Quando nos lembramos de onde estávamos nos vestimos rapidamente, Sebastian me ajudou a levantar e caminhamos de volta para o carro, vimos o soldado Peixoto vindo em nossa direção.— Recebemos relatos de um casal fazendo orgia na praia, logo imaginei que seriam vocês e vim pessoalmente. – Ele diz sorrindo para nós.— Mas não fomos nós. – Digo tentando bancar a inocente e ele me olhou e sorriu mais uma vez.— Vocês não se cansam? Quando Mônica estava grávida ela nem conseguia ficar perto de mim.— Sinto te informar meu amigo que a sua mulher não te ama o suficiente. – Sebastian brincou com Marlon.— Não é verdade, outro dia eu conversei com uma mulher enquanto esperava a consulta, ela disse que na primeira gestação ela pegou raiva do marido de uma tal forma que só de olhar para ele, ela queria matá-lo.— Credo, ainda bem que você não é assim amor. – Sebastian me abraça por trás.— Olha casalzinho vinte dois, vocês deram sorte que estava por perto e cheguei primeiro, a propósito recebem

O sábado chegou e Lidi e eu estávamos muito empolgadas para tirarmos as fotos com David Siqueira. Lidi e eu estávamos tomando café quando Sebastian desceu coçando os olhos. — Posso saber o motivo de tanta empolgação? Vocês começaram a tagarelar cedo. – Sebastian parecia estar irritado. — Desculpa Sebastian, é que estávamos tão empolgadas que esquecemos dos outros. – Lidi diz com o rosto todo vermelho. — Pois é amor, estamos animadas demais, você sabe como é difícil arrumar um horário com David Siqueira? – Mordo um pão de queijo assim que falo. — Sebastian, a Isis tentou várias vezes tirar fotos com David, na nossa formatura nós acampamos no estúdio dele e não conseguimos falar com ele. Ficamos tão tristes que você tinha que ver. — Então esse fotógrafo é mesmo especial para vocês? – Ele pergunta e nós dizemos que sim. Ele olhou para nós, balançou a cabeça e depois sorriu. Escolhemos os nossos melhores vestidos, fizemos uma maquiagem perfeita e assim que nos olhamos no espelho d

Tomás AssisOdeio essa penitenciária com todas as forças que há em mim, mas odeio ainda mais as responsáveis que me puseram nesta cadeira. Meu plano de vingança está sendo arquitetado com muito cuidado, o foda é que preciso de dinheiro, afinal ele move o mundo, mas meus pais resolveram me abandonar aqueles desgraçados não perdem por esperar. Depois que eu me vingar das duas vadias, vou atrás deles e eles também sentirão o peso da minha ira.— Tomás tem uma parada rolando aí e vai ser bom pra ti. – Luís um parceiro que fiz aqui me diz.— E qual é a boa? Me diga que é algo que me faça sair da porra desse lugar imundo. – Ele olha para mim e sorri.— Por que você está rindo? – Se ele soubesse que seu sorriso é ridículo não faria isso.— E? – Pergunto, pois sei que essas coisas custam dinheiro, o que é uma coisa que não tenho.— Tá surdo, porra! A gente vai fugir desse caralho. – Ele fala um pouco mais alto como se eu fosse surdo.— Como vou fazer isso sem dinheiro? Esqueceu que meus pais

O sábado chegou e Lidi e eu estávamos empolgadas demais para o nosso chá de fraldas. Acordamos cedo e ficamos tagarelando animadamente, a tia Rosalina nos chamou atenção.— Chicas, Sebastian anda trabalhando exaustivamente, então por mais que estejam ansiosas controlem-se. – Nós duas abaixamos as cabeças sem jeito, estávamos parecendo duas crianças, ela olhou para nós e sorriu. — Vão comer agora suas tête de vent. – Ela nos entrega duas xícaras de chá, pois a doutora pediu para evitarmos cafeína nessa reta final.— Por que toda a vez que sua tia nos insulta ela fala em outra língua? – Minha amiga pergunta e eu dou de ombro.— Minha tia é assim mesmo, ela sempre mistura as línguas. – Começamos a rir e tomamos nosso chá.— Meninas, como vocês estão animadas. – Sebastian apareceu na porta da cozinha e eu me levantei para beijá-lo.— Dá para você parar de correr, esqueceu que está grávida. – Ele ralhou comigo e sorri — não fica sorrindo assim que eu não resisto – ele me beija e a nossa

— Isso está bom, significa que está evoluindo rápido viu, seu bebê está com pressa. – A enfermeira entendia bem disso, com uma mão sobre minha barriga distendida, ela marcava os minutos em seu relógio, acompanhava as contrações, o tempo de duração de cada uma e quanto tempo demorava entre uma e outra, mas nada disso me animava. – Vou chamar o doutor. – Avisou.— Não!! Pelo amor de Deus não me deixe aqui sozinha – implorei ente soluços, sem me importar do catarro que permeava meus lábios. Com certeza eu estava com uma expressão horrorosa, os fios de cabelos colados sobre a testa e rosto afogueado, olhos vidrados, mas não me importava com absolutamente nada e quando Mary conseguiu pegar minha veia e instalar o soro, minha mão e todo meu corpo tremia tanto, que nem sei como ela acertou de primeira e quando me empurrou para fora do quarto e seguimos por um corredor, via as luzes no teto passando rapidamente, outra contração e essa mais longa que a anterior, me fez me sentir tonta e meio d