— Ei! Calma! — Disse ele com os braços suspensos no ar e com as mãos para cima.
— Eu disse para você me largar. Não disse?
— Eu já larguei.
Ela tentava se recompor, ajeitando a roupa, os cabelos, tentando recuperar a respiração ofegante.
— Está mais calma? — Ela só o olhava com raiva, sem responder.
— Vamos conversar, Nina...
— Não aqui.
— Ok. Vamos para o seu hotel, então?
Ela abriu um sorriso muito remoto no cantinho da boca e concordou com a cabeça. Ele viu que ela baixou a guarda e se aproximou dela com jeitinho. Chegou bem pertinho dela, rosto com rosto, enquanto falava que ficou preocupado. Ela podia sentir o hálito quente dele com cheiro de whisky em seu nariz. Era alucinante. Um cheiro de homem misturado com álcool e loção de barbear.
Ele empurrou seu peito contra ela, a encarando nos olhos, encostou todo o seu corpo contra o dela a deixando sem espaço. Ela não sabia se chorava, se gritava, se o beijava