Uma sogra misteriosa

- Você perdeu um bebê?

- Sim.

- Ai meu Deus ! Lamento muito.

                       Pillar a abraçou solidária.

- Eu perdi um anjinho. E ganhei outro. Você! Minha filha ! Meu amor.

- E eu vou estar com você para sempre.

                  Prometeu. Ambas choravam emocionadas.

Pillar pensado em todas as maravilhas que o Haras oferecia .

amava aquele lugar apesar de Dona Iolanda fazer de tudo para prejudica- lá suportaria porque  tinha a mãe a única que conhecia. Ela era  adorável. A  defendia da avó do pai contra aquela mente doentia e apegada ao passado como os dois possuíam.

Sozinho em casa Patrick se arrependia de ter saído daquele jeito do Haras. Tatá não merecia. Se quisesse mesmo conquistá-la teria que parar de agir feito um idiota. Convencido de que ela não merecia um tratamento como aquele , algumas horas depois lá estava ele de volta ao rancho , causando surpresa na loira.

- Patrick?

- Tatá. Vim te pedir desculpas.

- Pelo quê?

- Pelo modo que saí daqui.

- Eu não entendi nada! O que aconteceu com você?

- Dona Iolanda. Me ligou , começou a falar um monte de impropérios, coisas que para mim não fazem o menor sentido. Além disso ela queria que a gente se encontrasse fora do haras eu não quis. Fiquei perturbado e resolvi ir embora. Desculpe não ter te dito nada, ter fechado a cara e ter saído daquele jeito.

- Eu compreendo Patrick. Mas não a trate mal. Vocês tiveram uma vida em comum. O laço entre ela e Pillar nunca vai se acabar. Não tem como fugir disso.

- Vou pensar. Obrigada por todo apoio.

- Imagina. Sabe que pode sempre contar comigo.

- O que eu queria de você agora era um abraço.

                    Ela o atendeu de pronto.

- Está tudo bem.

- Agora Preciso ir.

                     Tatá lutava para não deixar cair , as lágrimas que inundaram seus olhos.

- Me liga?

- Claro que eu te ligo meu amor.

- Então tchau.

- Tchau.

                      Dessa vez a despedida não foi tão fria teve mais um abraço e Taele até  arriscou corresponder a um selinho.

Na manhã seguinte ela procurava por Pillar no haras inteiro.

 Quando já desistia a  rebelde aparece  montada em seu cavalo.

- Onde estava meu amor?

- Passeando com meu cavalo.

- Pena que não vai mais poder se dedicar tanto a ele.

- Por que?

- Sua avó vai dar uma festa no haras e quer que a gente cuide da decoração.

- Ah Tatá!

                   Ela começou a protestar.

- Espero que isso seja um sim querida.

                  Pillar abaixou a cabeça frustrada.

- Tudo bem , não é mesmo? Por você eu ajudo.

                E pulou do cavalo abraçando Tatá , quase derrubando-a tamanha euforia, as duas riam. Pillar era assim. Pura intensidade. Vivia Muito. Sentia muito.  Zero meio termo.

50 funcionários do Haras se reuniram para organizar tudo. A festa foi uma sensação e os cavalos mais bonitos foram expostos. Estavam presentes empresários, veterinários renomados, e os mais aficcionados compradores de cavalos andaluz e Mangalarga .

foram vendidos 17 desses animais.

O prefeito da cidade destacava-se entre os 10 mil convidados e outros tantos associados.

 Patrick em um canto observava a fina decoração   e o relacionamento de Pillar com Tatá. A filha estava cada vez mais apegada a moça não conseguia esconder sua devoção .

As duas passeavam pelo haras  recepcionando algum dos convidados com desenvoltura. Patrick tentava encontrar um momento adequado para chegar até elas, Mas distraído, não percebeu que Pillar já se aproximava.

- E então Papis? Se divertindo?

                    Foi seu cumprimento alegre.

- Na verdade não meu amor! Que bom que você chegou. Seu pai está entediado.

- Entediado? Porque quer ! Porque não tem atitude!

- O que quer dizer? Desse jeito você vai me aborrecer.

- Um dos convidados tirou minha mãe para dançar.

- Sua mãe?

