Se Nelson encontrasse um lugar sem ninguém por perto para se declaração, mesmo que fosse rejeitado por Alana, a situação não seria tão constrangedora. Nelson sempre pensava demais. Mas, naquele momento, essa era a única ideia que parecia ser a melhor solução. Caso contrário, o exemplo de Diego naquele dia falava por si só. Enquanto isso, a notícia de que Diego tinha tentado se declarar para Alana chegou aos ouvidos de Juan. Juan quebrou a caneta que segurava em suas mãos e exclamou: — Você está me dizendo que aquele sujeito foi se declarar de novo hoje? Edgar confirmou com um aceno de cabeça:— Sim, presidente. Nem eu consigo acreditar que ele teve essa audácia. Será que ele não tem medo de morrer? Ele foi mesmo até lá para se declarar novamente. Edgar também não conseguia entender o que passava pela cabeça de Diego. O que será que ele pensava? Será que ele não tinha medo ou simplesmente não sabia a gravidade da situação? Mesmo depois de ter sido levado à delegacia, ele ain
Nos últimos dias, tudo parecia ter desmoronado de uma vez. Até pouco tempo atrás, tudo estava indo bem. Mas, de repente, era como se Grupo tivesse adoecido: projetos sendo cancelados, parcerias encerradas e amigos de longa data evitando qualquer encontro com ele. Alguns antigos parceiros comerciais, que antes o tratavam com cordialidade, agora sequer atendiam suas ligações. E até mesmo velhos amigos, aqueles com quem Luís tinha anos de convivência, começaram a se esquivar. Com isso, ele percebeu que, se até os mais próximos estavam agindo assim, os outros então nem precisariam ser mencionados. Luís soltou um longo suspiro. Embora estivesse profundamente desapontado, ele sabia que algo maior estava acontecendo. Não adiantava insistir ou pressionar demais ninguém. Se as pessoas não queriam falar, ele não tinha o poder de obrigá-las. Ele refletiu sobre a situação e chegou à conclusão de que certas coisas na vida não podiam ser forçadas. Aceitar essa verdade o ajudou a lidar melhor c
— O Diego só quer o melhor para a empresa! Por que você está tão bravo? — Eva tentou argumentar.— Para o bem da empresa? Vá ver como está a empresa agora, e você vai entender o que ele fez! — Luís respondeu, furioso.Ele virou as costas, balançando a mão com impaciência, e foi até a sala, onde se sentou no sofá.Luís estava decidido: ele esperaria o ingrato do Diego voltar. Eva, ao ver a expressão carregada do marido, começou a ficar preocupada. Era a primeira vez que via Luís tão furioso. Dessa vez, parecia que nem ela conseguia ajudar Diego.Eva não fazia ideia do que Diego tinha feito para deixar Luís tão irritado. Por mais que tentasse entender, ainda estava confusa. Como as ações do filho, ao perseguir uma mulher, poderiam estar relacionadas à situação da empresa?Luís permanecia sentado no sofá, com um ar solene e severo. Ele observava a esposa andando de um lado para o outro, e sua raiva só aumentava. Para ele, era óbvio que, se Eva não tivesse permitido que Diego saísse de cas
Embora Diego tivesse certo receio de seu pai, ele se recusava a aceitar acusações que, segundo ele, eram infundadas. Luís, vendo o filho se defender dessa forma, sentiu a raiva crescer ainda mais dentro de si. — A situação da empresa chegou a esse ponto por sua causa! Todo mundo já me contou o que você fez, e você ainda tem coragem de não admitir?— O que aconteceu com a empresa? — Diego perguntou, começando a ficar visivelmente nervoso. Afinal, a empresa era sua maior base de sustentação. Todo o prestígio que ele ostentava lá fora vinha diretamente do Grupo Arruda. Se algo acontecesse com a empresa, sua identidade como o “respeitado Mestre Diego” não passaria de uma fachada sem valor.Além disso, ele ainda não tinha conseguido conquistar Alana. Se a empresa realmente estivesse enfrentando problemas, como ele manteria sua imagem impecável?— Pai, me diga logo o que aconteceu com a empresa! — Diego insistiu, agora demonstrando uma preocupação genuína.Ao ouvir isso, Eva também vol
