Marcelo a levou até o próprio apartamento, Ana entrou com cautela, não sabia o que esperar dele.
- Vai mesmo abrigar uma desconhecida com um passado como o meu na sua casa? Eu posso te matar enquanto dorme.
Ele riu alto como se duvidasse.
- Tenho porte de arma há um bom tempo, acredite não conseguiria me matar tão facilmente, não com essa perna ai.
Ana observou o próprio estado e foi obrigada a concordar, ela estava péssima, o que tinha feito da sua vida? Ah se pudesse voltar atrás, nunca teria fugido de casa, ela esfregou os olhos para esconder as lágrimas e tentou se conter, mas Marcelo percebeu.
- Se quiser me contar agora do que está fugindo, sou todo ouvidos.
- Não tenho nada para contar.
Ele assentiu com a cabeça.
- Ok. – Ele fez uma pausa e depois olhou em volta. – Bom, eu tenho que voltar ao trabalho, mas você pode ficar a vontade, se quiser descansar ou comer algo...
Ele apontou a direção da cozinha.