Capítulo 1 Nascimento

O imperador é o noivo Lucius, o qual chegava cordialmente em seu palácio de pedras brancas, delicadas como a neve, acompanhadas por detalhes de ouro brilhante e grandes rosas de fogo com pétalas em chamas, acompanhando a decoração por todo o ambiente. Estava ele vestindo uma camisa de mangas longas vermelhas e folgadas, alinhada com ouro e uma grande águia cor de sangue estampada em seu coração, acompanhada de uma calça listrada com diferentes tons de vermelho e sapatos sociais de cor vinho.

Seu cabelo loiro penteado para trás, sua pele esbranquiçada, seu nariz pontudo e um grande sorriso em seu rosto completavam todo o perfil.

Naquele momento, ele caminhava em direção ao altar, à espera de sua noiva, Catarine, que não demorou.

Logo após, chegava uma carruagem branca puxada por bois vaquins. Eram eles as famosas criaturas prateadas, com chifres de ouro cromados, olhos de diamantes e longas asas formadas por penas que saiam de suas costas. Ao centro do palácio, em frente ao altar, surgiam esses seres trazendo Catarine, que abria, em seguida, a porta de sua carruagem.

Os convidados eram diversos, de diferentes reinos e feições: Snake, Gols,

Repitales e Leonilos; todos vestidos formalmente, com trajes vermelhos, demonstrando amor e respeito ao imperador.

Após a celebração, troca de alianças e respostas positivas do casal, Lucius beijava sua esposa Catarine e oficializava seu casamento. Em seguida, os convidados eram servidos com as melhores bebidas de todos os reinos, cervejas caramelizadas, vinhos açucarados, vodcas à limonada, quentão de mel, além de comidas de todas as culturas: carnes bovinas, suínas e de todas as criaturas que fossem consumíveis.

Estavam ainda sendo servidos os melhores doces, como pudim, tulipas copos de café e abóboras recheadas de chocolate apimentado. Era uma noite mais do que especial, pois, naquele momento, acontecia o real casamento no império da Águia Vermelha.

Guaraci se despedia nos céus, levando, lentamente, consigo, o sol, deixando para trás sua luz e calor para os habitantes dos reinos e do império. A noite se aproximava aos poucos, a deusa Jaci surgia em forma de lua esbranquiçada em tons sombrios, acompanhada de estrelas brilhantes que iluminavam os céus.

De um lado, enquanto o império estava em festejo do casamento, o reino Snake estava em um momento de celebração com o nascimento do filho do rei.

O reino Snake era farto. Possuía uma flora invejável, além da rica e famosa floresta das cobras, com muitas casas de madeira e entalhes de diversos animais.

Ao centro, estava o palácio. No quarto do rei, estava sobre a cama de casal feita da melhor madeira do reino, coberta do couro dos felinos mais perigosos das florestas, Belatriz, esposa e rainha dos Snake, com seus cabelos negros enrolados, olhos verdes cansados, transpirando muito, enquanto seu marido, o rei Cornélio Snake, alisava sua gigantesca barriga de grávida.

Algumas mulheres estavam de pé na porta do quarto do rei e da rainha, enquanto outra moça se encontrava entre as pernas de Belatriz. Seus dois filhos, Niro e Beatriz, estavam ao lado do pai, de mãos dadas, sussurrando felizes com a vinda de seu novo irmão.

– Vamos, rainha, força! – Incentivava a mulher com suas mãos nas partes íntimas da rainha, que se contorcia de dor e até gritava com seu esforço. Seu marido lhe motivava, limpava o suor da testa e sussurrava palavras bonitas em seu ouvido para suavizar o processo de parto.

Após alguns minutos, o choro de uma criança surgia no ambiente. Nascia, nos braços da serviçal, a qual limpava o recém-nascido rapidamente com seda e entregava no colo da rainha, um menino ensanguentado, grande e muito saudável.

− É um menino, minha rainha. – Sussurrava a serviçal sorridente.

Niro, Beatriz e Cornélio pulavam de felicidade. Estavam todos alegres e sorridentes, rodopiando no quarto como se estivessem em uma festa.

− É um menino! É um menino! – Gritava Cornélio Snake, correndo por seu palácio.

Após passar por todos os corredores e chegar à multidão na porta do palácio, o rei berrava, como um monstro animado para toda a multidão:

− É UM MENINO! É UM MENINO! ELE SE CHAMARÁ SÍRIUS! O NOME DO

MEU FILHO É SÍRIUS! SÍRIUS SNAKE! – Gritava Cornélio para a multidão eufórica, que pulava de alegria e gritava freneticamente.

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