— Filho, escute o que seu pai disse e fique quieto em casa. — Recomendou Eva. — Não se preocupe, mesmo que você fique aqui, eu vou estar ao seu lado todos os dias. Vou cozinhar suas comidas favoritas sempre que puder. Depois de dizer isso, Eva saiu rapidamente, subindo as escadas e fechando a porta do quarto atrás de si. Sobrou apenas Diego, parado sozinho na sala, com uma expressão de confusão. Ele ainda não entendia o que seu pai queria dizer com “ter cometido um erro”. Que erro ele tinha cometido? Natalie já estava apaziguada, e ele só não tinha conseguido se declarar para Alana. Isso era considerado um erro? Pensando nisso, Diego decidiu que desistir não era uma opção. Ele precisava avançar. — Ficar quieto em casa? — Diego resmungou, soltando uma risada sarcástica. — Isso é impossível. Eu só vou parar quando conquistar Alana.Diego estava convencido de que seus pais mudariam de atitude assim que ele trouxesse dinheiro para casa. Ele acreditava que, com dinheiro em mãos, a
— Isso faz parte da minha liberdade. Mesmo casados, desde que não invadamos os direitos um do outro, está tudo bem. — Respondeu Alana com tranquilidade.Juan, no entanto, mudou o rumo da conversa de repente: — Lana, eu não entendo o que fiz de errado. Por que você sempre é tão dura comigo? Não podemos conversar de verdade, sem brigas? Depois de tanto tempo, Juan já não queria mais continuar discutindo com Alana. Afinal, o casamento deles era legítimo, com certidão e tudo. Além disso, havia Diego, que hoje tinha ido incomodá-la mais uma vez, algo que ele, Juan, não podia tolerar. Ao ouvir “conversar de verdade”, Alana ficou sem saber o que responder. Ela não fazia ideia do que poderia dizer naquele momento. — Não temos nada para conversar. — Respondeu Alana, de forma direta. Para ela, a situação atual era confortável. Ela gostava da paz que tinha e já estava acostumada com aquilo. Então, na sua visão, não havia necessidade de mudar nada. Após pensar por alguns segundos, Alan
Juan assentiu levemente. Um pequeno Grupo Arruda? Era claro que ele sabia.— E daí? — Perguntou Juan.Alana arregalou os olhos, enquanto sua desconfiança aumentava. Quem exatamente era esse homem? Ao ouvir a pergunta de Juan, ela ficou sem palavras, sem saber o que responder. — Nada, eu vou dormir. — Disse Alana, enquanto tentava se livrar das mãos de Juan. Os olhos de Juan estreitaram:— Depois de tudo isso, você ainda quer ir dormir no quarto de hóspedes? Lana, fique aqui comigo, por favor. Seu olhar carregava uma mistura de vulnerabilidade e súplica. Juan só mostrava esse lado quando estava com Alana. Na empresa, ele sempre era decidido e implacável, mas, diante dela, parecia se transformar em um jovem apaixonado. Combinando esse tom infantil com seu rosto absurdamente bonito, Alana não pôde evitar que suas bochechas ficassem vermelhas. Como alguém podia ser tão bonito e, ao mesmo tempo, dizer coisas tão bobas? Vendo que Alana estava hesitando, Juan aproveitou para insisti
Alana não esperava que Juan fosse simplesmente abraçá-la em silêncio durante toda a noite, sem fazer mais nada. Pensando nisso, por algum motivo, ela sentiu uma leve sensação de decepção, como se algo que esperava não tivesse acontecido.Ela balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos estranhos.Quando Alana acordou novamente, encontrou Juan ainda dormindo. Seus olhos estavam fechados, e sua expressão serena transmitia uma paz que contrastava com o ar imponente que ele sempre exibia.Sem a frieza habitual, havia nele uma suavidade que o tornava ainda mais encantador.Alana não conseguiu se controlar e levantou a mão, começando a desenhar delicadamente o contorno do rosto do homem. Ela traçou suas sobrancelhas profundas, seu nariz bem definido e, por fim, seus lábios finos e atraentes.Cada detalhe do rosto de Juan parecia ter sido esculpido exatamente dentro do padrão estético que a agradava.Mesmo dormindo, ele exalava uma masculinidade intensa que parecia impossível de igno