— Por gentileza, peço que seja breve, tenho muita coisa para fazer e bem sabe que meu tempo é muito precioso para tratar com frivolidades.Tânia sentia a pressão de estar na frente daquela mulher deslumbrante, ela nunca havia sentido inveja de ninguém, seja por beleza, seja por talento e para seu azar, àquela em especial tinha as duas coisas.— Então... vai ficar para aí, ou vai falar o que quer?— Quero agradecê-la por...— Se veio aqui para isso, está perdendo o seu e o meu tempo... ambas poderíamos estar trabalhando em nossos projetos para a semana da moda de Milão.Tânia se ergueu como quem deveria ser para estar à frente dela como uma igual.— Ok... trouxe o acordo para que devolvessem minha filha.— Não te devolvi nada... eu não a tinha pego... só trepava com o imbecil do seu ex,

Gael acordou com uma baita enxaqueca, ele jamais imaginaria que aquela bicha fosse tão forte.— Até que enfim acordou.Gael percebeu aquele quem era sentado com as pernas cruzadas como se fosse a porra do dono do mundo, seus olhos indiferentes o irritava.— O que você faz aqui?— Vim trazer um recadinho.Gael bufou de raiva.— Acho que seu amigo já disse tudo o que tinha que ser dito, não é mesmo?— Ah! Não... não é um recado dela não, é da sua ex.— Tânia?— E outra, você mereceu esta porrada, só para aprender que não é apenas a vida que bate forte...— Dá para responder logo a merda da pergunta?Ele sorriu satisfeito.— Sim... ela me pediu para dizer para você que nunca mais chegará perto dela e da filha dela

Jorge olhava para Tânia que estava visivelmente apreensiva, não era a primeira vez que subia em uma passarela, porém, era a primeira vez como “modelo”, aquilo soava tão estranho, ele sabia que ela nunca havia se imaginado daquela forma, sabia que para Gladys tudo era apenas um jogo, uma brincadeirinha de mau-gosto, mas agora todas as cartas estavam na mesa, se ela tinha a carta certa para ganhar, não sabia, mas sabia que em qualquer jogo valeria a pena blefar.— Se vocês me dão licença, preciso ir rapidinho ao banheiro.— Mas vai perder a entrada dela.— Eu que a vesti, queridinho...Tânia começou a caminhar pela passarela sob fortes aplausos, ela caminhava com passos firmes, um leve sorriso no rosto, sua roupa, apesar de saber que para ela era algo um pouco brega, talvez cafona, lhe caiu muito bem, ainda mais com a onda Hippie que s

Como elas estão, doutor?— Assim que tivermos algum parecer mais seguro te informaremos, pode ser?Marcel encostou a cabeça na parede e começou a bater em desespero.— Calma, queridinho – disse Marcel tentando acalmá-lo –, vai dar tudo certo.— Ah! Que bom que você apareceu – disse Jorge à Marcel que o abraçou.— Elas são fortes, ficarão bem, ok?— Eu sei... é que é tão difícil...— Claro que é... mas elas têm a nós dois.— Eu sei...— Vou buscar uma água com açúcar para você, está muito nervoso.— Obrigado.Alguns poucos minutos Marcel voltou com um copo d’água e entregou para Jorge.— Está se sentindo melhor?— Parece que um caminhão passou

Os médicos estavam correndo com as duas macas emparelhadas lado-a-lado, tudo estava turvo, as luzes se revezavam entre clarear e escurecer...— Tânia... disse quase num sussurro quando as camas pararam para iniciarem os procedimentos médicos.— Não fala nada...— Queria que você soubesse que foi uma extraordinária adversária... fico feliz em tê-la como minha rival.— Agora não é hora....— Nem nunca mais será...Gladys sorriu e por um instante, Tânia percebeu que era seu adeus.— RÁPIDO!!! – Gritou um dos médicos – perdemos os sinais vitais dela.Tudo o que Tânia ouviu foi sumindo... então ela adormeceu. AOS POUCOS, TÂNIA foi recobrando a consciência e, de repente, se lembrou de Gladys.— GLADYS!!! CADÊ A GLADYS???As