O Parnasianista

Raimundo Correia, assim como ficara conhecido, o parnasianista, do estilo clássico, também em suas lutas, defrontou com a verdade do sistema.

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AMOR E VIDA

Esconde-me a alma, no íntimo, oprimida,

Este amor infeliz, como se fora

Um crime aos olhos dessa, que ela adora,

Dessa, que crendo-o, crera-se ofendida.

A crua e rija lâmina homicida

Do seu desdém vara-me o peito; embora,

Que o amor que cresce nele, e nele mora,

Só findará quando findar-me a vida!

Ó meu amor! como num mar profundo,

Achaste em mim teu álgido, teu fundo,

Teu derradeiro, teu feral abrigo!

E qual do rei de Tule a taça de ouro,

Ó meu sacro, ó meu único tesouro!

Ó meu amor! tu morrerás comigo!

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