Com os ânimos já mais calmos e toda a situação devidamente esclarecida, cada um foi para o seu canto e o comboio de motoqueiros barulhentos seguiram suas trilhas pelas dunas. Já lá pelo finzinho da tarde, umas dezessete horas e quarenta minutos mais ou menos, Maria em sua cama descansando eis que ouve de longe aqueles roncos de motores e o seu coraçãozinho logo se agita, ela se coça para sair de seu quarto e ir até a porta de sua casa e observar aquela “tripulice’’ toda, mas ela é recatada, tímida e tenebrosa demais para se dar ao disfrute de se amostrar assim! – eis que sua mente de menininha logo a induz, a olhar através da fresta da janela semiaberta, ela se aguenta até que se aproxima aquele monte de cavalo de prata e ela espia até que seus olhos atentos, consegue notar o rapaz que antes mais cedo quase lhe tira o sossego ou coisa pior.       Todos passam direto pela mesma rua de dantes, é claro já que era a rua principal de acesso p

      Como sorrir sem os olhos?      Era a única coisa que Lya queria aprender neste momento e assim se apresentando sempre aos olhos de sua eterna amiga Maria, depois que ela foi para a sua casa e se jogou desesperadamente nos seus livros e entre eles os de medicina e anatomia que ela guardava para suas leituras, eis que ela se deparou, com certos termos e literatura da medicina, que lhe contavam sempre as mesmas temáticas. De alguma forma, Maria tinha em seu organismo alguma síndrome que a levaria de fato para uma possível reação biológica e que possivelmente à uma mudança que ocorreria em breve se acaso nada fosse feito.      O pouco que a Lya leu e entende em sua percepção de estudos, deu para Lya uma narrativa de pesadelo, já que ao ler e entender poucas coisas, ela desejaria nem mesmo saber ler e escrever

       Maria, Maria era um Sol de Domingo que ardia de segunda à segunda ora de dia e ora de noite! – se podia ver Maria voando pelas ruas com seus lindos pés no chão, mas seus pensamentos em vão.       Depois de trinta dias no encalço de respostas, Maria e Lya se encontram na biblioteca publica de Rosário às quinze horas e quarenta e dois minutos. Maria chegou depois da Lya que já se encontrava com dez folhas sobre uma mesa branca de plástico.      Elas se cumprimentam e a Lya logo começa a dividir com Maria o resultado de toda a pesquisa que elas fizeram durante esse tempo todo. Eram rascunhos que elas tinham feito e em resumo de tudo, a ciência ainda se encontrava engatinhando sobre uma possível cura para a tal síndrome que Maria carregava em seu corpo.    &n

        No dia seguinte, Maria sai do quarto, mas sem ânimo para ir a qualquer lugar e naquele dia em questão ela estava com os seus pensamentos a mil por hora, tanto que se levantou com uma leve cefaleia dando a ela uma irritabilidade emocional que ela nunca havia passado e nem nos seus momentos de “TPM’’!       Ao sair de seu quarto ela sentou-se à mesa e fitou café posto, mas nem tocou a xícara de café com leite quentinho na hora, sentiu o cheiro do bolo de fubá e apenas virou o rosto para a porta do quintal na alusão de encontrar no azul do céu matinal, uma cura para as suas dores.       Minutos depois sua mãe retorna da quitanda que ela havia ido até lá, para comprar uma porção de manteiga em natura fresquinha do campo, uma iguaria que ela nunca dispensa n