EMILY MERGULHAVA no Rio Ganges. Enquanto lavava o corpo um esqueleto levantou-se das águas e começou a falar apontando o dedo para ela acusador, era a voz do seu pai: — “Estou muito decepcionado com você, querida. Eu sei o que você fez. Agora Joe vai saber...” — MILLIE! MILLIE! Acorda! Emily acordou com o cheiro podre invadindo suas narinas. — Está tudo bem, Emily. Está tudo bem! Os pesadelos eram os mesmos desde que descobriu que estava falida. Agora Emily estava aflita por ter de esconder o que ela fez. — Acho bom dormimos bem, pois amanhã temos um longo dia. – Joe a abraçou e a beijou, mas ela, não sabia porquê, se imaginou com Brian naquele momento. Sim, ela sabia... era por causa do dinheiro que ele tinha... Emily descobriu desde cedo que quem gostava de h

ELA TINHA APENAS VINTE E UM ANOS de idade e o mundo sabia disso. Kathleen Charleston Schunemann estava ansiosa com a oportunidade de tocar para a Rainha Elizabeth II. Depois de dezessete anos voltara à sua terra natal. Desde então estava na Alemanha, pois seu pai era general. Kathleen fora uma criança triste, pois pouco via o pai que estava sobrevoando oceanos e mais oceanos. Kathleen via pela janela enpoleirada do seu quarto, crianças correndo machucadas, guardas batendo em homens até deixá-los inconscientes ou mesmo a bala perfurando o corpo, até deixar rastros de sangue pela calçada em frente de casa. A garotinha olhava fascinada o movimento dos corpos do homem e da mulher, indo lentamente até indo mais rápido, que anos mais tarde foi saber que as mulheres eram na verdade estrupadas. A mãe, Annie não sabia nada mais do que tocar piano. Kathleen odiava aquela

COINCIDENTEMENTE, AQUELA ERA a primeira vez que Joe via Brian e Emily juntos, ele o conhecia melhor do que ninguém, e algo em seus olhos gritavam que algo não estava bem. Brian estava no quarto deles, esperando Emily terminar o banho. — Ora, ora, meus parabéns, soube que é seu aniversário, agora tá virando homem. — Eu já mandei você se foder hoje, Joe? — Porque está tão arisco? — Talvez pelos dois bilhões que você surropiou da minha empresa. — Eu? Não fui eu que me enforquei numa prisão. — Mas é quem está bilionário. — Já parou para pensar que tudo isso pode simplesmente ser fruto do meu trabalho? — Não disse que não teve trabalho nenhum em me tirar quase todo o dinheiro que meu pai deixou.

KATE ABRIU A PORTA e viu que era a mansão dos sonhos de qualquer pessoa, ela viu a escadaria de entrada e era algo surreal. — Já ouviu falar no Titanic? — Quem não ouviu falar na obra mais gananciosa feita por mãos humanas? — Essa escadaria é uma cópia idêntica à original. — Deveria ser algo magnífico. — Não tanto quanto você, minha querida... sinto que encontrei um tesouro quando a vi naquele concerto. — Para me oferecer dois milhões de dólares por uma noite. — Por um show... não pago para passar noites com mulheres, ou ela faz parte da minha vida, ou simplesmente nunca existiu para mim. — E o que eu sou neste momento. — O primeiro dia desta longa vida. Kate ficou frente-a-frente com ele, desatou o nó