocou na mordida na parte de trás da mão de Lucas, franzindo ligeiramente a testa. Era uma mordida que ela tinha dado involuntariamente durante seu parto, e não imaginava que a ferida fosse tão profunda.Tocando no ferimento, ela perguntou com preocupação:- Está doendo muito? Quer passar algum remédio e fazer um curativo?A ferida mostrava duas fileiras de marcas de dentes, com diversos pequenos buracos de sangue. A mordida parecia quase como se tivesse sido feita por um cachorro. Mesmo depois de cicatrizar, provavelmente deixaria marcas sutis na mão dele.Lucas cobriu os olhos dela com sua mão.- Vá dormir. Se quiser comer algo, pedirei para Leila preparar e trazer.Rita afastou sua mão e disse:- Acabei de acordar e não estou com sono. Venha aqui, quero olhar seu rosto.Ela se lembrou de que, durante o parto, o tinha esmurrado no lado esquerdo do rosto por causa de algumas palavras irritantes que ele proferiu. E não tinha sido leve.Rita tocou seu rosto esquerdo, ainda um pouco