                     Ele arregalou os olhos assustado.

- Sim ! Tatá! Sabe muito bem que é dela que eu estou falando. Vai deixar ela lá? Nos braços de um estranho? Sabe-se la Deus as asneiras que esse homem deve estar falando no ouvido dela.  Não tem medo que a roubem de você?

                  Patrick riu do drama , mas no fundo se alarmou.

- Você não saia daqui. Vou agora resgatá-la.

                 E pegando um copo de vinho branco ele foi procurar por Tatá , deixando Pillar derretida em risadas.

Coitadinho daquele coração apaixonado. Ele se revelava um típico adolescente.

Não obstante, depois de procurar a nova dona de seus pensamentos pelo haras inteiro , ele resolveu ir até a sua casa.

- Patrick , você por aqui?

- Não estava dançando?

- Sim. Vim retocar minha maquiagem.

- E vai voltar para a festa?

                   Taele riu.

- Sim. Eu vou voltar. Não quero deixar minha filha sozinha.

                Disse devagar , resolvendo manter distância. Um arrepio violento a invadiu quando viu que ele se aproximava , fazendo-a estremecer.

Percebendo seu estado , Patrick levantou as mãos tentando tranquiliza-la.

- Tudo bem meu anjo. Mas se quiser ficar mais um pouquinho... só quero conversar. Prometo que não vou tentar nada. Estou louco para fazer amor mas... vai ser só quando você quiser.

- O que disse Patrick?

                      Tatá gaguejou tímida.

- O que você ouviu.

- E sobre o que quer conversar?

                      A doçura e a honestidade dele a deixaram comovida.

- Sobre esse cara que te chamou para dançar. Quem é ele ? Como chama? O que faz da vida ? É casado? Tem filhos? Qual a idade dele?

                   Ela estava de boca aberta.

- É sério isso?

- Seríssimo.

                Sorrindo ele a abraçou.

- Que Perfume delicioso.

                Taele se permitiu aquele elogio.

- Que bom saber que gostou. Agora toda vez que usar, vou pensar em você.

                Carinhoso e cuidadoso , ele Beijou seu nariz.

Quando então ele a agarrou pela cintura e enterrou o rosto em seu ombro, ela pôde sentir as batidas do seu coração.

Foram interrompidos por Vasco que Dona Iolanda acabara de entregar. O pequeno exibiu seu traje e disse que quando crescesse, ia pedi-la em casamento. Patrick ria do embaraço dela.

- Eu vou estar muito velha. Acho que você não vai me querer.

- Vou sim.

                    Abraçando-o , ela o carregou no colo. Patrick sugeriu que voltassem para a festa.

No restante da noite não se aproximaram mas ele a observava de longe o tempo todo.

 praticamente toda a parte  masculina da festa a cortejava e ela dava um jeito de se esquivar com delicadeza.

Sua única preocupação era Pillar.

- Não vai comer um pedaço de bolo querida?

Ela ofereceu e a menina respondeu distraída.

- Não.

- Quer que eu vá até em casa e prepare alguma coisa para você?

- Não. Não precisa.

- Mas você não comeu nada hoje. O dia inteiro. Vamos trabalhar demais amanhã. Como você vai aguentar sem se alimentar direito?

- A fome da vingança vai me manter de Pé.

- Vingança? Pelo amor de Deus Pillar , do que está falando?

- Tenho um Plano para me livrar daquela Nathalia. Não suporto mais aquela mulher.

- Quando você fala em planos, eu já começo a me arrepiar. Por favor filha! Vê se dessa vez não faz nada! Não nos complica com seu pai e nem com sua avó! Já estou ficando cansada!

                  Pillar a abraçou.

- Ok . Eu prometo que eu não faço nada. Desde que ela suma desse haras. Pois eu acho que ela e minha avó estão querendo aprontar alguma coisa.

- Será querida?

- Depois te conto.

Diferentemente de quando Pillar se mudara para o rancho , Patrick não esperava mais o fim de semana e estava lá sempre que tinha uma oportunidade e naquela quinta feira ele não pretendia sair de la antes de  dar a Tata  todos os beijos carinhos e assim por fim aquela espera pelo que ele desejava praticamente desde que a vira pela primeira vez .

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